ANUÁRIO DO GBC BRASIL ED. 2022

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GBC

GREEN BUILDING COUNCIL

ANUÁRIO 2022

Certificações LEED, GBC Brasil Casa & Condomínio e GBC Zero Energy

BRASIL
ANO 3 / Nº 1 / OUTUBRO DE 2022

PRINCÍPIOS S US TENTÁ V EIS E S OLUÇÕES

PREDIAIS M IT SUBISHI E LECTRIC. É ASSIM QUE SE C ONS TRÓI U M ÍCONE

D E DE SIGN E S US TENTABILID A D E COMO A JAPAN HOUSE SÃO P AULO.

D esde a sua inauguração, a Japan House São Paulo é um ícone de design e prop ósito. Agora, co m a conquista da certifica ção máxima LEED PLATINUM, ela também se tornou um marco em construção e operação sustentável n o Brasil e no mundo. I sso graças à união de b oas práticas sustentá veis e todos os benefícios do s pr odutos Mitsubishi Elec t ric. P or exemplo, o Sistema d e A u tomação Predial da Mitsubishi Electric gera ma i or economia de energi a p or meio do controle d e iluminação e climatização . O s inversores e controla d ore s lógicos programáveis ge r enciam a performance energética em todo o e d ifício. Já o sistema de ar-condicionado de alt a eficiência garante qua lida de de ar superio r, com op eração silenciosa, proporc i onando mais conforto e bem-estar para todos o s v isitantes. Como você p ode ve r, juntos nós ajud a mo s a construir um e difício mais eficiente.

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Foto: Estevam Romera © 2020 Mitsubishi Electric Brasil, Inc. All rights reserved.

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� 09 GALPÕES EM CERTIFICAÇÃO

A GLP é uma das líderes globais em gestão de investi mentos e desenvolvimento de negócios em logísti ca, infraestrutura de dados, energia renovável e tecnologias relacionadas. Operamos no Brasil, China, Europa, Índia, Japão, EUA e Vietnã com mais de US$ 120 bilhões em real estate e fundos de private equity sob nossa gestão. Toda essa experiência, somada aos 9 anos de atuação no Brasil, permite criar valor para nossos clientes e investi dores, seja ao desenvolver um galpão estrategicamente localizado para diminuir custos operacionais, seja ao gerar alternati vas para a redução de recursos naturais. Assim, unindo as necessidades logísti cas dos nossos clientes com as melhores práti cas socioambientais, estamos trilhando o melhor caminho para um modelo de negócio cada vez mais sustentável.

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O Uso Inteligente da água

O Uso Inteligente da água

Desde o início da Rain Bird em 1933 que nos dedicamos ao Uso Inteligente da ÁguaTM, desenvolvendo produtos e tecnologias inovadores que utilizam a água de forma cada vez mais e ciente. Os produtos da Rain Bird apoiam os espaços verdes sustentáveis, as paisagens, as áreas recreativas e a produção agrícola no mundo inteiro. Os nossos produtos utilizam a mais moderna tecnologia de conservação da água.

Desde o início da Rain Bird em 1933 que nos dedicamos ao Uso Inteligente da ÁguaTM, desenvolvendo produtos e tecnologias inovadores que utilizam a água de forma cada vez mais e ciente. Os produtos da Rain Bird apoiam os espaços verdes sustentáveis, as paisagens, as áreas recreativas e a produção agrícola no mundo inteiro. Os nossos produtos utilizam a mais moderna tecnologia de conservação da água.

O compromisso da Rain Bird para com o uso inteligente da água (The Intelligent Use of Water) tem crescido para além dos nossos produtos. Hoje, estabelecemos parcerias com clientes, designers e municípios para apresentar soluções, educação e formação que ajudam a alcançar os objetivos de gestão dos recursos hídricos a curto e longo prazo.

O compromisso da Rain Bird para com o uso inteligente da água (The Intelligent Use of Water) tem crescido para além dos nossos produtos. Hoje, estabelecemos parcerias com clientes, designers e municípios para apresentar soluções, educação e formação que ajudam a alcançar os objetivos de gestão dos recursos hídricos a curto e longo prazo.

A Rain Bird de ne a sustentabilidade como o funcionamento da sua atividade de uma forma que demonstra a gestão ambiental, ao mesmo tempo que continua a desenvolver produtos, serviços e educação que promovem O Uso Inteligente da ÁguaTM.

A Rain Bird de ne a sustentabilidade como o funcionamento da sua atividade de uma forma que demonstra a gestão ambiental, ao mesmo tempo que continua a desenvolver produtos, serviços e educação que promovem O Uso Inteligente da ÁguaTM.

www.rainbird.com.br

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Edificando Ideais Humanos

GBC GREEN BUILDING COUNCIL ANUÁRIO 2022

BRASIL

Certificações LEED, GBC Casa & Condomínio e GBC Zero Energy

ANO 3 / Nº 1 / OUTUBRO DE 2022
O caminho para a construção sustentável passa pela Saint-Gobain.
MEMBRO

GBC: Edificando Ideais

Humanos

O movimento de green building vive um grande momento. Inicialmente trabalhamos para quebrar a barreira da percepção do custo adicional, a compreensão do ciclo de vida da edificação e o fortalecimento da comunicação entre os profissionais, desafios que já foram superados.

Atualmente comprovamos resiliência no enfrentamento dos recentes desafios e seguimos crescendo com solidez. Acumulamos crescimento de 45% em 2019, seguido de 28% em 2020, quando registramos 155 empreendimentos nas certificações LEED, GBC ZERO ENERGY, GBC CASA&CONDOMÍNIO e LIFE. Já em 2021, registramos 158 novos empreendimentos e certificamos 92.

Também celebramos a parceria com o GRESB (Global ESG Benchmark for Real Estate), fortalecendo o movimento de green building como prerrogativa das corporações, investidores e instituições financeiras que desejam demonstrar aderência aos princípios de responsabilidade social, ambiental e boa governança. Globalmente, o rating ESG do GRESB envolve mais de 1,5 mil portfólios e mais de 100 mil ativos que correspondem a praticamente 5 trilhões de dólares. Nossas certificações conduzem os portfólios de edificações a alcançarem as melhores posições no rating.

De fato, o movimento é global, as parcerias são robustas e mantemos a nossa vontade de continuar dando passos largos. Promovemos inteligência e colaboração. Imaginem profissionais com conhecimento, preferências e experiências por vezes diametralmente distintas, mas que, quando concordam com o nobre objetivo de uma edificação eficiente, saudável e sustentável, trabalham coletivamente pautados pela técnica, conduzidos por rotinas e hábitos, e unificam seus interesses em prol de uma bela obra green building.

Mantemos no Brasil vários tipos de certificação para poder atender prédios corporativos, residenciais, industriais, de logística ou institucionais, caso do Crematório Campo Grande, certificado LEED Platinum, nível alcançado por apenas 5% dos projetos no mundo. E conseguimos ótimos resultados na condução do movimento de green building para as cidades do interior.

Neste sentido, cito a liderança do Grupo Madero que em breve completará mais de 100 edificações LEED, em diversas cidades brasileiras; o Sicredi Evolução, que celebrou a primeira certificação em João Pessoa e anunciou um plano de expansão que levará o green building a cidades do interior da Paraíba e do Piauí; a Cidade dos Lagos, em Guarapuava-PR, e o Viva Park, em Porto Belo-SC, certificados LEED Communities; a sede da AMIC certificada LEED Platinum em Cascavel-PR; a Prologis LEED Platinum em São João do Meriti-RJ; além de novos registros nas cidades de Ribeirão Preto-SP; Eusébio-CE; Pouso Alegre-MG e muitas outras.

Felipe Faria CEO – Chief Executive Officer Green Building Council Brasil Board of Director Member

O green building também aumentou sua participação em edificações destinadas ao varejo. Lojas como a Prada e Chanel passaram a certificar suas instalações, assim como alguns shopping centers buscando a certificação LEED O+M (operação e manutenção).

Para os próximos anos, o envolvimento do varejo será maior. Teremos a retomada de projetos corporativos, crescimento no segmento residencial e projetos buscando a certificação LEED Communities (bairros). No LEED Communities é como se o incorporador estivesse investindo em educação na origem do empreendimento, formando a cultura da sustentabilidade. A harmonia entre o ambiental, o social e o econômico.

Recentemente, celebramos a certificação GBC CONDOMÍNIO dos edifícios ROC Batel, Curitiba - PR (Construtora Laguna); Arbo Cabral, Curitiba - PR (MDGP Incorporações) e o Ed. Myrá, Alphaville - SP (Construtora MPD). Esses empreendimentos apresentam redução média de 20% no consumo de energia (PBE Edifica) e de até 45% em água. Além disso, desviaram de aterros sanitários cerca de 90% dos resíduos gerados no canteiro de obras e se diferenciam pelo melhor desempenho em conforto, saúde e bem-estar.

O movimento ainda ganhou relevância nas discussões de políticas públicas para nortear os desafios climáticos. O GBC Brasil participou da definição dos projetos a serem expostos no “Built Environment Pavilion” no COP 26 (Glasgow) das Nações Unidas e também certificou seis empreendimentos GBC ZERO ENERGY, sendo dois campi universitários da UNIVALI nas cidades de Tijucas e Piçarras, SC, e quatro escolas do Ensino Adventista no Paraná, que registrou 30 novas unidades em 2021. Cresceu também o número de membros concluindo seus processos de Declaração Ambiental de Produto, dos quais tomo a liberdade de citar Santa Luzia, Tigre ADS e Arcelor Mittal. Parceiros como o SindusCon-SP, Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS) e Ministério de Minas e Energia têm avançado no oferecimento de ferramentas gratuitas para estudos de avaliação de ciclo de vida e inventário de emissões na construção civil. Lançamos ainda o Programa “Small Act, Big Impact”, idealizado pela equipe de facilites da Shell, que visa reconhecer as lideranças que operam e administram as edificações focadas na implementação de inovação e procedimentos que reduzem as emissões de gases ao mesmo tempo em que reduzem despesas.

Internamente, continuamos motivados nas oportunidades de disseminação da informação: foram diversas matérias nos principais veículos de mídia do país (TV, rádio, jornais e revistas) e nossa conferência anual Greenbuilding Brasil contou com a participação de 9,5 mil profissionais de 28 países. Certamente, um dos maiores públicos de todos os eventos de green building realizados nos 70 países onde temos presença física. Decidimos trabalhar com o conceito “edificando ideais humanos”, como forma de provocar uma reflexão contínua.

Não obstante, nas oscilações a que todos nós estamos sujeitos, identificamos como norte profissional no movimento de green buildings o serviço coletivo, a colaboração, a ética, a ressignificação do belo, aspectos condizentes com os espaços que criamos, nos quais valorizamos as relações humanas ao promover eficiência, conforto e sustentabilidade.

Estamos em evidência em ESG no mundo financeiro, compromisso de grandes corporações, acompanhando a tendência dos consumidores manifestarem suas preferências na direção do que o movimento de green building oferece. Não podemos relaxar em períodos de fartura! Precisamos continuar focados e criativos, pois as expectativas em cima do movimento aumentarão.

C M Y CM MY CY CMY K

GBC: Edificando Ideais Humanos

Sustentabilidade é um caminho que não tem linha de chegada GBC Life

O green building à disposição da sociedade civil

GBC Casa&Condomínio

Edifício estabelece nova referência para o segmento residencial e busca a Certificação GBC Condomínio

LEED Healthcare Hospital Erastinho conquista selo LEED for Healthcare em nível Gold

Números da Certificação LEED no Brasil e o processo de interiorização

LEED avança pelo interior do país

LEED para saúde pública

LEED e a saúde

LEED for Communities

Bairros planejados no sul do Brasil conquistam a Certificação LEED for

Plataforma inovadora mede pegada ambiental de CO2 e de energia de materiais de construção

Sua empresa é parte do problema ou da solução?

Os Projetos que buscam a certificação LEED são analisados por 9 dimensões. Todas possuem pré-requisitos e créditos que a medida que atendidos, garantem pontos à edificação. Os níveis são: Certified, Silver, Gold e Platinum.

Categorias da versão 3 (2009):

LEED NC (New Construction), LEED CS (Core and Shell), LEED HC (Healthcare), LEED for Schools, LEED for Retail, LEED EBOM (Existing buildings operation and maintenance), LEED CI (Commercial Interiors), LEED ND (Neighborhood).

Categorias da versão 4 (versão atual):

LEED BD+C: New Construction; Core and Shell; Schools; Retail; Healthcare; Data Centers; Hospitality; Warehouses and Distribution Centers.

LEED O+M: Existing Buildings; Data Centers; Hospitality; Warehouses and Distribution Centers; Schools; Retail.

LEED ID+C: Commercial Interiors; Retail; Hospitality.

LEED ND: LEED ND: Plan; LEED ND: Built Project.

LEED v4.1 Cities and Communities

LEED v4.1 Residential

Cases de Certificação GBC Residenciais de São Paulo e Paraná conquistam selo GBC Condomínio Avaliação do ciclo de vida
Communities Platinum
/ SIDAC
GBC Brasil Certificações LEED 2021/22 GBC Brasil Certificações Casa & Condomínio GBC Brasil Certificações Zero Energy
13 19 22 28 32 36 44 48 54 64 66 72 116 140
Conteúdo

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Presidente GBC Brasil

Raul Penteado

Presidente, RSMF Empreendimentos

Vice-Presidente GBC Brasil

José Moulin Netto

CEO, NEXTA

MEMBROS DO CONSELHO

Adriano Sartori

Vice-Presidente, CBRE

Angelo Derenze

Diretor Geral, Shopping D&D

Carlos Betancourt

Presidente, Bresco

Celina Antunes

CEO América do Sul, Cushman&Wakefield

Ednelson Ivantes

Diretor Executivo, Plaenge Industrial

Guilherme Bertani

CEO, Docol

Paulo Mancio

Senior Vice-Presidente, Accorhotels

Paulo Perez

Diretor, Saint Gobain

Robert Harley

Presidente, JHSF Malls

Roberto Aflalo

Sócio-Diretor, Aflalo/Gasperini

Virginia Sodré

Sócia-Diretora, Inifinitytech

CEO Green Building Council Brasil

Felipe Faria

DIRETOR EXECUTIVO

Jacques Rutman jacques@jjcarol.com.br

PROJETO GRÁFICO Jackie Carol

REDAÇÃO Nanci Corbioli - MTb 21838/SP

REVISÃO Alessandra Angelo

RESPONSÁVEIS DO GBC

Diego Salmazo, Enzo Tessitore e Maíra Macedo

Capa: Jackie Carol

Crédito da imagem: South_agency

CRÉDITOS FOTOGRÁFICOS:

André Mortatti

Antonio Carlos Carreiro

Fernando Guerra

Maíra Acayaba

Natália Sampaio

Nelson Kon

Robson Fernandes

Ronaldo Azambuja

Vagão Filmes

As imagens e textos que não estão creditados são de divulgação das empresas, que assumem a responsabilidade sobre os respectivos copyrights. As matérias de autoria de colaboradores e anunciantes não refletem, necessariamente, a opinião da Editora. Todos os esforços foram feitos para reconhecer os direitos autorais das imagens publicadas neste publicação. A editora agradece qualquer informação relativa a autoria, titularidade e/ou outros dados, se comprometendo a incluí-los em edições futuras.

J.J.Carol Editora

Tel +55 (11) 3871-1888

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GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 18
ANO 3 / Nº 1 / OUTUBRO DE 2022

Sustentabilidade é um caminho que não tem linha de chegada

Acredito que devemos celebrar as conquistas do movimento de green buiding, principalmente os resultados dos últimos anos, quando fomos resilientes a uma série de desafios oriundos da pandemia. Além de aumentar o número de projetos e o impacto das nossas atividades, ampliamos os segmentos de atuação e a presença do green building no país. Aqui ressalto a interiorização do movimento, com certificações em diversas cidades brasileiras.

O mais importante é que não se trata de cumprir metas para ganhar o jogo. Precisamos estar constantemente atentos e nos provocando para o aprimoramento de atividades, tecnologias, desempenho e soluções.

Um dos pontos que destaco foi a criação do LIFE. Após um processo de revisão estratégica, identificamos a necessidade de construir melhores canais de comunicação do movimento de green building com a sociedade civil para aumentar significativamente a nossa presença no mercado.

Discutindo com outros GBCs do mundo inteiro, dentro do projeto global do World Green Building Better Place for People, levantamos dados importantes sobre nossa influência sobre a saúde das pessoas de acordo com algumas características dos espaços construídos. E o GBC Brasil saiu na frente em transformar os estudos científicos em atividades, em ações planejadas sobre o tema.

Estudo das Nações Unidas diz que 30% dos edifícios no mundo sofrem da síndrome do edifício doente, que causa diversos sintomas a seus usuários, desde dores de cabeça, náusea, sonolência, olhos secos e até ataques de asma, que acontecem quando o ambiente está com baixa qualidade do ar. No quesito acústico, níveis elevados de poluição sonora causam problemas de hipertensão, estresse e acidentes

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Raul Penteado, Presidente Green Building Council Brasil

vasculares o que, em crianças, pode afetar o desenvolvimento cognitivo. Já o desconforto luminoso, como viver em um lar escuro, pode piorar muito as condições de saúde.

Diante de todos esses estudos científicos, ao assumir o desafio de realizar o sonho de famílias, assumimos, como arquitetos, a responsabilidade de contribuir não somente com a realização de sonhos, mas com a saúde pública e a edificação de lares que valorizam as relações humanas que ocorrem nestes espaços.

Criamos então este guia prático, que é a certificação LIFE, que traz uma série de recomendações do que é possível melhorar na reforma de um apartamento ou uma casa.

