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    Governo lança campanha ‘Brasil Não Pode Parar’ contra medidas de isolamento

    Publicação no perfil oficial do governo federal no Instagram defende que quarentena deve se restringir apenas aos idosos

    O governo do presidente Jair Bolsonaro lançou nesta semana uma campanha com o slogan “O Brasil Não Pode Parar”, mote também adotado por apoiadores para defender o fim de medidas de isolamento social adotadas por governos estaduais e municipais contra a disseminação do novo coronavírus. 

    A campanha também prevê que sejam produzidos vídeos institucionais. O valor do custo da campanha para os cofres públicos não foi divulgado. Uma publicação no perfil oficial do governo federal no Instagram defende que o isolamento deve se restringir apenas aos idosos, principal grupo de risco para a COVID-19.

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    “A quase totalidade dos óbitos se deu com idosos. Portanto, é preciso proteger estas pessoas e todos os integrantes dos grupos de risco, com todo cuidado, carinho e respeito. Para estes, o isolamento. Para todos os demais, distanciamento, atenção redobrada e muita responsabilidade. Vamos, com cuidado e consciência, voltar à normalidade”, diz o texto.

    Essa outra modalidade foi definida pelo presidente Jair Bolsonaro como “isolamento vertical”. Em contraposição ao presidente, governadores dos estados estão defendendo medidas de quarentena para conter a velocidade da propagação da doença, argumentando risco de que não haja estrutura suficiente para atendimento dos pacientes no sistema público de saúde.

    Segundo o último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, o Brasil possui 2.915 casos confirmados do novo coronavírus, com 77 mortes relacionadas à COVID-19 já confirmadas. Para o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, o Brasil provavelmente está entrando na “fase crítica” da pandemia e não deve ter redução de casos nos próximos 30 dias. 

    “Vamos ter 30 dias muito difíceis”, afirmou Gabbardo. “Quanto mais testes fizermos, maior será a quantidade de casos. Temos que levar em conta a questão da transmissibilidade e dos testes. Não faremos previsão, vamos fazer o possível para termos o menor número de casos e vítimas.”

    *Com Estadão Conteúdo