Rio

Apontado como líder da milícia de Rio das Pedras, ex-presidente da associação de moradores se entrega à polícia

Jorge Alberto Moreth, o Beto Bomba, estava foragido desde a Operação Intocáveis, da Polícia Civil e do MP do Rio e foi preso pela Draco nesta sexta-feira
Beto Bomba se entregou à polícia e está preso desde maio de 2019 Foto: Divulgação / Polícia Civil
Beto Bomba se entregou à polícia e está preso desde maio de 2019 Foto: Divulgação / Polícia Civil

RIO - A Polícia Civil, através da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), prendeu na noite desta sexta-feira Jorge Alberto Moreth, o Beto-Bomba. Ex-presidente da Associação de Moradores de Rio das Pedras, ele é apontado como um dos líderes da milícia que comanda a região, e estava foragido desde a Operação Intocáveis, em janeiro deste ano.

Após inúmeras ações policiais sigilosas em vários pontos da cidade em busca de Moreth, em dias e horários distintos, a Draco informou que ele, agora com uma aparência bem diferente, optou por se entregar aos agentes na noite desta sexta-feira.

LEIA: Operação Os Intocáveis: conheça os alvos e veja como age a milícia que comanda Rio das Pedras

A especializada afirma que ações sigilosas continuam em andamento em busca de outros foragidos, como é o caso do ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega.

De acordo com o Ministério Público do Rio, Moreth sempre ocupou funções na Associação, que é usada como um verdadeiro quartel-general dos milicianos, para legalização de imóveis ilegais, seja como presidente ou tesoureiro. Ele é uma das cabeças do grupo paramilitar, ao lado do subtenente reformado da PM Maurício Silva da Costa, o Maurição, que está preso desde janeiro.

Através de Moreth, a investigação da Polícia Civil pode conseguir, inclusive, possíveis informações sobre a construção dos prédios que desabaram na Muzema em abril, assim como sobre o grupo de pistoleiros ligado à organização criminosa, que pode ter ligação com a morte de Marielle Franco e Anderson Gomes.