O LIFE está dividido em seis categorias: conforto; uso eficiente dos recursos naturais; qualidade interna do ar; materiais; saúde e bem-estar; e responsabilidade social.

Em cada uma dessas categorias, listamos uma série de práticas que, quando cumpridas, podem somar 100 pontos. Para conseguir a certificação é preciso alcançar, no mínimo, 50 pontos.

Em termos de valores, a certificação é quase simbólica. E o mais interessante é que o processo da certificação é convidativo para os arquitetos de interiores e designers participarem mais ativamente do movimento de green building. É uma forma que encontramos de engajar, dialogar e atuar com todo o segmento de profissionais da área da construção.

Estamos certos da importância da iniciativa e de seus efeitos ampliados, com a interação com fornecedores de soluções, tecnologias e materiais deste ramo.

Esta é a característica principal do Green Building Council – aumentar e aumentar, a cada dia, a forte rede colaborativa que atua em prol do movimento brasileiro de green buildings. E da sustentabilidade. Como costumo dizer, a sustentabilidade é um caminho que não tem linha de chegada.

GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 20
Green Building Council Brasil

O green building à disposição da sociedade civil

A GBC LIFE é a primeira certificação do Brasil destinada ao consumidor final. Seu papel é oferecer um referencial técnico à população sobre como as reformas podem tornar sua casa ou apartamento mais sustentável e confortável

A nova certificação de interiores residenciais GBC Life começou a ser desenvolvida em 2020, quando a pandemia da Covid-19 mexeu com o dia a dia de toda a humanidade. De uma hora para outra, as pessoas precisaram se isolar socialmente e se fecharam em casa, boa parte delas trabalhando em home office. Tanto tempo dentro de casa despertou a atenção para a importância de ambientes residenciais não só adaptados à rotina doméstica e às novas funções, mas também capazes de proporcionar conforto, saúde, bem-estar e qualidade de vida tanto sob o ponto de vista doméstico como profissional.

Diante desse cenário, a consultoria proActive Certificação de Empreendimentos e Sustentabilidade procurou o GBC Brasil para propor o desenvolvimento de uma nova certificação voltada para o interior da edificação, focando aspectos como iluminação adequada, conforto termoacústico, gestão de resíduos e até o banho de sol, tão importante para a saúde. “Coincidentemente, o GBC Brasil estava trabalhando na redação de um novo referencial com esta mesma finalidade. Nossos propósitos eram idênticos, foi muita sinergia. Desde então, cada um no seu papel, estamos trabalhando no desenvolvimento e no aperfeiçoamento de um processo de certificação que guie a sociedade civil nas escolhas que permitam ressignificar o lugar em que, vivemos”, explica a engenheira civil Ana Rocha, líder da proActive e Membro do Conselho Deliberativo do GBC Brasil Casa e Condomínio. “Como professora e consultora, digo aos meus alunos e aos incorporadores que devemos quebrar paradigmas

e informar a sociedade civil para que eles façam mais escolhas mais assertivas”, afirma Ana.

A GBC LIFE é a primeira certificação do Brasil destinada ao consumidor final. Seu papel é oferecer um referencial técnico à população sobre como as reformas podem tornar sua casa ou apartamento mais sustentável e confortável, com base em seis pilares principais: saúde e bemestar; conforto; qualidade interna do ar; materiais escolhidos; responsabilidade social; e uso eficiente de recursos naturais. “O principal aspecto é considerar o indivíduo e ir além da especificação do mobiliário, pensando na pessoa que vai usar aquele espaço na vida privada ou no trabalho. Tem muita coisa a ser feita antes de incorporar a tecnologia. O ser humano também é um recurso que precisa ser preservado e o Life trouxe esse aprendizado”, destaca Ana. A GBC LIFE foca temas essenciais aos dias de hoje, permite uma reavaliação de hábitos e costumes, busca a sensibilização pelo consumo consciente e também tem o olhar da ergonomia, do bem-estar, da alimentação, da pausa. Essa certificação faz refletir e evoca a preocupação com a qualidade de vida. A engenheira também destaca dados recentes de pesquisas europeias que mostram incremento de 10% no valor de residências quando os princípios econômico, social e ambiental são considerados na reforma. “A economia e a valorização juntas são o conceito do que é reformar”, afirma.

Ana Rocha também é mestra e doutora em Tecnologia e Gestão da Produção pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, pós-doutora em Gestão Ambiental de Bairros Sustentáveis pela ISO 14001 e pelo processo de certificação HQE

GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 22
GBC LIFE

Os critérios para reformas adotados na certificação são os mesmos encontrados na Norma de Desempenho (ABNT NBR 15575), garantindo que a pontuação seja a mais coerente possível e que os materiais e processos construtivos adotados pelo mercado sejam respeitados. A auditoria final é realizada por uma consultoria de sustentabilidade com base em documentos, dispensando avaliações presenciais. O único nível da GBC LIFE é o Certificado, sem as diferenciações como prata ou ouro.

Projeto-piloto

Um referencial técnico precisa abarcar exigências de engenharia, arquitetura, normas técnicas brasileiras e ainda construir os critérios de avaliação para poder propor maneiras de considerar as soluções de projetos mais adequadas à nossa realidade e construir sua versão R1 coerente com o padrão Brasil. A construção desse referencial levou à implantação do projeto piloto 001, o Residencial 151 Perdizes, um apartamento de 135 m2 no bairro de Perdizes, na zona oeste de São Paulo. O empresário Rogério Góes, proprietário do imóvel, é uma pessoa compromissada com as questões ambientais e quando conheceu a certificação LIFE e percebeu seus benefícios propôs esse desafio ao arquiteto da obra, seu filho Felipe Góes. A coordenação dos trabalhos, baseada em decisões tomadas de forma encadeada e holística, ficou a cargo do também arquiteto Rafael Becerra, consultor da proActive responsável pela implantação do projeto.

“Estou sempre em contato com a natureza e prezo muito a questão da sustentabilidade. Fiquei interessado quando a proActive falou sobre a GBC LIFE, que traz a possibilidade de cada pessoa certificar sua própria unidade e aquilo que ela já faz na busca pelo sustentável. É diferente de quando um único proprietário decide certificar um prédio inteiro”, compara Rogério Góes.

A planta do apartamento de 11 anos não era a original. Ainda na época da construção, o imóvel fora reprojetado para se tornar um espaço totalmente aberto, favorecido por luz natural e ventilação cruzada, e que usa dois quartos para dar lugar a uma única e ampla suíte. Forro e piso já tinham acabamentos visando o conforto acústico.

A intervenção recente começou pela troca dos metais e comandos das louças originais. A substituição das antigas válvulas dispendiosas por modelos dual flux implicou redução de 20% no consumo de água das

bacias sanitárias. A iluminação agora adota lâmpadas LED, gerando economia entre 10% e 15% do consumo de energia. “Nada disso é obrigatório. Fomos compondo em função dos objetivos do proprietário”, pontua Ana.

Seguindo as orientações da GBC LIFE, foi criada uma área de resíduos dentro do apartamento a fim de eliminar o armazenamento improvisado de lixo reciclável. Como o edifício já segrega os materiais da coleta seletiva, o objetivo era ter recipientes próprios para cada tipo de resíduo, deixando tudo mais organizado e higiênico. “Eu não queria abrir mão de armários da cozinha, mas o arquiteto encontrou a solução: contêineres pequenos, de design diferenciado e empilháveis, dispostos em um canto da despensa. Uma modificação simples que foi resolvida na base da criatividade”, destaca Rogério Góes. Outra alteração simples foi a troca das cortinas, agora com blackout. “A proActive insistiu nessa substituição e logo percebi a vantagem do blackout, que traz o benefício de dormir melhor”, afirma o proprietário. Os pés dos móveis receberam proteção acústica e a área de esportes do terraço foi recoberta por tapete emborrachado para evitar que os sons passem para o andar de baixo. Também foi estabelecida uma rotina para limpeza periódica do ar-condicionado a fim de garantir a qualidade interna do ar. No quesito qualidade de vida, o diferencial ficou para a horta e o jardim preexistentes e que ocupam uma mesa de 90 x 90 centímetros.

Um diferencial da certificação é que ela considera não só aspectos para economia de água e energia, mas também os hábitos dos moradores e seu estilo de vida – no caso de Rogério Góes, em especial o gosto por cozinhar, pelas artes, pelo montanhismo e por viagens para conhecer as culturas de outros povos.

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Rogério Góes, proprietário do apartamento em que foi implantado o projeto-piloto da Certificação LIFE, com os filhos Patrícia e Felipe Góes, o arquiteto da obra.

A sala e a cozinha agora estão separadas por uma nova divisória retrátil, que permite integrar ou separar os ambientes conforme as necessidades de cada momento. Ela também serve de suporte para que o cliente escreva receitas e tópicos de reuniões remotas ou palestras online. As memórias da vida e de viagens saíram do fundo dos armários e ganharam espaço de destaque na cozinha e em móveis especialmente projetados para elas. Dentre as muitas fotos de viagens, algumas foram selecionadas e hoje estão expostas em molduras sustentáveis, feitas com embalagens longa-vida trituradas, solução também encontrada pelo arquiteto da obra. Outras presenças fortes são a madeira de reúso, elementos da biofilia e a acessibilidade. A especificação de materiais é bastante parecida com a das outras certificações, buscando opções com baixo nível de Compostos Orgânicos Voláteis (COV), produtos da região, recicláveis e com componentes reciclados. “Não fiz melhorias pela pontuação, mas pelo que poderia ser aperfeiçoado e com isso o projeto pontuou bastante. O resultado é um espaço que tem a minha identidade”, conclui Rogério Góes.

Consolidação da LIFE

A consultoria proActive tem dois outros projetos da certificação LIFE em andamento. Para mostrar que o referencial se aplica a imóveis de qualquer padrão, foram escolhidos uma residência de 265 m2 na Granja Viana, em Cotia, SP, e um apartamento de 65 m2 em Recife. Ambos devem ser concluídos até meados de 2022.

Outro projeto que logo deve obter a certificação LIFE está sob o comando da arquiteta Vivian Coser, titular do escritório homônimo que é integrante do

GBC Brasil e tem sedes nos estados de São Paulo e Espírito Santo. Para a arquiteta, a qualidade de vida do usuário está diretamente ligada ao ambiente em que se vive. “Em cada etapa de projeto, especificação de materiais e escolha de fornecedores faço um exercício com minha equipe de analisar o que poderia ser melhor tanto para as pessoas como para o meio ambiente”, afirma.

O imóvel é um apartamento de 175 m2 em um edifício que já tem certificação de sustentabilidade e está localizado na região dos Jardins, em São Paulo. “Esse é o nosso primeiro trabalho com a certificação LIFE. Ele está sendo um ótimo exercício de análise cuidadosa e criteriosa de todos os impactos ambientais e sociais que envolvem cada elemento que especificamos em projeto. Acima de tudo trata-se de um excelente aprendizado para os futuros projetos do escritório que vamos certificar”, entende.

O destaque do projeto é o trabalho de biofilia, um dos pilares do escritório para criar ambientes que proporcionam maior conexão e integração entre ser humano e natureza e a valorização das riquezas brasileiras, que são tão exuberantes. A reforma visa o mínimo de demolição para reduzir a geração de resíduos. “Os elementos que não conseguirmos manter no projeto do apartamento serão doados para uma comunidade carente, para reutilização. Com isso, eles terão um ciclo de vida contínuo e evitamos destinar a aterros materiais em ótimo estado”, conta a arquiteta.

A biofilia é um dos pilares do escritório de Vivian Coser para criar ambientes que proporcionam maior conexão e integração entre ser humano e natureza e a valorização das riquezas brasileiras, que são tão exuberantes.

Segundo Vivian, a LIFE tem um formato muito eficiente de consolidar todo trabalho de conscientização e incentivar arquitetos a projetarem de forma cada vez mais eficiente. No entanto, ela considera que ainda são poucas as indústrias realmente preparadas para oferecer as informações técnicas necessárias para especificações conscientes e com baixa emissão de carbono. “Priorizamos neste projeto empresas com certificações sustentáveis e que estão alinhadas com nossos valores. Fazemos nossa parte cobrando e pesquisando novas marcas e fornecedores que estejam alinhados com o propósito de gerar mais saúde e bem-estar às edificações”, afirma. Vivian ainda destaca que existe muito greenwashing na área da construção civil, mas em contrapartida, ela também observa que o aumento das certificações vem incentivando um novo padrão a ser seguido no mercado, em que os fornecedores realmente buscam atestar o que de fato torna seu produto ambientalmente correto.

GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 24

Mercado mais sustentável

Segundo Guilherme Bertani, presidente da Docol, empresa que incentiva o movimento de green building desde o seu surgimento, a nova certificação LIFE é fundamental para a evolução do mercado por disponibilizar a informação diretamente para os proprietários dos imóveis. Ele destaca que o ato de construir envolve extração de materiais, geração de resíduos e, dependendo de como for feita a obra, pode gerar uma perpetuação de danos, apesar de hoje haver tecnologias para construções sustentáveis “Quando o incorporador projeta um prédio comercial ou residencial, existe a preocupação com o desempenho ecológico de uma obra, com a preservação do meio ambiente e com a geração de maior valor agregado. No entanto, no Brasil temos muita autoconstrução e construção formiga e as pessoas não estão muito atentas a isso e nem sempre têm as informações necessárias para direcionar o trabalho do mestre de obra nesse sentido. Também é importante para arquitetos e engenheiros saber que existem produtos desenvolvidos com essa preocupação”, ressalta.

Em relação ao uso eficiente da água, Bertani vê um mercado ainda com produtos que gastam demais, têm vida útil muito curta e não respeitam as normas de proteção ao meio ambiente. “Há grande diferença de vazão nos chuveiros, por exemplo. Vemos produtos que consomem 20, 30 ou 40 litros por minuto, mas a Docol oferece chuveiros com vazão de 12 litros por minuto, sem abrir mão de conforto, design e durabilidade. E esse cuidado migra para todos os produtos da linha”, garante.

A empresa também oferece soluções voltadas a saúde e conforto, como a torneira de cozinha Docol Ozônio, que mistura água e ozônio, uma espécie de detergente natural que permite lavar os alimentos e retirar uma camada de agrotóxicos sem usar cloro ou

outros produtos nocivos. Também em destaque está a linha Mais Docol, com produtos direcionados a projetos de habitação popular.

A Saint-Gobain é outra empresa que enfatiza os aspectos de eficiência, conforto, inovação e sustentabilidade e oferece soluções que buscam maximizar conforto termoacústico e atendem aos diferentes segmentos do mercado residencial, com diferentes níveis de performance, que podem ser adequados às necessidades especificas de projeto.

Segundo o arquiteto João Casari, gerente nacional de especificação técnica no Grupo Saint-Gobain e exdiretor da PróAcústica, os produtos Saint-Gobain são desenvolvidos e produzidos pensando no impacto e redução de desperdícios em obra e na melhor gestão dos recursos empregados desde o momento da fabricação, transporte, instalação, até o tratamento posterior destes resíduos. Como exemplos, ele cita o sistema Placostil para construções leves e que pode ser dimensionado de acordo com o padrão da obra. Ele também destaca as linhas de forros em gesso acartonado perfurado Rigitone e Gyptone, que têm a tecnologia Active Air, para a captura de formaldeídos no ambiente em que foram aplicados, soluções de baixa emissão de CO2, e a racionalização do canteiro de obras com o sistema Drywall, Light Steel Frame e fachadas leves, além dos itens da linha Acústica e Design, dedicada a produtos acústicos com apelo estético.

Para Casari, a certificação LIFE “consolida a aplicação em uma situação real de técnicas, metodologias testadas e comprovadas no mercado, sobre a eficiência do que foi projetado. Desta forma, assegura para o usuário que ele está adquirindo de fato o que foi prometido no processo de aquisição do imóvel. Do ponto de vista industrial, como fornecedor, ela reforça nosso compromisso de transparência sobre as informações sobre nossos produtos, que possam contribuir para o bom desempenho da edificação e o bom resultado do projeto”, encerra.

João Casari, gerente nacional de especificação técnica no Grupo Saint-Gobain

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Guilherme Bertani, presidente da Docol
encontro do Compromisso que vai ao futuro Onde a Log constrói, o país cresce. 0800 400 0606 logcp.com.br Abrigo de resíduos sólidos Destinação sustentável Bicicletário Reúso de água Materiais de baixa absorção térmica Telhado e pavimentação / LOGCP

A Log é uma das maiores desenvolvedoras e locadoras de galpões de alto padrão no Brasil.

Um dos nossos grandes compromissos é oferecer construções sustentáveis, inovadoras, humanas e eficientes. Afinal, o futuro do planeta depende do que é construído hoje por pessoas e empresas.

Isolamento térmico Pintura branca e manta de isolamento

Acessibilidade

Ventilação natural Sistema que garante seis trocas de ar por hora

Paisagismo Prevenção da biodiversidade local

Iluminação natural

Eficiência energética

Organização do tráfego local

Louças e metais eficientes no interior dos galpões

Alguns atributos são exclusivos para projetos LEED.

Edifício estabelece nova referência para o segmento residencial e busca a certificação GBC Condomínio

Com finalização das obras prevista para outubro de 2024, o Edifício Bioma será o primeiro empreendimento da Construtora e Incorporadora Nortis a obter a certificação GBC Condomínio. A consultoria de sustentabilidade é do Centro de Tecnologia de Edificações (CTE), empresa de consultoria e gerenciamento especializada em qualidade, tecnologia, gestão, sustentabilidade e inovação para o setor da construção.

