O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o projeto de lei que restringe o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Serviços (Perse) será votado amanhã "se a conversa for boa ao meio-dia", numa referência à reunião de líderes que haverá na Câmara dos Deputados.
Ele afirmou que, se não houver impedimento por parte dos deputados, pretende participar da reunião. E brincou com uma declaração dada mais cedo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva: "Esqueci meus livros em São Paulo e estou liberado [para negociar com os líderes]".
Ainda segundo Haddad, há um consenso em torno dos "princípios principais" do projeto de lei, que são a imposição de um limite de R$ 15 bilhões de renúncia até 2026 e a habilitação das empresas para receber o benefício.
"Nós temos que ter clareza de que estamos beneficiando quem precisa, porque do jeito que está aberto, está dando margem [para desvios]", relatou o ministro. "Não é para isso que o Perse deveria servir, abrir a porta para o crime organizado ou para quem não foi prejudicado pela pandemia."