Política
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Por Daniel Rittner, Vandson Lima e Matheus Schuch, Valor — Brasília


As medidas anunciadas nessa segunda-feira (6) pelo governo federal para desoneração dos combustíveis devem ter impacto fiscal de R$ 25 bilhões a R$ 50 bilhões, segundo estimativas passadas à imprensa pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, logo após o término de entrevista coletiva no Palácio do Planalto.

Segundo fontes próximas ao ministro, apenas a desoneração total de PIS/Cofins e da Cide sobre a gasolina e o etanol deve representar uma renúncia superior a R$ 10 bilhões para os cofres da União.

Além disso, o governo federal se comprometeu a compensar integralmente, para os Estados, a diferença entre 17% e zero para a alíquota de ICMS sobre óleo diesel e gás de cozinha até 31 de dezembro de 2022.

O limite de 17% é fixado pelo PLP 18/22, projeto de lei complementar já aprovado na Câmara dos Deputados e em tramitação no Senado, para itens considerados essenciais, como combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte coletivo.

Legislativo

Também presente no pronunciamento convocado pelo Palácio do Planalto, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou esperar que o Senado "tenha sensibilidade" na aprovação do PLP 18, que limita o ICMS a 17% sobre serviços essenciais (combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo). A proposta já foi aprovada pela Câmara e está em debate no Senado.

"Depois disso tramitaremos a PEC sobre ressarcimento dos Estados", afirmou Lira. O Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), por sua vez, disse que espera solução consensual e diálogo para avançar no debate. Em sua fala, Pacheco reiterou que ouvirá os governos estaduais, que temem perder arrecadação.

Medidas devem ter impacto fiscal de R$ 25 bilhões a R$ 50 bilhões, segundo estimativas do ministro da Economia, Paulo Guedes  — Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo
Medidas devem ter impacto fiscal de R$ 25 bilhões a R$ 50 bilhões, segundo estimativas do ministro da Economia, Paulo Guedes — Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo

Governo quer teto para compensação aos Estados

Governo pretende fixar um teto, no texto da nova proposta de emenda constitucional (PEC) em discussão com o Congresso Nacional, para o valor que será compensado aos Estados pela redução a zero do ICMS e de outros tributos sobre os combustíveis.

De acordo com fontes da equipe econômica, o custo total deverá ficar em torno de R$ 40 bilhões. O repasse aos governos estaduais pela perda de arrecadação com o ICMS sobre óleo diesel e gás de cozinha — a diferença entre o limite de 17% e zero — deverá consumir cerca de R$ 25 bilhões.

Os outros R$ 15 bilhões, aproximadamente, decorrem da desoneração total de PIS/Cofins e Cide sobre gasolina e etanol. Haverá limite financeiro e temporal fixados na PEC. A desoneração e a compensação vão valer entre 1º de julho e 31 de dezembro de 2022.

Por meio da emenda constitucional, o governo asseguraria que o repasse aos Estados ficaria de fora do teto de gastos.

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