O Bioma é um empreendimento da Construtora e Incorporadora Nortis lançado com a proposta de estabelecer uma nova referência para os edifícios residenciais no Itaim-Bibi, bairro de São Paulo servido pela mais completa infraestrutura, como facilidade de acesso, e extensa rede de comércio e serviços. O edifício de alto padrão terá 15 pavimentos e mais de 10 mil m² de área construída, incluindo amplo espaço de lazer com playground, academia, piscina, sauna, salão de festas e brinquedoteca, além de bicicletário. Serão cinco tipologias de apartamentos com áreas variando de 204 m2 a 339 m2

Com arquitetura do Studio Arthur Casas e paisagismo de Cardim Arquitetura

Paisagística, o empreendimento tem o propósito de resgatar a natureza e traz a sustentabilidade como essência, materializada na forma de recursos eficientes para o controle da incidência de luz e radiação solar e materiais especificados com base em critérios de ecoeficiência. O verde também faz parte da composição das fachadas e vai além das áreas comuns, chegando às varandas de todos os pavimentos, regenerando o paisagismo local com espécies nativas e biodiversidade.

GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 28
GBC CASA&CONDOMÍNIO

O projeto também contempla a biofilia ao utilizar elementos naturais que trazem textura, cor e materialidade para promover a qualidade de vida.

Envoltória eficiente

A fachada é um elemento de importância fundamental em qualquer edificação, uma vez que seu desempenho pode impactar positiva ou negativamente seu consumo energético. O projeto desenvolvido pelo Studio Arthur Casas para o Edifício Bioma buscou garantir uma fachada com maior eficiência a partir da realização de estudos de insolação e da análise sobre as condições de privacidade. Esse trabalho resultou em uma fachada com grandes aberturas protegidas por abas, brises, terraços e floreiras. A composição mescla concreto, vidro, vegetação nos terraços e madeira nos brises que controlam a incidência de luz e a radiação solar, além de permitir também o aproveitamento do calor nas diferentes estações do ano. Com angulações específicas em cada ambiente, esses brises garantem privacidade aos moradores e tornam a fachada ainda mais elegante e sofisticada.

Segundo Adriana Hansen, gerente de consultoria do CTE, essas soluções asseguram a todas as unidades do empreendimento luminosidade natural adequada a fim de promover bem-estar, produtividade e redução de custos com ar-condicionado. “O projeto também propicia a integração de elementos naturais

no cotidiano urbano, por meio de materialidade, texturas e vegetação, o que favorece a qualidade de vida. Além disso, ele ainda garante privacidade aos moradores, mas sem comprometer a visão para o exterior”, afirma Adriana.

Outro diferencial do Bioma está no projeto de paisagismo, concebido pelo escritório Cardim Arquitetura Paisagística. A proposta especifica o uso preferencial de vegetação nativa brasileira com o intuito de resgatar a biodiversidade, a memória cultural, valorizar nossas riquezas e gerar impactos positivos. De acordo com Adriana, um dos elementos paisagísticos de destaque é a Floresta de Bolso®, técnica desenvolvida e registrada pelo botânico Ricardo Cardim, que tem como objetivos reconectar a população ao patrimônio nativo e resgatar a biodiversidade original, por meio de um plantio que respeita a dinâmica original das florestas. “Devido à grande densidade vegetal e diversidade, seus benefícios ambientais para a melhoria da qualidade de vida e saúde pública são de alto impacto, como por exemplo, diminuição de temperatura, aumento da umidade do ar, retenção de águas das chuvas e infiltração no solo e no lençol freático”, explica a consultora.

O projeto do empreendimento também contempla o conforto térmico, acústico e lumínico, atendendo aos critérios da norma ABNT NBR 15575 referentes a esses temas. Além disso, ele também promove

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mais bem-estar e a melhoria da saúde dos ocupantes, incorporando uma área adequada e equipada própria para a realização de exercícios físicos e descompressão.

Para garantir ambientes mais saudáveis, durante a construção será controlado o uso de adesivos, selantes, tintas e vernizes para que tenham baixa quantidade de compostos orgânicos voláteis, reduzindo a quantidade de contaminantes do ar interno que são prejudiciais aos ocupantes. Também estão previstas medidas adicionais para garantir a qualidade interna do ar. A especificação de materiais dá preferência aos ambientalmente sustentáveis, como os que apresentam o Rótulo Ecológico da ABNT, materiais e produtos com conteúdo reciclado pré e pós-consumo e materiais recicláveis.

Atributos sustentáveis

O empreendimento contará com diversos outros recursos para garantir a sustentabilidade tanto sob o ponto de vista ambiental como financeiro a seus futuros ocupantes, como a previsão de medição individualizada de água, energia e gás. As medidas a serem adotadas incluem instalação de hidrômetros em cada apartamento, o que de acordo com estudos reduz o consumo de água em até 25%. Áreas comuns e privativas serão dotadas de torneiras e sanitários equipados com dispositivos economizadores. Também foram planejados sistema para aproveitamento da água da chuva, que será filtrada e direcionada às torneiras de rega e lavagem das áreas comuns, e irrigação automatizada e eficiente para garantir a boa manutenção do paisagismo mas sem desperdícios. Para possibilitar a melhor gestão do consumo de energia elétrica nas áreas comuns foi prevista a medição setorizada. Todas as lâmpadas entregues serão com baixo nível de mercúrio ou totalmente isentas desse metal.

Com conclusão prevista para outubro de 2024, as obras devem adotar soluções para minimizar o impacto do entorno e no meio ambiente, como reciclagem dos resíduos, controle da saída de poluição na água, solo e no ar. Todas as madeiras utilizadas terão a Declaração de Origem Florestal (DOF), a fim de contribuir para a preservação das florestas brasileiras. Há ainda a possibilidade de entrega de apartamentos com recursos de acessibilidade.

A empresa

A Nortis oferece através de seus projetos o que existe de mais avançado em métodos de construção, tecnologia e projetos de arquitetura. Sensível às questões sociais e ambientais, é sólida na segurança. Tais valores estão em concordância com os pilares da Certificação Casa&Condomínio e a busca dessa certificação é a melhor maneira de firmar esse compromisso e formalizar o seu propósito. A empresa atua em favor do correto gerenciamento de seus resíduos, uso consciente dos recursos naturais (água e energia) e garantindo condições adequadas de trabalho. Além disso, algumas práticas e estratégias sustentáveis, como a logística reversa junto a fornecedores e melhoria de processos, possibilitam a redução de custos e impactam diretamente em seu resultado. A Nortis investe no uso de materiais certificados em seus projetos, proporcionando benefícios econômicos para seus clientes ao gerar maior durabilidade e menor custo de manutenção ao longo do tempo. Busca também perpetuar tais princípios para os vizinhos do bairro de suas obras, disponibilizando pontos de coleta seletiva em seus canteiros de obras.

GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 30

Hospital Erastinho conquista selo LEED for Healthcare em nível Gold

Hospital oncopediátrico de Curitiba é o primeiro do país a obter a certificação que visa redução de custos operacionais, melhora nas respostas dos pacientes aos tratamentos, maior controle de infecções e benefícios para a comunidade

Inaugurado em setembro de 2020, o Erastinho é a unidade oncopediátrica do maior Câncer Center do Paraná, que trabalha de maneira muito atuante em prevenção, diagnóstico, tratamento, ensino e pesquisa. Também fazem parte deste complexo o Hospital Erasto Gaertner (matriz), Hospice Erasto Gaertner (unidade de cuidados paliativos), Unidade Irati e Unidade Paranaguá. O Erastinho oferece 43 leitos de internação privativos e semiprivativos, recepção, lobby, atendimento ambulatorial, prontoatendimento, centro de infusão de curta e longa

A volumetria dinâmica do edifício e seu paisagismo orgânico também têm o papel de tornar a experiência das pessoas mais leve e confortável. O projeto da envoltória contribui para manter a temperatura agradável e reduzir a necessidade de uso do ar-condicionado.

duração, hospital-dia, centro cirúrgico e alas para internação clínica, cirúrgica, UTI e Centro de Hematologia e Transplante de Medula Óssea (TMO). A unidade já é a maior transplantadora de medula óssea do Paraná.

O Erastinho é o primeiro hospital do Brasil a obter a LEED for Healthcare, certificação que visa não só a redução de custos operacionais, mas também a melhora nas respostas dos pacientes aos tratamentos e maior controle de infecções. O nível de certificação alcançado é o Gold. “A instituição tem um enorme orgulho e pertencimento nessa acreditação. Essa conquista simboliza todo o cuidado desde o projeto arquitetônico até sua execução para gerar uma instituição onde a melhor utilização de recursos seja uma premissa e entrega. Além de certificar, conquistar a maior pontuação da América Latina, também é a primeira instituição nacional a estampar esse selo”, comemora Adriano Lago, presidente executivo do Hospital Erasto Gaertner.

O impacto da certificação para o Erastinho é bastante positivo. “Nossa percepção interna, e principalmente a dos clientes, demonstra que muitos dos recursos naturais são muito bem aplicados ou utilizados, desde o pequeno número de lâmpadas acionadas para garantir a correta luminosidade, até a garantia de que um cliente interno ou externo que tenha seu carro elétrico, recarregue-o durante o tempo de permanência na instituição”, informa Lago.

Certificação e humanização

O Erastinho iniciou suas atividades para a sociedade brasileira trazendo muitos diferenciais focados em sua missão. “O primeiro destaque é a arquitetura, preparada para atender e acolher diferentes faixas etárias, principalmente o adulto jovem”, afirma Lago.

GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 32 LEED HEALTHCARE

O projeto arquitetônico de Sarnelli Arquitetura & Consultoria e Redora Novas Percepções Arquitetura para o Erastinho e a execução das obras foram os meios para garantir a certificação. O projeto valoriza aspectos relacionados ao bem-estar dos pacientes, familiares e dos funcionários, como luz e ventilação naturais e o uso de materiais atóxicos. A volumetria dinâmica do edifício e seu paisagismo orgânico também têm o papel de tornar a experiência das pessoas mais leve e confortável. “Um edifício realmente sustentável é aquele que promove não apenas redução de impactos ambientais, mas também conforto e bem-estar aos ocupantes. Assim, toda

No térreo, a recepção é complementada por uma área com mesas e TVs onde as crianças podem jogar videogame, brincar e desenhar. Os dois espaços são separados pela parede com aberturas circulares

Um edifício realmente sustentável é aquele que promove não apenas redução de impactos ambientais, mas também conforto e bem-estar aos ocupantes.

a experiência dos pacientes e familiares se torna mais tranquila e leve”, destaca Guido Petinelli, CEO da Petinelli, empresa de consultoria e engenharia em sustentabilidade que deu suporte ao processo de certificação do Erastinho.

De acordo com Petinelli, hospitais operam 24 horas por dia, têm um alto custo operacional com energia e água e geram grandes impactos ambientais e econômicos. Para reduzir esses custos, o projeto do Erastinho adotou uma série de medidas, como o isolamento térmico da envoltória, que contribui para manter a temperatura agradável e, consequentemente, diminui a necessidade de condicionamento do ar. “A redução de custos com água e energia elétrica é um fator que se torna ainda mais importante e significativo no caso de um hospital filantrópico com mais de 90% dos atendimentos realizados pelo SUS”, destaca o CEO.

Foram disponibilizados aos ocupantes do edifício controles do sistema de ar-condicionado e, em casos específicos, foram previstos sistemas de controle individualizado. O sistema de ar-condicionado não utiliza CFCs, componentes que danificam a camada de ozônio. “Além disso, não contém mercúrio e chumbo em seus componentes, garantindo que

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os ocupantes não sejam contaminados por esses elementos”, completa Petinelli. Também foram utilizados materiais com alta refletância, reduzindo o efeito ilha de calor e melhorando o bem-estar dos ocupantes. Além disso, conta com estratégias para a redução da poluição luminosa, para diminuir os impactos à fauna e às pessoas.

Foi necessário realizar ajustes e alterações no projeto para que o hospital atingisse alto nível de desempenho. “Entretanto, as equipes envolvidas no projeto já tinham passado pela experiência de trabalhar com um green building e com a Petinelli. Dessa forma, havia desde o início um entendimento que o objetivo era projetar e construir o hospital mais eficiente, confortável e sustentável possível”, afirma o CEO.

Como resultado das medidas de eficiência implementadas ainda no projeto, o que elimina custos adicionais de implantação, o hospital tem diminuição de 25% no consumo de energia em comparação ao baseline. A redução do consumo de água é de praticamente 36% graças à adoção de louças e metais eficientes. “Ao abordar esses conceitos, o Erastinho sinaliza ao mercado que é possível construir melhor sem pagar mais por isso”, destaca Petinelli.

Outras certificações

O Erastinho tem ainda por objetivo de se tornar referência nacional e internacional em sustentabilidade e está em busca de outras certificações. Será instalada uma usina fotovoltaica com 1 MWp de potência, capacidade necessária para gerar toda a

energia elétrica, tornando o Erastinho o primeiro hospital autossuficiente em energia do Brasil, com as certificações LEED Zero Energia e GBC Brasil Zero Energia. “Teremos a enorme alegria de muito em breve anunciar que seremos também a primeira instituição LEED Healthcare ZERO do mundo com a entrega de uma usina fotovoltaica com 6 mil m2 de placas”, informa Lago.

A instituição também obteve a Well Building

Certification em sua busca pela sustentabilidade aliada a qualidade de vida, saúde e produtividade. “Hoje a Família Erastiana entende e aplica que a melhor utilização de qualquer recurso sempre vai gerar a qualidade, segurança e satisfação em toda e qualquer entrega. As certificações são e se demonstram como melhores métodos, mas sempre estaremos ativos e com objetivo de aplicar a sustentabilidade”, encerra Lago.

A brinquedoteca foi alocada no primeiro pavimento e oferece uma opção de entretenimento para os pequenos pacientes da instituição

Crédito das imagens: Marcelo Andrade

LEED avança pelo interior do país

Busca por pioneirismo e diferenciais de mercado, formação de equipes multidisciplinares conectadas por videoconferências e conscientização de profissionais locais sobre a sustentabilidade são fatores que têm contribuído para o crescimento do número de empreendimentos com selo LEED pelo interior do país

Até pouco tempo atrás, os edifícios com certificado de sustentabilidade eram mais facilmente encontrados nas grandes cidades do país, mas hoje se observa uma promissora tendência de interiorização. Em 2020, o Brasil somou 155 empreendimentos registrados para obter a certificação LEED, sendo 80 nas capitais e 75 no interior do país. Em 2021, pela primeira vez a situação se inverteu: dos 158 registros, 68 estão nas capitais e 90 em outras cidades.

Esses números se refletem na rotina das consultorias de sustentabilidade. “Empreendimentos de diversos portes e localizados não só em grandes centros urbanos, mas também em pequenos municípios, têm percebido cada vez mais os benefícios das certificações”. A afirmação é da arquiteta Paula Rocha, especialista em Sistemas Tecnológicos e Sustentabilidade Aplicados ao Ambiente Construído e mestre em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável pela Universidade Federal de Minas Gerais, profissional LEED mediante os títulos de LEED GA e LEED AP BD+C pelo Green Building Certification Institute e sócia diretora há 10 anos da ARES Eficiência Energética e Sustentabilidade, onde lidera a equipe de green building. A empresa soma em seu portfólio mais de 500 projetos e consultorias realizadas, passando por certificações como LEED, AQUA, GBC Casa e Condomínio, Sites ou PBE Edifica, até consultorias em Conforto Ambiental, Análise Energética e Laudos para a Norma de Desempenho –NBR 15.575.

Segundo Paula, esse aumento é atribuído “à otimização de recursos naturais, maximização da eficiência energética, redução nos custos operacionais (OPEX), mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, aumento da produtividade, satisfação e bem-estar dos usuários, sem contar o destaque significativo para o empreendimento e a valorização da marca perante o mercado atual”.

Dentre as consultorias que a ARES presta atualmente visando â certificação LEED estão empreendimentos como a filial da MAPFRE Seguros em Ribeirão PretoSP, já nas fases de conclusão de obra e submissão à verificação Construction Preliminary Review; o Edifício

GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 36
NÚMEROS DA CERTIFICAÇÃO LEED NO BRASIL E O PROCESSO DE INTERIORIZAÇÃO
Expectativa de crescimento para 2022: GBC CASA&CONDOMÍNIO - 30% LEED - 20% GBC LIFE - 400% | GBC ZERO ENERGY - 5%
Imagens: GBC Brasil

249, edificação de uso misto com cartório e prédio residencial em Pouso Alegre (MG), que concluiu a etapa Design Final Review, mas ainda não deu início às obras; e a sede da Sou Energy, em fase de elaboração de anteprojetos de arquitetura e complementares, ainda sem submissão ao organismo certificador. Os três são destinados ao usufruto do proprietário, já foram registrados na Plataforma LEED Online e estão classificados na categoria LEED BD+C NC.

Dificuldades superadas

O fator que motiva esses clientes a buscarem a certificação é o destaque que seus empreendimentos terão como os primeiros a obter o selo LEED em suas cidades. No entanto, o percurso que eles vêm traçando tem apresentado alguns obstáculos. Em alguns casos essas limitações prejudicam a obtenção de alguns créditos, ou forçam o redirecionamento das análises para novas estratégias a serem pleiteadas a fim de manter ou superar o nível de classificação almejado.

