Padilha pressiona governo por informações sobre medidas de prevenção adotadas na Caixa, na Petrobras e no Banco do Brasil

"O projeto genocida de Bolsonaro se expressa na forma como ele coloca trabalhadores públicos de empresas estatais do Governo Federal sob risco", declarou o deputado federal

O deputado Alexandre Padilha, do PT-SP - Foto: Najara Araújo/Câmara dos Deputados
Escrito en POLÍTICA el

O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), ex-ministro da Saúde, apresentou nesta segunda-feira (10) um requerimento de informações ao governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados (RIC 968/2020) sobre as medidas adotadas no enfrentamento da pandemia em empresas públicas diante do retorno do trabalho presencial. Na sexta-feira (7), um bancário e sua esposa foram vítimas da doença após a filha ter que voltar à Caixa.

No documento, Padilha apresenta três perguntas para o Ministério da Economia: "1) Qual (is) protocolo (s) adotado (s) pelas empresas públicas vinculadas a este ministério para proteção da saúde dos funcionários na volta ao trabalho presencial?; 2) Qual (is) o protocolo (s) de testagem das empresas públicas vinculadas a este ministério e qual a política de recursos humanos para pedidos de permanência em trabalho em casa em caso de comprovada relação com grupos de risco?; 3) Quantos testes foram realizados para o retorno do trabalho em casa para o presencial em empresas públicas vinculadas a este ministério?".

À Fórum, Padilha afirmou que "o projeto genocida de Bolsonaro se expressa na forma como ele coloca trabalhadores públicos de empresas estatais do Governo Federal sob risco".

"Nós queremos mais detalhes sobre denúncias que tem sido feitas por sindicatos de pessoas que morreram ao serem contaminadas pela Covid-19 sendo obrigadas à retornar ao trabalho na Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Petrobrás sem qualquer controle e orientação do governo", declarou o parlamentar.

Segundo a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), “na Caixa, medidas de proteção aos trabalhadores e à população foram negociadas após pressão das entidades representativas dos empregados, mas não têm se mostrado suficientes para evitar o contágio da covid-19”. "É preciso respeito à vida dos empregados da Caixa!”, afirmam.

A entidade ainda aponta que “a morte de quase 100 mil pessoas em todo o país é resultado do descaso com que o governo federal vem tratando a pandemia do novo coronavírus no país, com a postergação de medidas para proteger os brasileiros e garantir o isolamento social necessário para combater a proliferação da doença”.

Confira aqui a proposição de Alexandre Padilha na íntegra