Na semana passada, a Americanas concluiu a emissão de R$ 2 bilhões em debêntures, que chamou a atenção não só pelo volume mas também pelas condições: vencimento em 11 anos, a 2,75% mais CDI. A taxa é inferior até mesmo à que a companhia paga pelos bônus negociados no mercado internacional (4,6% acima do CDI, se fosse feito o “swap” da operação para reais). Essa operação contrasta com outro movimento visto nos últimos dias, quando a construtora Tenda aprovou, em assembleia, o acordo de repactuação das condições de sua dívida, de cerca de R$ 1 bilhão, junto aos credores. A medida implicou aumento da taxa de retorno aos investidores, definição de garantias e limites para metas de crescimento.
Alta da Selic faz custo da dívida local subir 62%
Setores cíclicos sentem mais o impacto da inflação e dos juros altos
Por Lucinda Pinto, Ana Luiza de Carvalho e Mariana Ribeiro — De São Paulo