Na experiência de Paula Rocha à frente da ARES, as principais dificuldades estão relacionadas à disponibilização de dados pelos órgãos competentes em relação a linhas de ônibus e seus itinerários, implantação de ciclovias, mapas de hierarquias viárias ou mapas de inundação. “Os dados muitas vezes ainda não foram mapeados ou não são de fácil acesso em portais, aplicativos ou outras plataformas de compartilhamento”, detalha Paula. Outro desafio tem sido encontrar localmente profissionais diversos, fornecedores, projetistas e construtoras com experiência na certificação LEED. “Em alguns casos, o incorporador optou por levar sua equipe e mão de obra de confiança, especializada em determinado tipo de serviço, em detrimento da contratação de profissionais locais”, ela conta. Além disso, práticas consideradas comuns em grandes cidades ou escritórios de projetos e construtoras de maior porte, como compatibilização de projetos, domínio da plataforma BIM, coleta

seletiva e parcerias na destinação dos resíduos ou implementação de planos de controle de obra, ainda não fazem parte da rotina dessas empresas em cidades menores. “Em alguns casos essas condutas já se encontram em processo de desenvolvimento ou implementação, mas ainda não foram efetivadas”, afirma Paula. Outro empecilho tem sido a falta de políticas públicas locais ou iniciativas privadas de instituições financeiras visando o fomento à construção sustentável.

Em contrapartida, os agentes envolvidos vêm encontrando formas de superar esses obstáculos. Hoje existe a tendência de formar equipes interdisciplinares de projetistas por todo o Brasil, o que é facilitado pelo home-office e por reuniões via videoconferência. Visando o nivelamento do conhecimento e treinamento de toda a equipe envolvida, a Ares vem desenvolvendo uma consultoria e assistência mais personalizadas para acompanhamento de perto das dúvidas de projeto e construção e proposição de soluções, de modo a garantir o cumprimento das exigências da certificação. Os consultores da empresa também têm se aprofundado na pesquisa para coleta de dados e tentam contato diretamente com os responsáveis. Outro aspecto positivo tem sido o estímulo a fornecedores e construtores locais e regionais no sentido de buscar um diferencial de mercado, por meio do aumento da capacitação profissional e do incentivo a testes de desempenho e aperfeiçoamento na produção dos materiais por parte dos fornecedores, trazendo maiores responsabilidades socioambientais durante todo o ciclo de vida do produto. “Esse movimento impulsiona a conscientização de profissionais locais a respeito da construção sustentável, das certificações e de seus benefícios, aquecendo o mercado civil ligado ao meio ambiente”, afirma Paula.

Características dos empreendimentos

Paula explica que por estarem localizados em centros urbanos e mais precisamente em áreas de interesse histórico, o Edifício 249 e a filial da MAPFRE conseguiram muitos pontos devido à implantação em locais de alta prioridade, alta densidade e usos diversos no entorno, como também pelo amplo acesso a transporte de qualidade. Já a sede da Sou Energy tem um terreno mais generoso, sendo prevista a pontuação em créditos que envolvem espaços abertos externos incentivando as interações sociais e com o ambiente e a gestão das águas pluviais infiltradas nesses espaços. A paisagem engloba uma diversidade

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Paula Rocha é sócia diretora da consultoria ARES Eficiência Energética e Sustentabilidade

de tipos de vegetação e espécies que oferecem oportunidades de interesse visual durante todo o ano, bancos serão posicionados próximos à entrada e haverá passarelas de contemplação e conexão entre os espaços. Também será adotado bicicletário com vestiários, além de vagas para veículos compartilhados e para carros elétricos com totens de carregamento.

De acordo com Paula, a filial da MAPFRE conseguiu pontos interessantes por meio do suporte financeiro realizado para a The Green Initiative, a partir do projeto Amigos da Floresta. A empresa se comprometeu a plantar 1200 árvores nativas do bioma Mata Atlântica, realizando sua manutenção pelo período de dois anos. Esse é o mesmo bioma natural da localização do projeto em Ribeirão Preto e a parceria realizada auxiliará na recuperação das matas ciliares e, consequentemente, dos rios locais. Outros pontos que merecem destaque são a aquisição de REC’s (certificados de energia verde), a obtenção de dois Créditos-pilotos que incentivam a iluminação natural eficiente e vistas externas de qualidade em espaços de ocupação transitória e a pontuação máxima da opção no crédito de Análise de Ciclo de Vida. Essa pontuação alta se deu por se tratar de um retrofit de edifício existente e pela reutilização dos seus elementos estruturais, inclusive a estrutura metálica do telhado, reduzindo em 78,5% o potencial de aquecimento global, em 61,2% o esgotamento da camada de ozônio estratosférica, em 74,3% a acidificação da terra e das fontes de água, em 65,4% a eutrofização, em 75% a formação do ozônio troposférico e em 59,4% o esgotamento dos recursos energéticos não renováveis.

Como a MAPFRE e o Edifício 249 já tiveram sua análise de projeto concluída e revisada pelo GBCI, os potenciais de redução de consumo estão mais

consolidados. O Edifício 249 adotou uma série de estratégias para conquistar 16% de economia de energia em relação a uma edificação base: cores claras na fachada com o objetivo de reduzir a absorção de calor; brises no cartório, visando à minimização do ofuscamento e à proteção da insolação nas estações de trabalho; varandas generosas para reduzir a insolação intensa nas unidades residenciais; ventilação natural cruzada nos apartamentos; e uso de equipamentos eficientes de condicionamento de ar (VRF no cartório e splits nas residências), iluminação artificial em tecnologia LED com alto índice de Reprodução de Cores (IRC) e painéis fotovoltaicos para geração de energia elétrica. A filial da MAPFRE atingiu 41% de redução de consumo de energia devido ao isolamento criado pela composição da cobertura (telha metálica + 5cm de EPS + telha metálica + câmara de ar + forro mineral – transmitância total de 0,73 W/m²K) e vidros duplos nas aberturas, além do sistema de ar condicionado VRF de alta eficiência e a iluminação artificial em LED com alto IRC.

O Edifício 249, em Pouso Alegre - MG terá um cartório no térreo e unidades residenciais nos andares acima.

Imagem: Manoela Abrahão Arquitetura & Design

No caso da Sou Energy, que ainda está em fase de anteprojetos, a consultoria está trabalhando com estimativas desenvolvidas pela simulação computacional preliminar Simple Box, baseada no anteprojeto de arquitetura, que também servirá como material de estudo para a Análise do Ciclo de Vida da edificação, já em desenvolvimento. A economia de energia estimada por meio de simulação termoenergética preliminar é de 40%. A energia solar está no cerne da empresa e por isso será prevista uma usina fotovoltaica na cobertura da edificação, visando também, a obtenção da Certificação GBC Brasil Zero Energy a partir do balanço energético anual zerado um ano após ocupação. Apesar dessa iniciativa contribuir significativamente com a redução do consumo de energia elétrica da edificação, em razão do clima de

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A filial da MAPFRE em Ribeirão Preto atingiu 41% de redução do consumo de energia. Imagem: divulgação ARES.

Eusébio (litorâneo, quente e úmido, com desconforto por calor em 98% das horas no ano, de acordo com o ProjetEEE – 2020), foi necessário adotar estratégias que minimizassem o desconforto. Um projeto de ângulos ótimos de sombreamento por fachada foi adotado por meio de análises paramétricas, resultando em shingles (brises) que proporcionam uma otimização da proteção solar. Esses dispositivos inovadores promovem uma economia estimada de 13% no consumo de ar-condicionado quando associados a um sistema eficiente (> 3.7 EER) para resfriamento. Todas as estratégias de projeto foram corroboradas por estudos técnicos e avaliações de desempenho Simple Box, desenvolvidas no software Energy Plus e baseadas na metodologia descrita pela ASHARE 55–2013–Thermal Environmental Conditions for Human Occupancy, além do software Rhinoceros com auxílio do Grasshopper, para verificação da radiação incidente nas fachadas. Os shingles permitem uma maximização da integração entre luz natural e luz artificial, evitando ainda o ofuscamento na maioria dos espaços. Esses dispositivos protegem o ambiente da incidência solar indesejada no mínimo em 94% das horas ocupadas e garantem uma autonomia de luz natural em cerca de 90% dos espaços regularmente ocupados, de acordo com simulações desenvolvidas no software Rhinoceros e o plugin Climate Studio

Em relação ao uso de água, o Edifício 249 conquistou 41% de economia de água interna devido à especificação de equipamentos economizadores (vasos sanitários dual flush, torneiras com arejadores e chuveiros com restritores de vazão); e 100% da água destinada para irrigação é proveniente de reaproveitamento das águas de chuva. A MAPFRE chegou a 61% de economia de água potável no interior do edifício, pois além de dispositivos economizadores, as águas pluviais tratadas foram

destinadas para descargas sanitárias. Na Sou Energy, estima-se uma economia de água potável bastante significativa, visto que haverá uma estação de tratamento para águas do poço artesiano, uma estação de tratamento de esgoto para as águas negras e pluviais captadas pela cobertura e nos pisos externos. Ambas serão direcionadas para reservatório de reúso para fins de irrigação dos jardins e descargas de vasos sanitários.

Sicredi Evolução em João Pessoa

Fora do eixo dos maiores centros urbanos do país, João Pessoa também já conta com seu primeiro empreendimento com selo LEED. A agência da Cooperativa Sicredi Evolução, instituição financeira cooperativa com mais de 30 anos de atuação na Paraíba, recebeu em 2019 o certificado LEED Gold, também com a consultoria da ARES. A coordenação de projetos e obras ficou a cargo da Modular Containers.

Segundo João Bezerra Júnior, presidente da Sicredi Evolução, a obra foi executada em tempo recorde de seis meses, tendo como essência de sua estrutura a montagem de 22 contêineres em 700 m² de área. “A questão da responsabilidade socioambiental faz parte do nosso DNA cooperativo. Quando imaginamos instalar uma agência da nossa cooperativa de crédito no principal corredor de mobilidade da capital paraibana, vislumbramos a possibilidade de fazer a diferença. Daí surgiu a concepção de presentearmos João Pessoa com uma agência 100% sustentável, exemplo de que é possível moldar o futuro, hoje”, destaca o presidente.

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No projeto para a Sou Energy em Eusébio (CE), a simulação termoenergética preliminar estima economia de energia de 40% em relação ao baseline. Imagem: BCMF Arquitetos Foram empregados 22 contêineres na construção da agência da Cooperativa Sicredi Evolução, em João Pessoa (PB). Imagem: divulgação.

O edifício é primeira agência bancária de grande porte em contêineres da América Latina. Segundo Paula, a utilização do container refeer, que é uma estrutura de aço ou alumínio, com isolamento térmico de poliuretano e acabamento interno em aço inox, é uma solução sustentável de ótimo custo-benefício e que ainda garante o reaproveitamento desses cofres de cargas que geralmente ficam abandonados em portos. Eles são construídos para suportar impactos, vibrações, variações de clima, poeira, maresia e diversos outros fatores. “Além de ser um elemento estrutural resistente, sua constituição proporciona isolamento térmico e redução no consumo de energia elétrica, contribuindo também com o desvio de resíduos dos aterros sanitários por meio do reaproveitamento das partes recortadas”, Paula destaca.

Segundo Bezerra, “a agência gera sua própria energia elétrica, reaproveita a água da chuva, foi construída com baixíssimo desperdício de materiais e agora tem selo internacional de sustentabilidade holística”.

Esse resultado é decorrente de iniciativas que proporcionaram o alto desempenho da edificação e contribuíram para

resultados socioambientais e econômicos bastante positivos. As estratégias adotadas garantiram economia de energia de 85% e pontuação máxima no crédito (18 pontos). Contribuíram para esse resultado o projeto arquitetônico, que aproveita a iluminação natural e usa brises nas fachadas e vidros de controle solar para evitar insolação direta excessiva, uso de iluminação LED e a instalação de placas fotovoltaicas que respondem por 68% da energia consumida. Equipamentos economizadores e o reaproveitamento de água da chuva para utilização em descargas sanitárias gerou redução de 72% no consumo interno de água. Externamente, a economia é de 100% graças ao uso de água de fontes alternativas para irrigação, além de recursos como biovaleta, jardim de chuva, parede verde e teto jardim, que visam à melhoria da gestão de águas pluviais. Tanto os sistemas energéticos como hidráulicos são comissionados.

Concessionária Honda em Americana

Devem ser concluídas até o final de 2022 as obras da nova concessionária Honda na cidade de Americana, SP. Mais que uma loja para revenda de veículos, a construção de 1650 m2 é um símbolo do empoderamento do interior quando o assunto é sustentabilidade. Com 102 pontos previstos, o que garante a certificação LEED Platinum, a edificação se tornará a concessionária mais sustentável do mundo. A consultoria de sustentabilidade é da Petinelli.

“Existem apenas três lojas de veículos nesse nível de certificação, duas nos Estados Unidos e uma na Alemanha, todas com pontuação inferior. Além disso, a Honda de Americana também deve obter as certificações LEED Zero Energy, Zero Água e Zero Emissões de Carbono”,

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afirma Denny Hager, diretor Agência da Cooperativa Sicredi Evolução, em João Pessoa (PB) Imagem: divulgação Sicredi João Bezerra Júnior, presidente da Sicredi Evolução. “É possível moldar o futuro, hoje”. Com 102 pontos previstos, a Concessionária Honda em Americana deve obter a certificação LEED em nível Platinum. Imagem: Creato Arquitectos

A luminotécnica prevê mudanças de cores para a fachada de acordo com o interesse do cliente ou campanhas como Outubro Rosa e Novembro Azul. Imagem: Creato Arquitectos

executivo da Holding Sardelli, que atua no segmento Built to Suit (BTS) e constrói sob medida para o cliente, que depois se torna locatário do empreendimento.

A Sardelli buscava um projeto de sustentabilidade e de arquitetura diferenciados para a Honda e contratou o escritório mexicano Creato Arquitectos para desenvolver a proposta – o escritório tem unidades de negócios em Dubai e no Brasil e assina o Banco Central da Arábia Saudita, o Banco Al Jazeera, projetos para a fabricante de veículos Bugatti e para a família real de Dubai, além de casas para popstars, como as cantoras Shakira e Alicia Keys. “A Honda ficou bastante surpresa porque esperava um prédio comum e entregamos um projeto inovador e com todo esse diferencial de sustentabilidade. Para uma empresa que pretende mudar a matriz energética e passar a oferecer na Europa somente veículos elétricos a partir de 2030, é muito interessante mostrar um prédio de alto nível de sustentabilidade”, afirma Hager.

Para o diretor executivo, a pontuação elevada é resultado direto do trabalho dos profissionais envolvidos. “São 25 projetistas complementares brasileiros trabalhando nesse projeto e cada um deles é o primeiro ou um dos três melhores de seu segmento. Há também uma empresa de gerenciamento e compatibilização de projetos, todos desenvolvidos em 3D com o software Revit e salvos em nuvem, o que garante a atualização imediata dos desenhos e facilita a comunicação”, explica.

O sistema elétrico do edifício será supervisionado por automação, o que vai garantir redução de 15% a 30% do consumo de energia. Além disso, estão previstos equipamentos de altíssimo desempenho, como luminárias ultraled, ar-condicionado inverter de última geração e máquinas acopladas à IOT (sigla em inglês para Internet das Coisas) a fim de garantir seu desligamento quando não estiverem em uso.

A cobertura terá sistema de grande porte para captação, tratamento e armazenamento de água de chuva, que será utilizada em sanitários, torneiras para limpeza externa e lavagem dos veículos. Também foram especificados louças e metais eficientes, com redutores de vazão.

Internamente o ambiente será humanizado pela iluminação dimerizada em acordo com o ritmo circadiano a fim de melhorar a qualidade de vida de seus colaboradores e clientes. Foi contratada uma empresa para controlar a qualidade do ar. No total serão 15 aferições durante o período de obras e uma última avaliação, que vale pontos para a certificação LEED, antes de o inquilino entrar. Na área externa, piso em bloquete drenante resultará em uma área 50% permeável, contra os 8% exigidos pela prefeitura. A luminotécnica mudará as cores da fachada conforme os interesses do cliente ou na época de campanhas como o Outubro Rosa ou o Novembro Azul, que incentivam a prevenção do câncer de mama e de próstata, respectivamente.

O prédio terá uma sala de aula com realidade virtual e aumentada aberta para visitação gratuita e aulas de sustentabilidade para alunos de colégios técnicos, públicos e universidades. Um laboratório vivo, em tempo real, vai permitir que os alunos vejam o funcionamento de sistemas fotovoltaico e eólico e a comunicação da automação IOT.

Segundo Hager, o edifício será replicado em diferentes metaversos, o mundo virtual que tenta reproduzir a realidade por meio de dispositivos digitais. A ideia é que o ambiente virtual se torne um espaço para sublocação e lançamento virtual de produtos ESG, associados à governança ambiental, social e corporativa. “Com isso, será possível locar o espaço para várias empresas simultaneamente e elas poderão usar no meio virtual a mídia gerada pelo prédio físico”, encerra.

Denny Hager é diretor executivo da Holding Sardelli, empresa responsável pelo projeto e pela construção da nova Concessionária Honda em Americana

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NOSSO PRIMEIRO AMBIENTE É O MEIO AMBIENTE

Somos o que dizemos ser, sem medo de mostrar a nossa verdadeira preocupação ambiental!

S-P-02258

NOSSOS CANAIS:
CONHEÇA

Inauguramos a primeira agência sustentável de João Pessoa, primeiro edifício a receber a certificação LEED na capital paraibana, atingindo nível Gold®.

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agência da Sicredi Evolução

LEED e a Saúde

A melhora na saúde e bem-estar, juntamente da mitigação das mudanças climáticas, são críticos para os dias atuais. Estamos em um momento crucial para abraçar a oportunidade de impactar positivamente em ambos os temas. Nós, do Green Building, acreditamos que conseguimos endereçar os assuntos conjuntamente ao mesmo tempo que trabalhamos a eficiência e a resiliência.

O movimento de green building sempre teve a saúde como valor primordial de suas atividades. Incorporadores e a indústria podem promover a saúde, simultaneamente, em diversas classes sociais. Melhora de ambientes para seus ocupantes, segurança e saúde aos trabalhadores da obra, redução da exposição a substâncias tóxicas durante toda a cadeia da construção, melhora na saúde e bem-estar de comunidades e mitigação das mudanças climáticas com benefícios à população global.