CONHEÇA OS ALVOS
A organização criminosa atuava em várias áreas, como venda, locação ilegal de imóveis e grilagem de terras, por exemplo. Usavam a prática de assassinatos para intimidar e se manterem no poder
Os chefes do Escritório do Crime
Ronald Paulo
Alves Pereira
Adriano Magalhães
da Nóbrega
ex-capitão do Bope
major da PM
O oficial da PM de 43 anos é investigado por integrar a cúpula do Escritório do Crime. Foi denunciado por comandar os negócios ilegais como grilagem de terra e agiotagem. É réu no processo de homicídio de quatro jovens na antiga boate Via Show, em 6 de dezembro 2003.
Ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope), de 42 anos, é o poderoso chefão da milícia de Rio das Pedras. Conhecido por se impor à base da força, também é suspeito de ser chefe do Escritório do Crime.
Os chefes da milícia de Rio da Pedras
Maurício Silva
da Costa
Jorge Alberto
Moreth
Vulgo Maurição
VULGO Beto Bomba
Subtenente reformado da PM, de 56 anos, é uma espécie de capataz dentro de Rio das Pedras. Dá também ordens sobre as cobranças dos imóveis da facção e controla as vans.
Sempre ocupou funções na Associação de Moradores de Rio das Pedras, que é usada como quartel-general dos milicianos para a legalização de imóveis ilegais, seja como presidente ou tesoureiro. Tem 40 anos.
Os operadores
Marcus Vinícius
Reis dos Santos
Júlio Cesar
Veloso Serra
Fabiano Cordeiro
Ferreira
COBRANÇA
Tesoureiro
MATADOR
Conhecido como Fininho. Braço-direito de Maurição. Tem de 45 anos e é um dos cobradores do bando. Está sempre em Rio das Pedras.
Tesoureiro da organização criminosa, de 35 anos. Quando a quadrilha precisa de dinheiro, é ele quem libera ao receber ordens da chefia.
O Mágico é o braço armado da quadrilha. Recebe ordens para matar quem não está em dia com os negócios da quadrilha, além dos que atrapalham as transações ilegais.
Fábio Campelo
Lima
Daniel Alves
de Souza
Laerte Silva
de Lima
Despachante
cobrança
agiota
Despachante do grupo. É ele quem vai aos órgãos públicos, onde mantém esquema de propina com servidores, para agilizar a documentação de imóveis dos milicianos.
Gerente da Favela da Muzema, comunidade vizinha a Rio das Pedras. Ele controla a entrada de pessoas e faz a vigilância. As cobranças também são feitas por ele.
Braço armado da quadrilha. É um dos responsáveis pelo recolhimento e repasse das taxas cobradas aos moradores e comerciantes, além da parte de agiotagem.
Os 'laranjas'
O contador
Geraldo Alves
Mascarenhas
Benedito Aurélio
Ferreira Carvalho
Manoel de Brito
Batista
laranja
laranja
VULGO Cabelo
Um dos 'laranjas' do bando, seu nome foi usado na transação do terreno de uma igreja batista em Rio das Pedras.
Apontado como 'laranja' da organização criminosa, empresta o nome para a abertura de uma empresa de construção civil na Junta Comercial do Rio.
Atua na quadrilha como contador e gerente armado. Tem 36 anos. Acompanha os negócios da quadrilha, da construção dos empreendimentos à ocultação de bens de seus chefes.
Fonte: Denúncia do MP-RJ
CONHEÇA OS ALVOS
A organização criminosa atuava em várias áreas, como venda, locação ilegal de imóveis e grilagem de terras, por exemplo. Usavam a prática de assassinatos para intimidar e se manterem no poder
Os chefes do Escritório
do Crime
Ronald Paulo
Alves Pereira
major da PM
O oficial da PM de 43 anos é investigado por integrar a cúpula do Escritório do Crime. Foi denunciado por comandar os negócios ilegais como grilagem de terra e agiotagem. É réu no processo de homicídio de quatro jovens na antiga boate Via Show, em 6 de dezembro 2003.
Adriano Magalhães
da Nóbrega
ex-capitão do Bope
Ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope), de 42 anos, é o poderoso chefão da milícia de Rio das Pedras. Conhecido por se impor à base da força, também é suspeito de ser chefe do Escritório do Crime.
Os chefes da milícia
de Rio da Pedras
Maurício Silva
da Costa
Vulgo Maurição
Subtenente reformado da PM, de 56 anos, é uma espécie de capataz dentro de Rio das Pedras. Dá também ordens sobre as cobranças dos imóveis da facção e controla as vans.
Jorge Alberto
Moreth
Vulgo Beto Bomba
Sempre ocupou funções na Associação de Moradores de Rio das Pedras, que é usada como quartel-general dos milicianos para a legalização de imóveis ilegais, seja como presidente ou tesoureiro. Tem 40 anos.
Os operadores
Marcus Vinícius
Reis dos Santos
Júlio Cesar
Veloso Serra
COBRANÇA
Tesoureiro
Conhecido como Fininho. Braço-direito de Maurição. Tem de 45 anos e é um dos cobradores do bando. Está sempre em Rio das Pedras.
Tesoureiro da organização criminosa, de 35 anos. Quando a quadrilha precisa de dinheiro, é ele quem libera ao receber ordens da chefia.
Fábio Campelo
Lima
Fabiano Cordeiro
Ferreira
MATADOR
Despachante
Despachante do grupo. É ele quem vai aos órgãos públicos, onde mantém esquema de propina com servidores, para agilizar a documentação de imóveis dos milicianos.
O Mágico é o braço armado da quadrilha. Recebe ordens para matar quem não está em dia com os negócios da quadrilha, além dos que atrapalham as transações ilegais.
Daniel Alves
de Souza
Laerte Silva
de Lima
cobrança
agiota
Gerente da Favela da Muzema, comunidade vizinha a Rio das Pedras. Ele controla a entrada de pessoas e faz a vigilância. As cobranças também são feitas por ele.
Braço armado da quadrilha. É um dos responsáveis pelo recolhimento e repasse das taxas cobradas aos moradores e comerciantes, além da parte de agiotagem.
Os 'laranjas'
Geraldo Alves
Mascarenhas
Benedito Aurélio
Ferreira Carvalho
laranja
laranja
Um dos 'laranjas' do bando, seu nome foi usado na transação do terreno de uma igreja batista em Rio das Pedras.
Apontado como 'laranja' da organização criminosa, empresta o nome para a abertura de uma empresa de construção civil na Junta Comercial do Rio.
O contador
Manoel de Brito
Batista
Vulgo Cabelo
Atua na quadrilha como contador e gerente armado. Tem 36 anos. Acompanha os negócios da quadrilha, da construção dos empreendimentos à ocultação de bens de seus chefes.
Fonte: Denúncia do MP-RJ