É notório e sabido que a certificação LEED contribui para a redução de energia e água, e diminui a geração de resíduos. LEED também contribui para diminuir os custos de operação de uma edificação, melhorar as condições de aluguéis e para a valorização de propriedades. Todavia, por muito tempo os benefícios atrelados à saúde estiveram implícitos em nosso rating system.

Fato é que 60% das estratégias da certificação LEED estão associadas à saúde do ocupante, incluindo a melhora da qualidade interna do ar, promoção de atividades físicas, design para a saúde e conforto, entre outros.

E além das práticas conhecidas nos ratings system do LEED, temos o pouco conhecido Pilot Credits. Trata-se de um compêndio riquíssimo de créditos à disposição das equipes de projetos que lideram os processos

de certificação LEED e que, a qualquer momento, podem requerer o uso destes créditos para os seus empreendimentos e, consequentemente, pontuarem nesse sentido.

Um exemplo de crédito-piloto é o Projeto Integrado para Promoção da Saúde, desenvolvido para ajudar às equipes a identificarem oportunidades para alcançar os resultados esperados em matéria de saúde. Ele inicia com uma análise profunda da interconectividade entre os diversos sistemas da edificação que possam impactar a saúde mental, física ou social do ocupante. Este exercício provoca uma série de direcionamentos para a implementação de ações focadas na melhora da saúde e bem-estar. E dependendo dos objetivos, uma série de créditos do LEED podem ser combinados para o atendimento, como a escolha do terreno, implantação e arquitetura de interiores.

No LEED v4 BD+C rating system:

• 65% dos créditos e prerrequisitos contêm estratégias para proteger e promover a saúde e o bem-estar dos ocupantes;

• 34% podem beneficiar a comunidade do entorno;

• 21% incluem estratégias relevantes de saúde durante toda a cadeia de custódia, além da redução de problemas atrelados a resíduos.

• 58% têm potencial relevante de saúde em escala global.

Qualidade Interna do Ar

As normas a serem seguidas no LEED exigem melhores projetos com foco na qualidade interna do ar, evitando problemas relacionados à “síndrome do edifício doente”, asma, fadiga, irritação e dor de cabeça, bem como absenteísmo e espaços mais

GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 44
LEED PARA SAÚDE PÚBLICA

propícios à transmissão de doenças infecciosas. LEED exige a prevenção de contaminantes na entrada das edificações, filtros de ar eficientes, melhora no sistema de ventilação e o seu monitoramento.

Ventilação é um componente crítico no LEED. A ideia é introduzir o ar fresco nas edificações e evitar geração de poluentes. Também há preocupações na regulagem da velocidade, temperatura e umidade do ar. LEED se vale de metodologias científicas que determinam a quantidade de ar externo que cada espaço necessita, e sempre fazendo o fiel balanço entre ar fresco e eficiência energética.

Conforto Térmico

LEED define conforto térmico pautado na combinação de seis fatores, temperatura de superfície, temperatura do ar, umidade, circulação do ar, metabolismo e vestimenta. Para atingir de forma efetiva a ideia de conforto térmico, os seis fatores devem ser considerados, exigindo colaboração estratégica entre o proprietário, arquiteto e engenheiro. O desconforto térmico pode afetar na realização das tarefas nos escritórios e o desempenho cognitivo. Oferecendo ao ocupante a possibilidade de controlar em 3 graus Celsius a temperatura do

seu espaço, podemos aumentar em 2,7% a 7% a sua produtividade. Em muitas edificações certificadas LEED observamos o controle via termostato ou até mesmo janelas operáveis.

Conforto Luminoso e Visual

Uma combinação de créditos visa evitar que a iluminação artificial desvirtue o ciclo circadiano do ocupante. Também há o estímulo para que os profissionais tenham vista à área externa ou exposição à iluminação natural. Assim, o LEED propõe a simulação de análise do comportamento da iluminação natural na edificação, sua intensidade e qualidade, de acordo com métricas e normativas internacionalmente recomendadas.

Como benefícios, estudos demonstram que um hospital LEED Healthcare, que atenda tais quesitos, ofereça a redução no estresse e depressão do paciente e sua rápida recuperação. Nos escritórios LEED ID+C, maior atenção dos colaboradores, melhor produtividade e satisfação.

No LEED, quando pensamos em conforto visual, trabalhamos o assunto considerando questões estruturais como a orientação do empreendimento,

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projeto, fachada, leiaute do interior, e até mesmo o que a vista externa proporciona ao ocupante (vegetação, céu, parede de tijolo, uma avenida constantemente congestionada).

Materiais

LEED estimula os fornecedores de materiais a informarem os ingredientes dos seus produtos como forma de permitir uma decisão mais consciente dos especificadores a questões atreladas à saúde.

LEED Safety First. Rápida resposta contra a Covid-19.

Como rápida resposta à Covid-19, desenvolvemos uma série de medidas em respeito à saúde pública, seguindo o exemplo dos melhores protocolos das empresas associadas do green building que lidam com facilites e properties. As medidas focam limpeza e desinfecção dos espaços, reocupação dos espaços, manutenção do sistema de ar-condicionado e plano de qualidade da água.

O crédito de limpeza e desinfecção requer uma política que considere as melhores práticas e considerem soluções menos degradantes em termos de recursos naturais, alinhadas à saúde do ambiente interno e segurança dos trabalhadores. Também inclui treinamentos e conscientização da ocupação.

O crédito de reentrada é uma ferramenta que auxilia no planejamento deste processo e mensuração dos resultados. Identificamos requerimentos sustentáveis na operação da edificação e o comportamento dos ocupantes que asseguram maior segurança sanitária. Também requer relatórios contínuos e transparentes encorajando a melhora contínua nas condições de segurança sanitária.

O crédito de recomissionamento dos reservatórios e testes de qualidade da água visam reduzir os riscos de contaminação, uma vez que a edificação permaneceu por muito tempo com a ocupação reduzida ou fechada. Isto inclui os testes de qualidade da água proveniente do fornecimento público, bem como a água em circulação na edificação.

O crédito de gerenciamento da qualidade do ar durante a Covid-19. Garante que o sistema está operando em conformidade com ajustes temporários que se

façam necessários no quesito de ventilação e filtragem de modo a minimizar contaminações de doenças infecciosas. As recomendações se baseiam na ASHRAE, autoridades de saúde pública e relatórios da indústria.

O crédito para projeto de qualidade interna do ar e controle de infecções promove sistemas de ar-condicionado que consideram a prevenção do contágio da Covid-19 e outras doenças transmitidas por via respiratória. Atenção especial é dada à ventilação e à filtragem.

O crédito específico de manutenção do sistema de ar-condicionado durante a Covid-19 visa proteger o bem-estar do ocupante. O crédito reforça a inspeção periódica dos sistemas com base nos guias da ASHRAE.

O crédito de planejamento contra a pandemia auxilia as autoridades públicas locais a se prepararem para o controle e mitigação da doença durante a pandemia. Isto inclui o relatório das condições sociais e demográficas da ocupação, identificando possíveis impactos no sistema de saúde, contágio em transporte público e outros incidentes.

O crédito de equidade social no planejamento contra a pandemia considera a contribuição em políticas de conscientização, comunicação, campanhas educacionais, em que os resultados atingem a comunidade onde o empreendimento está inserido.

O crédito de reentrada via ARC suporta o processo compreensivo e integrado que auxilia a equipe de facilities gerenciar o risco de transmissões de doenças infecciosas. O processo inclui procedimentos e políticas de controle, documentação alinhada com autoridades de saúde pública, feedback dos ocupantes e medições da qualidade do ar.

GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 46

Bairros planejados no sul do Brasil conquistam a certificação LEED for Communities Platinum

Os empreendimentos Vivapark Porto Belo, em Santa Catarina, e Camino, no Rio Grande do Sul, conquistaram o selo LEED for Communities: Plan&Design. Eles são os primeiros bairros planejados do mundo a atingir o nível Platinum na certificação internacional destinada a projetos de planejamento urbano comprometidos com sustentabilidade, equidade social, qualidade de vida e bem-estar nas comunidades

A certificação LEED for Communities é um benchmark de desempenho em relação a normativas nacionais e internacionais que fazem interface com projetos de planejamento urbano comprometidos com sustentabilidade, resiliência e equidade social e que desenvolvem a cultura das decisões pautadas em dados, transparência e liderança. A certificação também contribui na identificação de soluções que melhoram a qualidade de vida e bem-estar nas comunidades, em acordo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas.

A conquista do selo se dá pelo atendimento a quesitos que abrangem aspectos como proteção e restauração do ecossistema a fim de beneficiar o meio ambiente e a qualidade de vida das pessoas; intervenções que possam evitar ou dar às comunidades maior capacidade de enfrentamento a catástrofes como enchentes, secas ou queimadas; adoção de medidas que propiciem um desenvolvimento urbano integrado com transporte eficiente e melhor conectividade, edificações de uso misto e oferta de serviços diversos; adoção de estratégias para garantir qualidade da água, redução de perdas, captação, tratamento e reúso de água

da chuva, além de gerenciamento de enchentes; segurança elétrica, eficiência energética, geração de energia renovável e qualidade da iluminação pública visando segurança e conforto; desenvolvimento de logística e ambiente que propiciem a economia circular, abrangendo inclusive redução, reúso e reciclagem de resíduos urbanos e de construção; ou ainda a adoção de métricas para avaliar a qualidade de vida; presença de produtos imobiliários para diferentes classes sociais ou estrutura pública aberta; e incentivos para que os empreendimentos melhorem as condições de equidade social, saúde pública, educação, prosperidade e engajamento comunitário.

Em 2019, o Cidade dos Lagos, na cidade paranaense de Guarapuava, foi o primeiro bairro brasileiro a obter o selo LEED for Communities. O empreendimento atingiu o nível Gold devido à alta pontuação obtida com o atendimento dos quesitos previstos pela certificação.

Cidade dos Lagos, em Guarapuava, PR, é o primeiro bairro certificado do país. O empreendimento recebeu em 2019 o selo LEED for Communities em nível Gold. Imagens: divulgação Cidade dos Lagos.

GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 48 LEED FOR COMMUNITIES

O Cidade dos Lagos começou a ser implantado em 2010 e de lá para cá vem ajudando a impulsionar o desenvolvimento de Guarapuava, que tem cerca de 200 mil habitantes. O bairro ocupa três milhões de metros quadrados e conta com shopping center, estabelecimentos de saúde e ensino, centros de tecnologia e eventos, além de diversos empreendimentos residenciais. Entre seus maiores atributos estão 43,5 hectares de áreas de preservação permanentes, um projeto bem estruturado e capaz de atrair investidores, iluminação pública direcionada para não atrapalhar a fauna noturna nem extrapolar os limites do bairro e tubulações de águas pluviais superdimensionadas e lagos de contenção para a prevenção de enchentes de colapso quando o empreendimento tiver todas suas vias asfaltadas.

Vivapark Porto Belo: o primeiro Bairro Parque do Brasil

Vivapark Porto Belo está localizado na Costa Esmeralda, no município de Porto Belo, em Santa Catarina. Seu projeto urbanístico foi desenvolvido por Jaime Lerner (1937-2021), um dos mais importantes arquitetos e urbanistas do país, sob encomenda da Vokkan, empresa que desenvolve ecossistemas sustentáveis e inteligentes por meio de negócios imobiliários. O masterplan elaborado por Lerner e equipe atende cinco premissas e prevê integração e inserção urbana por meio de conectividades, acessos e mobilidade, priorização do transporte coletivo integrado e mobilidade ativa;

Perspectiva do Vivapark, localizado em Porto Belo, SC. O empreendimento é o primeiro do país a conquistar a certificação LEED for Communities: Plan&Design em nível Platinum.

sustentabilidade e densidade, tomando o meio ambiente como referência e aproximando todas as atividades dos costumes locais; diversidade de usos, atividades, rendas e tipologias arquitetônicas; identidade pautada na memória, geografia, cultura local e na construção de novos cenários e pontos de referência; marcos urbanísticos e acupunturas urbanas, dando preferência ao espaço público e aos cenários de encontro.

Primeiro bairro parque do Brasil, o empreendimento une espaços de moradia, trabalho, educação, lazer e cultura, além de uma área verde de mais de 138 mil m2. Ele também é o primeiro do mundo a conquistar o selo LEED for Communities: Plan&Design em nível Platinum, o mais alto da certificação, conferido no início de 2022. A conquista consolida o projeto como um case de sucesso. “Ao nosso lado estão projetos como Milano Porta Nuova, bairro onde está localizado o famoso edifício Bosco Verticale na Itália, ou o distrito aeroportuário de Atlanta, nos Estados Unidos”, afirma Roderjan Volaco, presidente da Vokkan.

Para obter a certificação, foram analisados 36 quesitos. Na avaliação, o empreendimento somou 87 pontos dentre os 110 possíveis. “Além de conquistar o nível mais elevado de certificação, o Vivapark Porto Belo chegou no mais alto escore já registrado no mundo até hoje nessa tipologia”, destaca Eduardo Mattos, sócio da Forte Soluções, consultoria responsável pelo processo de certificação.

Perspectiva do Edifício Vista Jardins, já em obras no Vivapark. O escalonamento do edifício cria mais unidades com varandas ajardinadas e áreas de lazer. Imagens: divulgação Vivapark.

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O bairro se destacou em vários dos quesitos da certificação. Atingiu a pontuação máxima em Qualidade de Vida e Inovação; recebeu quatro dos cinco pontos possíveis em Processos Integrados; 11 de 13 em Sistemas Naturais; e 16 de 18 em Transporte e Uso da Terra. Além disso, obteve nota máxima nos subquesitos Transporte Misto e Walkability (facilidades para pedestres) e obteve ainda pontuações elevadas nos quesitos Eficiência Hídrica, Energia Limpa, Recursos Materiais e Prioridade Regional. “Um projeto dessa magnitude, totalmente pautado em sustentabilidade e qualidade de vida é, sem dúvida, o futuro do mercado imobiliário”, completa o executivo da Vokkan.

Inicialmente com 450 mil m² de área, o empreendimento foi lançado no final de 2020 e todos os lotes disponibilizados ao mercado foram imediatamente vendidos. Em junho de 2022, a Vokkan anunciou a expansão do projeto, que ganhou mais 305 mil m² e lotes exclusivos para residências unifamiliares com metragens entre 360 e 716 m2. As obras urbanísticas estão na reta final e devem ser concluídas em 2023.

Perspectiva do Camino, primeiro bairro sustentável de Porto Alegre. O empreendimento conquistou o selo LEED for Communities: Plan&Design em nível Platinum.

Em acordo com a proposta sustentável do bairro, a Vokkan vem incentivando a certificação de sustentabilidade para todos os empreendimentos do Vivapark Porto Belo. O primeiro edifício residencial do bairro, o Vista Jardins já está em construção. Outro projeto em vias de ter suas obras iniciadas é Edifício Vértice, de uso misto. Ambos estão em processo de certificação GBC Condomínio. Entre as futuras casas do bairro, já existe a confirmação de que várias terão o selo GBC Casa. “São três construtoras que contêm cerca de 100 projetos residenciais para implantação em diferentes fases e que devem seguir com a certificação”, antecipa Mattos. Também está previsto que os edifícios comerciais tenham o selo LEED.

O ineditismo do empreendimento, tanto pela escala como pelo conceito de sustentabilidade e qualidade de vida, está atraindo a atenção de grandes players do mercado. As primeiras parcerias do Vivapark foram firmadas com a Furukawa, precursora na área de redes de fibra óptica no mundo, e com a Dahua Technology, especialista em soluções de segurança e AIoT (sigla de Artificial Intelligence of Things, a combinação de tecnologias de inteligência artificial com a infraestrutura da Internet das Coisas). Ambas são líderes mundiais nos segmentos em que atuam.

Outros parceiros devem ser anunciados em breve. Atualmente a Vokkan está em negociação com grandes empresas dos setores de telecomunicação e energia elétrica.

Bairro Camino, inspirado no Novo Urbanismo

A Certificação LEED for Communities está alinhada com o Novo Urbanismo, movimento de design urbano originário dos anos de 1980, que atribui a cidades, bairros e espaços públicos bem projetados papel fundamental na criação de comunidades prósperas, capazes de proporcionar melhoria na saúde dos habitantes e de colaborar para o crescimento tanto das empresas como da economia locais. Essas premissas do Novo Urbanismo inspiraram o Camino, primeiro bairro sustentável de Porto Alegre, o terceiro do Brasil a receber o selo LEED for Communities: Plan&Design e o segundo a alcançar o nível Platinum da certificação internacional. O empreendimento é da Phorbis Empreendimentos Imobiliários e o masterplan foi desenvolvido pelo escritório José de Barros Lima Arquitetura, de Porto Alegre, com a contribuição de um escritório norte-americano.

Com 474 mil m² de área, o novo bairro está localizado nas proximidades do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre. O lançamento imobiliário está marcado para o segundo semestre de 2022.

GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 50

“Poderíamos já ter feito o lançamento oficial, mas preferimos esperar pela certificação e pelo final da pandemia”, explica Mathias Rodrigues, gestor da Phorbis. Inicialmente a área estava sendo desenvolvida para uso comercial e já tinha boa parte da infraestrutura concluída, incluindo as redes viária, de luz, água e esgoto. Devido a mudanças na própria cidade, a empresa solicitou a alteração de uso da área e agora só falta executar as adaptações do uso comercial para o misto. “Já havíamos implantado até uma praça, mas agora estamos aguardando autorização da prefeitura para a realização de mudanças no projeto”, detalha Rodrigues.

A previsão é que sejam erguidos no bairro mais de 50 edifícios residenciais, o que representa 2350 apartamentos e 815 mil m2 de área total construída. O Camino também terá hotéis, escritórios, varejo, restaurantes, mercado e escola. A estimativa é que 40 mil pessoas, entre moradores e trabalhadores, orbitem diariamente pelo bairro quando ele estiver pronto.

O Camino terá política de construção sustentável que impõe padrões de desempenho e qualidade para os empreendimentos aos quais todas as incorporadoras e construtoras deverão se alinhar. Além do próprio bairro certificado, todos os edifícios comerciais terão selo LEED. “Esse é um compromisso que firmamos com o GBC, mas ainda não está decidido se os residenciais terão a certificação GBC Condomínio”, explica Rodrigues. “Sozinho, o Camino vai dobrar o número de prédios LEED na cidade e tornar o estado e a região Sul ainda mais relevantes em termos de sustentabilidade”, comenta Guido Petinelli, CEO da Petinelli, empresa responsável pela consultoria em eficiência, conforto e sustentabilidade do projeto.

De acordo com Rodrigues, o objetivo da Phorbis é deixar um legado não apenas para o Rio Grande do Sul, mas também para o país. “Estamos na vanguarda do movimento de construções verdes no Brasil e queremos ser catalisadores dessa busca de certificação e cuidados ao meio-ambiente”. Na visão do executivo, hoje não é mais possível falar em projetos imobiliários sem falar em sustentabilidade. “Além dos processos de licenciamento ambiental, existe uma cobrança da comunidade. Dentro desse processo, é inimaginável construir sem ser de forma responsável, eficiente e sustentável”, completa Rodrigues.

Mais de um terço da área, o equivalente a 180 mil m², será destinado a parques e espaços abertos para atividades físicas e lazer, o que representa 16,9 m2 de

área verde por habitante. “As pessoas sempre estarão a no máximo 300 metros de uma área verde, em contato permanente com a natureza”, afirma Petinelli. Um dos destaques do bairro será o grande lago de 30 mil m2 que garantirá habitat para a fauna e a flora locais e também servirá como infraestrutura para contenção de cheias, evitando enchentes na região.

Devido à proximidade com o aeroporto, o bairro já nasce servido por linhas de transporte coletivo que viabilizam o acesso a outras áreas da cidade e também aos municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre. O projeto estabelece ciclovias protegidas dos dois lados das ruas, calçadas largas e arborizadas e fachadas ativas, combinação que oferece conforto e segurança aos pedestres, garantindo características ideais de caminhabilidade e incentivo ao uso de bicicletas.

O sistema de iluminação pública terá cabeamento subterrâneo e foi projetado para assegurar os mais altos padrões internacionais de qualidade e eficiência. A iluminação pública em sistema LED adota luz quente, em vez do típico tom azulado, o que contribui para o conforto, saúde e bem-estar das pessoas, mantendo seu relógio biológico regulado. O sistema foi dimensionado utilizando ferramentas de simulação computacional e os níveis de iluminância adotados correspondem às características específicas de cada rua, assegurando distribuição luminosa uniforme para a segurança dos pedestres.

O projeto do Camino estabelece ciclovias e calçadas largas e arborizadas para dar conforto e segurança aos pedestres e incentivar o uso de bicicletas. Imagens: divulgação Camino.

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Residenciais de São Paulo e Paraná conquistam selo GBC Condomínio

Três empreendimentos residenciais entraram para o grupo dos que se diferenciam pelo selo GBC Condomínio. O edifício Myrá, localizado em Barueri, SP, foi o primeiro dessa tipologia a receber a certificação no sudeste do Brasil. Também concluíram o processo os edifícios ROC Batel e Arbo Cabral, ambos localizados em Curitiba, cidade que lidera o ranking de residenciais sustentáveis no país

Os ambientes construídos têm um enorme impacto no meio ambiente, economia, saúde e bem-estar dos usuários. Avanços na ciência da construção, tecnologia, serviços e sistemas estão cada vez mais disponíveis para os projetistas, construtores e proprietários que querem construir verde e maximizar o desempenho econômico e ambiental. Consumidores mais bem informados hoje demandam produtos imobiliários diferenciados, com atributos capazes de contemplar cada um desses aspectos.

Independentemente do padrão do empreendimento, a Certificação GBC Condomínio é uma aliada dos empreendedores do segmento residencial que mantêm um olho no presente e outro no futuro do mercado. Ela foi desenvolvida pelo Green Building Council Brasil, com a intenção de fornecer ferramentas necessárias para projetar, construir e operar condomínios residenciais em acordo com práticas sustentáveis nas categorias Implantação; Uso Eficiente da Água; Energia e Atmosfera; Materiais e Recursos; Qualidade Ambiental Interna; Inovação e Projeto; e Créditos Regionais. A certificação tem por finalidade fomentar o setor industrial em prol da sustentabilidade e da transformação do ambiente construído, por meio

da educação e da disseminação das práticas necessárias para a construção sustentável. Para obter a certificação é necessário atender aos pré-requisitos obrigatórios e obter uma pontuação mínima em cada uma dessas categorias. O nível de certificação (Verde, Silver, Gold e Platinum) depende do número de pontos obtidos dentro do total possível.

Seus benefícios incluem conservação de água e energia; custos operacionais mais baixos e aumento do valor patrimonial; redução do volume de resíduos destinados a aterros sanitários; ambientes mais saudáveis e produtivos para ocupantes, resultando em um aumento da qualidade de vida, saúde e bemestar; redução das emissões de gases de efeito estufa; e a qualificação para descontos fiscais, subsídios de zoneamento e outros incentivos financeiros por parte do poder público.

GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 54
CASES DE CERTIFICAÇÃO GBC
Felipe Faria, CEO do GBC Brasil, com as arquitetas da MPD Engenharia Ligia Pires, especialista em BIM, e Ana Beatriz Cochar, profissional LEED Green Associate, por ocasião da certificação do Edifício Myrá. Imagem: divulgação MPD Engenharia.

Atenta a essa nova realidade do mercado, a construtora e Incorporadora MPD Engenharia, sediada no condomínio Alphaville, em Barueri, SP, acaba de ter seu primeiro edifício certificado com o selo GBC Condomínio. O Myrá Alphaville é também o primeiro empreendimento residencial do sudeste do país a obter essa certificação – a torre de 26 pavimentos, três subsolos e 50 unidades com áreas de 313 m2 e 410 m2 foi certificada no nível Verde em janeiro de 2022. O edifício de alto padrão soma 31,2 mil m2 de área construída e apresenta projeto arquitetônico do escritório LE Arquitetos, interiores de Quitete & Faria e paisagismo assinado por Benedito Abbud. A consultoria de sustentabilidade foi do CTE.

Entre os diferenciais do Myrá Alphaville destacam-se os apartamentos menores com varandas double view, constituídas por dois terraços com vistas opostas que garantem ângulo de visão de 360º para toda a região. Ele conta também com diversos recursos nas áreas comuns para garantir conforto, lazer e qualidade de vida a seus moradores, entre eles, piscinas cobertas e climatizadas para adultos e crianças, sauna, sala de massagem e estúdio de pilates, além de um bosque.

De acordo com Priscila Sotto, gerente de projetos executivos na MPD Engenharia, a empresa traz em seu DNA a preocupação em reduzir o impacto de seu negócio sobre o meio ambiente, por meio de práticas de gestão ambiental e responsabilidade social, e tem a convicção de que a sustentabilidade é um ponto fundamental para o crescimento perene, responsável e seguro de qualquer projeto. “O Myrá é um projeto muito importante para MPD, que busca com esse empreendimento entregar uma obra verde

de alta qualidade e inovação, sempre utilizando as melhores técnicas e soluções disponíveis. A motivação principal é oferecer um produto completo em todos os sentidos, um lugar onde as pessoas se sintam confortáveis e tenham consciência da construção responsável em todos os processos. Receber o certificado GBC Condomínio mostra que estamos no caminho certo”, afirma a arquiteta Priscila.

A exemplo de outros empreendimentos da MPD, a adoção das medidas de sustentabilidade no Myrá Alphaville geraram importante impacto econômico e ambiental. O consumo de energia é 20,67% inferior ao do baseline, mais de 91% dos resíduos gerados foram desviados de aterros sanitários e 50% de toda madeira instalada tem o selo FSC (Forest Stewardship Council). Outras práticas utilizadas no edifício abrangem reservatórios de reúso de água da chuva, destinada a irrigação e lavagem de pisos, iluminação 100% LED e equipamentos mais eficientes de ar-condicionado instalados nas áreas comuns, além da adoção de vasos sanitários dual flush e projeto de paisagismo adaptado ao clima local, o que o tona mais econômico em relação à demanda de água. É possível também identificar resultados de conforto, bem-estar e saúde a partir de uma arquitetura que valoriza a utilização de recursos naturais como ventilação e iluminação naturais. Em seus canteiros de obras a empresa procura realizar a gestão e descarte responsável de resíduos sólidos, assim como o uso de materiais e fornecedores que respeitem o meio ambiente.

ROC Batel

Localizado em Curitiba, o ROC Batel conquistou a certificação GBC Condomínio no nível Ouro. A Petinelli prestou a consultoria de sustentabilidade.

Localizado no Batel, bairro nobre de Curitiba, o edifício ROC Batel recebeu a certificação GBC Condomínio em setembro de 2021 no nível Ouro. O empreendimento nasceu com a missão de transformar a relação das

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Edifício Myrá O edifício Myrá Alphaville, de Barueri, SP, recebeu a certificação GBC Condomínio no nível Verde. A consultoria de sustentabilidade foi do CTE. Imagem: divulgação MPD Engenharia. Imagem: Daniel Castellano

pessoas com o lugar em que vivem. Com 8,1 mil m2 de área construída, ele é formado por 32 residências de altíssimo padrão nos conceitos open concept e penthouses e tem áreas privativas variando de 105 m2 a 312 m2 e pés-direitos de no mínimo três metros. O conceito Open Plan permite aos moradores decidir como ocupar os espaços com base em suas necessidades e estilo de vida. Um de seus grandes diferenciais é a ausência de muros e grades delimitando seu perímetro, mas sem comprometer a segurança. Além disso, ele oferece aspiração central, esquadrias de alta performance, paredes duplas e lajes com manta acústica entre as unidades, portas de entrada maciças e com lâmina retrátil inferior para vedação acústica e piso aquecido com termostato digital e controle individual em todos os banheiros das suítes.

O projeto foi desenvolvido com base em simulação energética, o que possibilitou o correto dimensionamento dos vidros e esquadrias para cada apartamento. “A Laguna busca investir em tecnologias que assegurem a redução de ruídos no interior das unidades e a máxima eficiência energética. Por isso, o ROC traz um projeto termoacústico personalizado para cada uma das unidades. Além de reduzir ruídos internos, o planejamento individual permite que o ambiente permaneça com uma temperatura agradável em todas as estações do ano. Isso proporciona a economia de energia devido à redução no uso de ar condicionado e aquecedores”, explica André Marin, diretor de incorporação da Laguna.

Segundo Marin, a empresa é pioneira ao adotar práticas de sustentabilidade em seus empreendimentos visando promover a transformação do setor da construção por meio de estratégias relacionadas a mudanças climáticas, saúde e bem-estar, benefícios econômicos, recursos hídricos biodiversidade, educação e comunicação. Inicialmente, a preocupação da Laguna era oferecer mais conforto e bemestar aos clientes e atender suas expectativas no que se refere a conforto térmico e acústico.

“Começamos a projetar os empreendimentos para garantir essas qualidades e depois percebemos que essas ambições estavam muito próximas da certificação e que seria importante ter um órgão como o GBC validando o resultado”, afirma.

O ROC Batel é mais um dos edifícios da Laguna a receber o selo GBC Condomínio e o aprendizado ao longo do processo está facilitando a certificação dos demais projetos em andamento da empresa (Almáa, Mai Terraces, Bioos, Pinah, Vaz e Ampio).

O empreendimento Almáa já traz uma evolução em relação ao ROC Batel, que é a geração de energia fotovoltaica. Todas as unidades têm uma vaga para carro elétrico e o excedente atende 30% da demanda de energia da área comum. “A cultura da empresa é voltada para sustentabilidade, bem-estar e conforto e nossa equipe está preparada para lidar com essas questões”, destaca Marin.

Com consultoria de sustentabilidade da Petinelli, o ROC Batel leva as assinaturas de Baggio & Schiavon (arquitetura), Fernanda Marques (interiores), Felipe Reichmann (paisagismo), Regina Bruni (luminotécnica).

Arbo Cabral

Projetado para ser um marco arquitetônico no bairro Cabral, em Curitiba, o edifício Arbo Cabral recebeu a Certificação GBC Condomínio em março de 2021 no nível Ouro. A torre de alto padrão da MDGP Incorporações tem 24 pavimentos e uma unidade por andar com áreas privativas de 240 m2 e 379 m2, totalizando 8,7 mil m2 construídos.

O projeto é assinado por Smolka Arquitetura, que buscou um design autêntico a partir de grandes varandas alternadas em disposição triangular. Os interiores são de Fernanda Cassou e paisagismo é

GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 56
O empreendimento Arbo Cabral auferiu a Certificação GBC Condomínio no nível Ouro com a consultoria de sustentabilidade da Forte Soluções Ambientais André Marin, diretor de incorporação da Laguna, empresa responsável pelo ROC Batel

assinado pelo escritório Burle Marx. A consultoria de sustentabilidade ficou por conta da Forte Soluções Ambientais.

A edificação tem diversos atributos que devem garantir mais conforto, saúde e bem-estar aos moradores ao mesmo tempo em que proporcionam a redução dos custos operacionais ao longo de toda sua vida útil. Entre eles, destaque para a fachada principal, voltada para o norte e fechada por caixilhos piso-teto que privilegiam a iluminação natural. O empreendimento também utiliza vidros Low-E, capazes de controlar a transferência de temperatura entre interior e exterior, aumentando o isolamento térmico sem prejudicar a passagem de luz. As esquadrias do tipo structural glazing ainda oferecem melhor vedação e isolamento acústico, o que também contribui para o conforto e para a redução do uso do ar-condicionado e para o menor consumo de energia. A especificação desses componentes foi baseada em um estudo termoacústico por meio de simulações computacionais. O controle da iluminação nas áreas comuns é automatizado.

Outro diferencial é o piso aquecido nos banheiros, recurso ideal para aumentar o conforto dos moradores em cidades onde predomina um clima mais frio. Paredes internas em drywall com tratamento para isolar ruídos e mantas acústicas nos pisos das áreas íntimas e sociais das unidades contribuem para o conforto dos moradores. O edifício ainda oferece uma vaga por apartamento com infraestrutura para recarga de carro elétrico, além de todas as condições necessárias para a instalação de sistemas de automação e de aspiração central nas unidades.

Com o objetivo de reduzir o consumo de água potável, foram adotadas medidas como a medição setorizada e captação e filtragem da água da chuva, que é utilizada na limpeza dos pisos do condomínio e também no sistema de irrigação que atende tanto as áreas comuns como as varandas dos apartamentos. Um hidrômetro controla a utilização da água de reúso a fim de evitar desperdícios.

A especificação de materiais priorizou aqueles com selo ambiental ISO 14024 ou Declaração Ambiental de Produto, além de itens recicláveis. Todas as madeiras permanentes que foram empregadas apresentam selo FSC. O custo de produtos regionais correspondeu a 27% do total. A gestão eficiente dos resíduos começou ainda no canteiro de obras, com o reaproveitamento ou reciclagem de 99% dos materiais descartados na obra. O restante foi encaminhado para descarte em locais licenciados.

Potencial para redução do consumo de água

Uma das categorias da certificação GBC Condomínio foca o uso eficiente da água a partir de medidas para a redução do consumo que podem ser implementadas em empreendimentos de todos os padrões. “São

12 pontos possíveis nesta categoria e à medida que a economia aumenta a pontuação sobe também”, explica a arquiteta Maíra Macedo, gerente de projetos e certificações do GBC Brasil.

O prerrequisito obrigatório é o uso de metais mais eficientes, com vazão reduzida em comparação com itens convencionais. O mercado oferece modelos que restringem o fluxo sem comprometer o conforto do usuário. Outras medidas previstas e que contribuem para o aumento da pontuação são a medição individualizada por unidade, uso de fontes alternativas não potáveis, como água de chuva e água cinza, em bacias sanitárias, irrigação e lavagem de pisos.

“A adoção de um sistema eficiente de irrigação, de menor consumo em comparação com outras versões, também está previsto na categoria”, detalha Maíra.

A certificação abrange ainda a realização de um plano de segurança da água, que visa minimizar riscos à saúde decorrentes da qualidade da água que chega ao ponto de consumo. O plano prevê

a avaliação de risco para qualificação do sistema hidráulico e a definição dos responsáveis pelo plano de gerenciamento e pela verificação dos agentes químicos e biológicos existentes no sistema. Segundo Maíra, entre os objetivos está a avaliação de risco do sistema hidráulico para a presença da Legionella pneumophila, bactéria causadora da Doença dos Legionários, ou legionelose, uma pneumonia atípica que pode ser fatal. Essa bactéria vive e se prolifera facilmente em qualquer lugar onde exista água, tais como poços, reservatórios, tubulações, chuveiros, torres de refrigeração de ar- condicionado e até mesmo em piscinas. A norma ABNT NBR 16824:2020 especifica os métodos para gerenciamento de risco e práticas preventivas.

O uso racional da água deve considerar aspectos que vão além dos critérios previstos pela certificação, entende o engenheiro civil e mestre em edificação Osvaldo de Oliveira, especialista no uso eficiente da água e consultor institucional Tigre-ADS. “A certificação é muito positiva porque mobiliza o setor produtivo, que passa a buscar novas formas de contribuir para a reduzir o consumo de água, mas podemos ir além”. Ele explica que adotar um sistema de coleta da água da chuva não significa necessariamente economia. “Isso ajuda a aliviar o sistema público de fornecimento e deixa a água tratada para outros usos. No entanto, a fonte alternativa dá a perspectiva de abundância e acaba aumentando o consumo e levando ao desperdício de um recurso valioso. Por isso é necessário pensar também na conservação e no acesso à água a partir da gestão da demanda e da oferta”, afirma.

Oliveira afirma que para falar em conservação é necessário gerir a demanda e a oferta para reduzir

o volume de consumo e promover o uso mais eficiente. “Podemos dizer que a água é o elemento mais reciclável do mundo. O tratamento elimina as impurezas e até a torna potável novamente, mas a um custo altíssimo. Além disso, a disponibilidade hídrica de uma região vai se tornando menor quando a água recebe contaminantes e o esgoto maltratado ou o lixo chegam aos rios. Essas questões também devem ser vistas no projeto quando se define o uso de água de fonte alternativa”, detalha.

Para o especialista, o projeto deve partir de uma avaliação da edificação em função da demanda e considerar todas as formas de redução de consumo. “Somente depois de ser eficiente e reduzir o mau uso e o desperdício é que se avalia se o custo do uso de fontes alternativas compensa e qual potencial de risco de contaminação dessa água. Uma bacia sanitária, por exemplo, pode ser de um modelo econômico e proporcionar boa economia sem a necessidade de fontes alternativas. É uma questão de engenharia, precisa fazer as contas caso a caso”, afirma Oliveira.

O engenheiro destaca ainda outras estratégias que ajudam a reduzir o mau uso e o desperdício, como a medição e do monitoramento do consumo, que deve abranger também os sistemas de fonte alternativa para saber qual parcela do consumo total eles representam. “A tecnologia traz informação sobre o consumo e permite saber o que acontece durante a operação do edifício, gerando ações de gestão”. A manutenção e operação adequadas dos sistemas também são fundamentais. No que se refere a projeto, Oliveira destaca a importância de o extravasor do reservatório estar interligado a uma tubulação aberta para evitar desperdícios. “Se a torneira de boia da caixa d’água falhar e a água sair por uma tubulação fechada, o problema pode demorar a ser notado. Se essa água cair em um pátio, logo as pessoas saberão que tem algo errado no reservatório”, alerta.

Outro fator que ajuda a reduzir o consumo é a conscientização dos usuários visando mudanças de hábitos, como lavar louça ou escovar os dentes com a torneira fechada e reduzir o tempo do banho. “É a estratégia mais eficiente, mas também a mais difícil”, afirma Oliveira. Como exemplo, ele cita escolas que não têm louças e metais economizadores, mas fizeram campanhas de conscientização com alunos e funcionários e conseguiram redução em torno de 60% no consumo de água. “Essa estratégia traz resultados fantásticos”, garante.

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Segundo Oliveira, o cenário atual oferece muitas tecnologias de redução de consumo, fontes alternativas, sistemas de tratamento e pessoal qualificado.

“O que temos hoje já é um grande avanço, um estado da arte. Existe também uma renovação diária das tecnologias e os serviços também estão avançado, lançando um novo olhar sobre a operação e manutenção do sistema.

CONFORTO, SAÚDE E BEM-ESTAR NO

GBC CONDOMÍNIO

No entanto, não adianta ter a torneira mais avançada do mundo, acionada pelo pensamento, porque o consumo será maior se o usuário não pensar a água corretamente”, afirma. Para Oliveira, o sonho é alcançar um nível de tecnologia, serviços, processos e sensibilização de usuários que permita chegar ao ZeroWater, um edifício independente do fornecimento da concessionária, com tratamento e recirculação da água, sistemas eficientes, com gestão de demanda e de oferta e que consuma só o mínimo para repor. “A referência é a Estação Espacial internacional, que não tem de onde tirar água e precisa reciclá-la para novos usos”, finaliza Oliveira.

formaldeídeos, bem como seja feito o controle de partículas contaminantes, a fim de proteger dutos e aberturas de circulação de ar. Maíra acrescenta que limpeza pós-obra, incluindo a aspiração de todos os ambientes, armários e caixilhos, e uso de capachos com pelo menos três metros na passada principal no acesso ao hall do edifício também são itens obrigatórios.

A categoria Qualidade Ambiental Interna da certificação GBC Condomínio prevê medidas que contribuem para a saúde e o conforto, gerando o bem-estar dos futuros moradores da edificação. Entre elas, está a medição e o controle de emissão de gases de combustão. “Isso se aplica aos locais onde pode haver a concentração de monóxido e dióxido de carbono, como garagens ou áreas de lareiras e churrasqueiras”, explica Maíra Macedo, gerente de projetos e certificações do GBC Brasil. No caso de a concentração desses gases comprometer a qualidade do ar, deve soar um alarme chamando imediatamente a atenção para o problema.

A certificação também prevê a vedação de garagens como forma de proteção contra os poluentes, de modo que eles não cheguem ao ambiente interno do condomínio. Nessa mesma categoria, a certificação exige que durante as obras sejam utilizados madeiras, compensados e produtos de fibra agrícola com de baixa emissão de Compostos Orgânicos Voláteis e

O atendimento aos quesitos mínimos de desempenho termoacústico e lumínico da ABNT NBR 15575 constitui um prerrequisito para a certificação GBC Condomínio. No caso de o empreendimento atender ao nível intermediário ou superior, ele será bonificado pela pontuação”, detalha Maíra. O controle de umidade também está relacionado à qualidade interna do ar e é contemplado pela certificação – a impermeabilização de áreas molhadas deve seguir ao estabelecido nas ABNT NBR 9574 e ABNT NBR 9575 e vale um ponto no processo.

A categoria Conforto, saúde e bem-estar pede ainda a realização de um plano de biofilia, considerando aspectos como integração de obras de arte nas áreas de convívio e de permanência do empreendimento; elaboração de um guia de saúde e bem-estar para familiarização dos usuários com os benefícios de elementos incorporados ao projeto, descrevendo as estratégias que visam o conforto dos usuários; uso de janelas operáveis para a ventilação natural, o que é capaz de manter a concentração de CO2 abaixo de 800 ppm; protocolo de limpeza com base na ISO 14024, indicando os produtos apropriados e a frequência de limpeza das superfícies mais tocadas; e a criação de um espaço dedicado a atividades físicas a fim de incentivar a prática de exercícios. A área deve ser equipada e oferecer armários para uso dos moradores.

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CALCULADORA DE CONSUMO ENERGÉTICO E EMISSÕES DE CARBONO

Foi lançada no final de 2020 a CECarbon, uma calculadora de consumo energético e emissões de carbono de edificações para uso durante as obras. A ferramenta foi criada pelo Sinduscon-SP em parceria com a Agência de Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ) e com a Secretaria Nacional de Habitação do Ministério do Desenvolvimento Regional. A metodologia para o desenvolvimento da calculadora foi baseada no GHG Protocol, um padrão de quantificação de emissões, e na norma europeia CEN TC350.

Segundo Lilian Sarrouf, coordenadora técnica do Comitê de Meio Ambiente do SindusCon-SP (Comasp), o objetivo da nova ferramenta é a realização do inventário do consumo de energia e emissões de gases do efeito estufa embutidos na fabricação de materiais, no transporte e na execução da obra. “A ferramenta é gratuita, fácil de usar e abrange várias tipologias de edificações, como residências unifamiliares, habitações de interesse social e edifícios residenciais e comerciais”, exemplifica. A CECarbon auxilia a fazer as melhores

escolhas de materiais, processos e até de soluções arquitetônicas na fase de projeto. Durante as obras, ajuda a fazer o gerenciamento das emissões.

“Está havendo um movimento de inventário de emissões e o mercado financeiro internacional está pressionando para que os agentes financiadores passem a exigir um relatório de emissões para conceder financiamentos a obras. Atento a isso, o SindusCon-SP buscou o desenvolvimento da calculadora”, explica Lilian

A CECarbon também deverá ser utilizada no novo crédito Inventário e Neutralização de Gases do Efeito Estufa da certificação GBC Condomínio, que está sendo elaborado com a finalidade de incentivar avalições sobre o ciclo de vida da edificação e reduzir a emissão de gases do efeito estufa.

O acesso à ferramenta e a seu guia de uso está disponível em www.cecarbon.com.br. Para quem quiser se aprofundar na aplicação da calculadora, o SindusConSP oferece um curso de qualificação com 53 horas de duração e direito a certificado.

GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 60

Qualidade no atendimento, agilidade no suporte e excelência em cada projeto.

Desde 1974, atendendo aos mercados industrial, comercial e residencial, conquistando uma posição de destaque ao oferecer as mais eficientes soluções em climatização, automação, hidráulica e elétrica em diversos segmentos.

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GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022

EDIFÍCIOS CERTIFICADOS PODEM AJUDAR A ATENDER ÀS METAS ESG

De acordo com a pesquisa Green is Good, realizada pela Cushman & Wakefield, edifícios certificados LEED conseguem aplicar aluguéis mais altos e possuem uma taxa de vacância bem menor que seus pares não-certificados. Esse movimento tem acontecido principalmente pelo aumento da busca no atendimento à agenda ESG. As certificações ambientais abordam principalmente a gestão de energia, água e resíduos, que são utilizadas como indicadores do compromisso com o impacto ambiental positivo. Algumas das mais relevantes são LEED, TRUE Zero Waste, LEED Zero, Edge, Procel Edifica, BREEAM, ENERGY STAR, Fitwel, WELL, GBC Brasil Zero Energy.

Saiba como a Consultoria em Sustentabilidade da Cushman & Wakefield pode te ajudar:

Certificação Meio ambiente

1. LEED (BD+C, ID+C, O+M, ZERO)

2. EDGE

3. TRUE Zero Waste

4. Procel Edifica

5. GBC Casa e Condomínio

6. GBC Brasil Zero Energy

Certificação Bem-estar

1. Fitwel

2. WELL

CONFIRA NOSSOS CASES

Plataforma inovadora mede pegada ambiental de CO2 e de energia de materiais de construção

O Sidac permite calcular a pegada de energia e de carbono dos materiais de construção civil fabricados no Brasil e opera com dados nacionais de alta confiabilidade

Com o Webinar Promovendo Edificações de Baixo Carbono, foi lançado oficialmente em 27 de abril de 2022 o Sistema de Informação do Desempenho Ambiental da Construção (Sidac). Trata-se de uma plataforma web para calcular a pegada de energia e de carbono dos produtos de construção civil fabricados no país. A nova ferramenta possibilita

ao usuário conhecer as demandas de energia primária e emissão de CO2 desde a extração dos recursos naturais necessários para fabricar o material de construção até a porta da fábrica.

De acordo com informações disponíveis no portal Gov.Br, o Sidac nasceu do programa Strategic Partnerships for the Implementation of the Paris Agreement (SPIPA), coordenado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), financiado pelo Instrumento de Parceria da União Europeia, em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente, Conservação da Natureza, Segurança Nuclear e Defesa do Consumidor (BMUV, em alemão), e implementado pela Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ).

GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 64
AVALIAÇÃO DO CICLO DE
/ SIDAC
VIDA

Sua concepção envolveu diferentes agentes, como MME, Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR), a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Eletrobras-Procel, associações de fabricantes de materiais, projetistas e construtoras e entidades ligadas à pesquisa e inovação, entre outros. Segundo declarações de Carlos Alexandre Pires, diretor do Departamento de Desenvolvimento Energético do MME, a ferramenta poderá ser utilizada na elaboração de políticas públicas de incentivo à construção sustentável e de baixo carbono.

Abordagem simplificada

O Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS) coordena o desenvolvimento do sistema por meio de um comitê científico integrado pelas universidades brasileiras USP, Unicamp, UFRGS e UFPR, pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila). O desenvolvimento do Sidac também conta com o apoio de associações setoriais da construção, representadas em um comitê consultivo. De acordo com o professor doutor Vanderley M. John, diretor do CBCS, o sistema reúne dados de desempenho ambiental de produtos de construção antes dispersos em publicações científicas, relatórios e outros documentos. “Os sistemas análogos que usam dados internacionais não representam a realidade brasileira e podem levar a decisões equivocadas”, afirma John.

O Sidac é baseado em uma abordagem simplificada da Avaliação do Ciclo de Vida (ACV), focada nas questões ambientais mais importantes para a cadeia de valor da construção. Suas funcionalidades permitem aos fabricantes cadastrar seus inventários de ciclo de vida, submeter seus dados à revisão de especialistas e publicar as declarações de desempenho ambiental de seus produtos por meio de uma ferramenta digital de fácil utilização e acessível para pequenos e médios fabricantes. “Esse é um diferencial inédito no mercado, inclusive internacional”, afirma John. Um ponto fundamental do novo sistema é que o fabricante que apresente alguma melhoria em seus produtos ou processos poderá calcular seus novos indicadores ambientais e publicar os dados atualizados de forma rápida e com baixo custo.

Desenvolvida com base na análise de ciclo de vida e normas internacionais e europeias, a ferramenta está em conformidade com o Acordo de Paris e contribui para o enfrentamento das mudanças climáticas na medida em que ajuda o setor da construção civil a reduzir a intensidade energética associada aos processos de fabricação dos materiais, diminuindo a energia e o CO2 embutidos.

Os interessados em conhecer a nova ferramenta podem acessar o vídeo Promovendo Edificações de baixo Carbono - Treinamento Sidac, disponível no YouTube por meio do link https://www.youtube.com/ watch?v=-g3ZcvYnFbU

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Sua empresa é parte do problema ou da solução?

Vanderley M. John é diretor do Comitê Brasileiro de Construção Sustentável, instituição que coordena o desenvolvimento do Sidac. Formado em Engenharia Civil pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (1982), é Mestre em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1987), Doutor em Engenharia Civil pela Universidade de São Paulo (1995) e Pós-Doutor pelo Royal Institute of Technology da Suécia (2001). John também é Professor Titular da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e membro da coordenação das Engenharias da FAPESP.

GBC Brasil - Há anos o movimento de green building no Brasil vem tentando alavancar a cultura da Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) e Declaração Ambiental de Produto (DAP) junto a suas empresas associadas e empreendimentos que buscam as certificações, porém, obteve pouco resultado. Ao que o senhor atribui tais dificuldades?

VMJ - O nível de consciência da sociedade, uns preocupados com a sobrevivência e outros focados em lucros máximos a qualquer custo no curto prazo, é baixa. Por outro lado, as DAPs tradicionais não são ferramentas adequadas para baixar impacto ambiental. Aliás, muitas vezes selos de green building não exigem a tomada de decisão com bases nas informações que eles fornecem. Usualmente, o exigido é comprar de fornecedores que tenham DAP. O incentivo não é para reduzir impacto ambiental, mas premiar uma operação que se tornou progressivamente um fim em si.

GBC Brasil - O Sidac irá impulsionar o avanço da cultura da Avaliação de Ciclo de Vida e Declaração Ambiental de Produto. Parte da estratégia é basear a ferramenta em uma abordagem simplificada de ACV. O que seria uma abordagem simplificada?

VMJ - Tem duas simplificações, uma de modelo operacional e outra técnica. Primeiro simplificamos o modelo operacional de emissão da DAP. No modelo internacional, o fabricante de materiais contrata cinco empresas credenciadas para fazer o inventário. No caso brasileiro, todo este processo será organizado

dentro da plataforma do SIDAC por meio de: base de dados de inventário do ciclo de vida; guia para a equipe da empresa fazer o inventário; providências para a verificação de terceira parte; publicação na base de dados de DAP; e geração para o DAP a partir destes dados quando solicitado. Para o arquiteto ou construtor não existirá dúvida sobre onde encontrar uma declaração de Desempenho Ambiental de Produtos (dDAP): todas estarão no SIDAC. É um processo simples, rápido e barato. Não há porque pedir ao fornecedor ou procurar em bases de dados.

GBC Brasil - E quanto à simplificação técnica?

VMJ - A simplificação técnica é mais sutil: uma DAP tradicional tem mais de 20 indicadores de impacto ambiental, alguns dos quais são muito difíceis de ler. É caro, demorado e praticamente impossível mesmo para uma grande empresa medir os milhares de fluxos que compõem todos esses indicadores. A solução adotada foi buscar informações obtidas em algum lugar do mundo em algum momento do passado, com metodologia vagamente padronizada por uma ISO genérica, e que foram reunidas e tratadas em bases de dados. O resultado é que uma DAP tradicional não reflete o processo produtivo da empresa, suas virtudes e deficiências e, portanto, não pode ajudar a reduzir os impactos ambientais. Neste primeiro momento, simplificamos para dois indicadores, energia e CO2, que são prioritários e muito fáceis de medir. Estabelecemos que emissões diretas, que ocorrem na empresa que declara, precisam ser registradas com dados primários verificáveis. Dessa forma, os dados do Sidac vão refletir a realidade de cada empresa, se ela está melhorando ou piorando. Como é barato, pequenas e médias empresas poderão fazer a dDAP. Empresas maiores poderão atualizar as suas muito rapidamente, mostrando sua evolução. Vale destacar que o Sidac respeita todos os fundamentos do conceito de ciclo de vida.

GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 66
Vanderley M. John

GBC Brasil - A DAP tradicional não dá apoio às decisões do dia a dia?

Acredito que as DAPs tradicionais não são feitas para orientar a decisão e reduzir o impacto ambiental. Não existe a geração de benchmark que permita a um fabricante se comparar aos concorrentes não só em termos de preço e qualidade, mas também quanto ao impacto ambiental. Elas são muito complexas e difíceis de entender. São raras, mesmo na Europa poucas empresas as emitem, até porque elas não ajudam em seus processos de melhoria contínua. Já o Sidac está pensando no apoio à decisão do dia a dia, devendo ter integração com ferramentas de projeto arquitetônico e de estruturas, gerar benchmark. O fabricante e o construtor vão poder comparar a pegada ambiental de cada produto com a dos pares do mercado e saber se são parte do problema ou da solução.

GBC Brasil – O senhor poderia citar casos de sucesso em matéria de ACV no Brasil? Que benefícios podem ser percebidos por empresas que avançarem no tema?

VMJ - As melhores empresas da indústria cimenteira brasileira e a global publicam periodicamente os indicadores de emissões de CO2 e uso de energia dos seus processos. Temos uma série histórica de 30 anos que nos permite acompanhar a evolução e constatar que para avançar será necessário inovação. Esta série de dados estruturou o Rodmap de Cimento Baixo Carbono do Brasil, produzido pela ABCP, SNIC e IEA. Um trabalho único no país e que não tem sido adequadamente apreciado.

GBC Brasil – A cultura do ACV pode estimular inovações no mercado da construção civil?

VMJ - A ACV existe há quase 50 anos e não conseguiu influenciar a indústria. O que vai mudar é o uso de informações de impacto ambiental ao longo do ciclo de vida para tomar decisões informadas por dados que refletem a atividade real de fornecedores e a possibilidade de comparar produtos e até edifícios dentro de benchmarks automaticamente gerados.

GBC Brasil – O Sidac segue algum modelo de ferramenta internacional? Quais os seus diferenciais?

VMJ - Na França e na Holanda, por exemplo, existem bases de dados voltadas para a construção civil. De forma geral elas se integram mais nas DAPs tradicionais, adicionando dimensões de saúde no caso francês e funcionalidades voltadas para o setor.

São ferramentas bastante práticas, integradas com softwares de projeto, orçamento e gestão. Nosso escopo é menor. E o Sidac é um produto mais moderno, já pensado em integração com ferramentas como o BIM.

GBC Brasil – Nas discussões do World GBC (Advancing Net Zero Global Program), o GBC Brasil tem focado sua participação nas discussões e apresentação de empreendimentos autossuficientes em energia – geração de 100% de energia renovável para 12 meses corridos de operação. Em quanto tempo o Sidac poderá pavimentar o caminho para discutirmos e fomentarmos projetos Net Zero Emissions considerando o carbono incorporado na construção?

VMJ - Sem captura de carbono não teremos edifícios zero carbono nem energia que seja de verdade zerocarbono. A indústria faz propaganda que energia fotovoltaica e carro elétrico tem carbono zero, mas isto é uma meia verdade, ou meia mentira, que esquece a pegada de CO2 para construir os sistemas de geração de energia, ou o carro e suas baterias. Acredito que até o final do ano teremos condições de fazer uma estimativa boa do impacto ambiental da obra grossa – sem acabamentos, equipamentos, incluindo a geração localizada de energia. Não conheço detalhes do programa do GBC, mas acredito que dificilmente se consiga levar em consideração a pegada de CO2 para construir a geração local renovável, pois ainda não temos dados.

GBC Brasil – Qual o comportamento esperado dos arquitetos e construtoras para que possamos acelerar o desenvolvimento do Sidac?

VMJ - Os arquitetos são os mais mobilizados e interessados nesta questão ambiental. Até porque valoriza o projeto sem maiores consequências para a atividade. A indústria que precisa mudar, investir, inovar, assim, é natural que esteja menos entusiasmada, pois os riscos, e também as oportunidades, serão substanciais. Acredito que teremos o Sidac integrado em software BIM no curto prazo. E uma boa quantidade de produtos e sistemas com suas pegadas medidas. O arquiteto poderá tomar decisões baseadas em evidências. Acredito que, no futuro, a pegada de energia e CO2 dos edifícios, geradas a partir do Sidac e dos modelos do Procel Edifica, poderá fazer parte das informações da carteira de projetos dos melhores escritórios e poderá ser usada como evidência de eficiência no processo de venda de serviços.

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ADS TIGRE: A ESCOLHA CERTA PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL E PARA O PLANETA.

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A Tigre ADS apresenta ao mercado um portfólio completo de soluções inovadoras que auxiliam na expansão da construção civil sustentável, tendo como foco a realização de obras de infraestrutura para o saneamento básico e a implantação de novas tecnologias em sistemas de drenagem pluvial. Suas soluções completas são sinônimo de garantia de segurança, durabilidade e excelência em desempenho. A Tigre ADS cultiva a consciência e a importância da preservação da água, recurso essencial para a qualidade de vida das pessoas e do planeta, investindo em novas soluções para gestão sanitária, captação, armazenamento e qualidade da água.

Os tubos corrugados em PEAD DrenPro®, tubos em PEAD SaniPro®, câmaras StormTech® e as Unidades de Qualidade de Águas® trazem a exclusividade da marca Tigre ADS e estão presentes em cases de sucesso em todo o mundo. Decidir por utilizar esses produtos em suas obras é garantir benefícios como:

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- ANUÁRIO 2022

GBC BRASIL Certificações LEED 2021/22

GLP CAJAMAR III

Projeto visa uso racional de recursos naturais e redução de custos

Os empreendimentos GLP são desenvolvidos com ampla e moderna infraestrutura, utilizando os mais altos padrões construtivos. Entre eles está o GLP Cajamar III, localizado em Cajamar, uma das regiões mais estratégicas para a logística devido à proximidade da capital paulista e à facilidade de acesso à Rodovia Anhanguera e ao Rodoanel Mário Covas, que conecta todas as 10 rodovias que passam pela Grande São Paulo.

O GLP Cajamar III soma aproximadamente 57 mil m² e tem entre seus diferenciais a certificação LEED Core and Shell v4, garantida pelos atributos sustentáveis e pelo uso racional de recursos como água e energia. Além da redução dos custos operacionais, os principais objetivos das ações de sustentabilidade da GLP são o consumo de energia eficiente, conservação de recursos, diminuição da poluição e promoção de sistemas construtivos que reduzem os impactos ambientais.

Globalmente, a sustentabilidade figura como prioridade no planejamento dos empreendimentos da empresa – são mais de 300 parques logísticos com certificações de construção sustentável espalhados por diversos países. Desde o início da operação no Brasil, em 2012, todos os complexos foram desenvolvidos incorporando o conceito de sustentabilidade e estão aptos a obter certificação.

A empresa também investe na adoção dos conceitos ESG, (sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança) em seus empreendimentos. “Consideramos as práticas de ESG parte fundamental de nossa responsabilidade corporativa como empreendedores e investidores, assim como uma oportunidade para promover uma boa ética nos negócios e focar em um futuro mais sustentável e resiliente. Utilizamos nossa posição de liderança para inspirar o mercado nessa direção”, afirma Mauro Dias, presidente da GLP Brasil.

Espaço sustentável:

O projeto adotou estratégias como uso de grama para proteção permanente dos taludes, além do plantio de árvores nativas próximas à via de acesso principal do empreendimento. Além disso, foram adotados materiais de cores claras visando à redução do efeito de ilha de calor e minimizando o aumento da temperatura dentro do galpão pela irradiação solar.

Eficiência no uso de água: Seguindo o padrão dos projetos GLP, foram adotados metais sanitários economizadores. A água de chuva abastece bacias e mictórios, o que gera redução de mais de 85% no consumo de água potável. O paisagismo dispensa irrigação permanente. Todos os módulos dispõem de medidores de água potável e não potável, propiciando melhor gestão do consumo.

Energia e atmosfera:

A redução de consumo de 54% em relação ao baseline deve-se a iluminação zenital e dispositivos que controlam os circuitos de iluminação em

função da oferta de luz natural, bem como a venezianas fixas nas fachadas e lanternins que promovem a troca de ar sem o uso de ventilação mecanizada ou sistema de ar-condicionado. A iluminação artificial é 100% LED.

Materiais e recursos:

Durante a construção do GLP Cajamar III foi implantado o Plano de Gestão de Resíduos da Construção. A medida garantiu que 75% do volume de resíduos da obra fossem desviados de aterros e encaminhados para reutilização ou reciclagem.

Qualidade ambiental interna: O projeto do galpão prevê exclusivamente ventilação natural na área de armazenamento, por meio de fechamento com venezianas fixas e lanternins na cobertura. Domus para a iluminação zenital garantem que mais de 90% da área ocupada do galpão receba luz natural. Foram implementadas ações para minimizar a poluição interna durante as obras.

Projeto:

GLP Cajamar III

Cliente/proprietário: GLP

Localização: Cajamar, SP

Área construída: 50.980 m²

Construtora: Ribeiro Caram

Arquitetura: Marcos & Farina Arquitetos

Consultoria LEED: CTE- Centro de Tecnologia de Edificações

Data da certificação: 22 de julho de 2021

Sistema e nível da certificação: LEED v4 BD+C: CS nível Certified

LED CORPORATE BARRA FUNDA

Projeto promove sustentabilidade e bem-estar dos ocupantes

Edifício de padrão Triple A localizado na zona oeste de São Paulo, o LED Corporate Barra Funda é um empreendimento composto por uma torre corporativa de 33 mil m2 de área construída. Ele oferece 13 lajes de 2230 m2 mais cobertura dúplex, teatro para 180 pessoas e galeria com 12 lojas no térreo para atender aos ocupantes do prédio e o entorno, proporcionando comodidade e conveniência aos usuários. Com projeto arquitetônico assinado pelo escritório paulistano MCAA Arquitetos e consultoria LEED da Sustentech, o empreendimento da Odebrecht Realizações conquistou a certificação LEED BD+C Core and Shell versão 03, comprovando seu desenvolvimento em acordo com as premissas de sustentabilidade para a região em que está inserido.

O LED Corporate foi implantado em terreno de quase 8 mil m2 em uma região com estrutura cicloviária e nas proximidades do terminal

intermodal da Barra Funda, um dos maiores da América Latina. Em um raio de 800 metros há pelo menos 10 serviços básicos, incluindo supermercado, bancos, comércio, correios, restaurante, padaria, academia, teatro e igreja.

Um de seus diferenciais está nos Certificados de Energia Renovável que o condomínio adquiriu da geradora Campo Formoso I Energias Renováveis, empresa credenciada pelo Green-e com a chancela do REC Brazil. Os certificados equivalem a 39,53% do consumo anual de energia elétrica previsto durante um período de dois anos, o que contribui para a fomentação direta de geração de energia renovável no país.

Os locatários recebem um manual com todas as instruções e especificações que devem ser seguidas para manter os requisitos LEED durante a operação e manutenção de suas unidades.

Espaço sustentável

Os dutos de ar e equipamentos de ar condicionado foram protegidos durante a obra para não acumularem poeira e resíduos. A área impermeável do terreno foi reduzida em 25%, o que contribui para amenizar o efeito ilha de calor e favorece o escoamento de águas pluviais. O empreendimento oferece vagas para veículos ecoeficientes e bicicletário com vestiário para condôminos.

Eficiência no uso da água

O consumo de água potável foi reduzido em 30% com o uso de metais e chuveiros com restritores de vazão e bacias dual flush. Na área do paisagismo, assinado por Sérgio Santana, o sistema de captação e reúso de água da chuva reduziu o consumo de água para irrigação em 69,57%. A economia de água interna e externa é de 41,3% em comparação com o baseline.

Energia e atmosfera

O LED Corporate adquiriu

Certificados de Energia

Renovável equivalentes a 39,53% do consumo anual previsto de energia elétrica para um período de dois anos.

O edifício conta com sistemas comissionados e programa de medição e verificação contínua do consumo de energia. A simulação computacional indica que o consumo de energia é 35,48% menor que o baseline.

Materiais e recursos

Quase a totalidade (99,34%) dos resíduos gerados na obra foram desviados de aterro sanitário. Do total gasto com os materiais, 20,5% correspondem a itens reciclados. Quase 60% do valor dos materiais empregados corresponde a produtos fabricados a menos de 800 km do canteiro e 100% dos materiais que usam a madeira como base têm selo FSC. O empreendimento dispõe de programa de coleta seletiva de resíduos.

Qualidade ambiental interna Durante a obra foram utilizados produtos com baixa emissão de COV. O edifício conta com sistemas de renovação de ar que cumprem com as taxas de ventilação e renovação de ar pelo menos 30% acima do mínimo exigido pela norma americana ASHRAE 62.1-2007, garantindo vazão adequada para melhorar a qualidade do ar interno.

Projeto:

LED Corporate Barra Funda

Cliente/proprietário:

Odebrecht Realizações

Localização:

São Paulo, SP

Área construída:

33 mil m²

Construtora:

Odebrecht Realizações

Incorporadora:

Odebrecht Realizações

Arquitetura:

Marcos & Farina Arquitetos

Consultoria LEED:

Sustentech

Data da certificação:

Dezembro de 2021

Sistema e nível da certificação: LEED-CS v2009 nível Certified

LOTUS CORPORATE (PROJETO ORLA)

Banco Mundial escolhe como sede no Brasil edifício com selo LEED e padrões ESG

A Certificação LEED SILVER do Projeto Orla, conhecido no mercado como Lotus Corporate, é resultado de um trabalho da Lotus Cidade, construtora comprometida com boas práticas de segurança, ambientais, sociais e de governança. O selo LEED e os padrões ESG adotados pela empresa foram diferenciais que fizeram com que o Banco Mundial escolhesse o Lotus Corporate para sua primeira sede própria no Brasil. O empreendimento será ocupado em 2022 pela instituição financeira.

“O processo foi bastante rigoroso, lidamos diretamente com a equipe em Washington, recebemos auditores e acompanhamento direto de funcionários de outros países. Foi um aprendizado enorme e uma chance de mostrar resultados e qualidade”, conta o proprietário Luiz Felipe Hernandez. “Sabemos que esse é só o começo e seguimos firme em nosso trabalho e propósito de oferecer espaços modernos,

sofisticados, tecnológicos e principalmente sustentáveis para as famílias e também para empresas,” completa Ruy Hernandez, sócio da construtora.

Primeiro edifício comercial da empresa, o Lotus Corporate está localizado em região nobre de Brasília, próximo ao centro de poder do país e das embaixadas. Com projeto arquitetônico atual e autoral, o empreendimento tem mais de 9 mil m² de área construída, três subsolos com 176 vagas de garagem, térreo e dois pavimentos. A eficiência energética do edifício foi ratificado pela classificação A no PBE Edifica devido ao ótimo desempenho dos elementos da envoltória, aos sistemas eficientes e geração de energia renovável. Como estratégias de inovação, o projeto apresenta plano de orientação de retomada aos ambientes em casos de pandemias, além de ter contato com um profissional acreditado LEED AP durante todo o processo.

Espaço sustentável

A Lotus adotou diversas estratégias para reduzir o impacto causado pela obra. Entre elas, proteção das espécies arbóreas presentes no canteiro, filtragem e sedimentação da água drenada antes de seu descarte em rede pública, estabilização das vias de entrada com agregados para evitar a saída de sedimentos do canteiro de obra e adoção de sistema lava rodas.

Eficiência no uso de água

Visando eficiência hídrica, o empreendimento utiliza metais economizadores e sistema de esgoto a vácuo, que foi além da exigência do crédito e resultou em performance exemplar. O edifício conta com sistema eficiente para irrigação com sensores de pluviosidade. Tais medidas proporcionaram redução estimada em 68% do consumo de água interno e de aproximadamente 54% no consumo externo.

Energia e atmosfera

O Lotus Corporate conta com sistema de microgeração de energia fotovoltaica com capacidade de produzir até 8,29% da demanda de energia prevista para o edifício. Ele adota sistemas mais eficientes e estratégias de

redução de potência e controles de iluminação visando redução do consumo energético. O empreendimento conquistou a etiqueta PBE Edifica com classificação nível A.

Materiais e recursos

Durante as obras a empresa trabalhou com materiais e mão de obra local, priorizando produtos químicos e materiais com baixa emissão de COV. A gestão dos resíduos buscou o máximo de reaproveitamento dos materiais no canteiro. O descarte privilegiou a reciclagem, o que garantiu taxa de beneficiamento de 75% dos resíduos gerados.

Qualidade ambiental interna

Para garantir melhor qualidade interna do ar no canteiro de obras, foram adotados diversas estratégias monitoradas pela Inovatech Engenharia. Entre elas, varrição umidificada, aspersão de água para o controle de poeira, ferramentas com aspiradores acoplados, estratégias de interrupção de passagem para as atividades mais poluidoras e controle da densidade da fumaça liberadas pelos caminhões.

Projeto:

Lotus Corporate (Projeto Orla)

Cliente/proprietário: Lotus Cidade

Localização: Brasília, DF Área construída:

9.805,82 m²

Construtora: Lotus Cidade

Arquitetura: MKZ Arquitetura

Consultoria LEED: Inovatech Engenharia

Data da certificação: 23 de março de 2021

Sistema e nível da certificação: LEED v4 BD+C: CS nível Silver

GLP GUARULHOS I

Sustentabilidade para a melhoria de processos

GLP Guarulhos I é um dos maiores parques logísticos do Brasil, com um total de 450 mil m² e 15 galpões. Ele foi desenvolvido dentro de altos padrões de qualidade e está localizado às margens da Rodovia Presidente Dutra, a principal via de acesso ao eixo Rio-São Paulo, os principais centros consumidores do país. O empreendimento conta com um viaduto privado que permite fácil acesso e saída do parque, nos dois sentidos da rodovia, reduzindo o percurso dos caminhões. Os galpões do GLP Guarulhos I são certificados LEED por suas características sustentáveis. Os galpões G3A, G08, G09 e T400, foram certificados no referencial LEED for Core & Shell v4, nível Silver. Em um deles há uma usina fotovoltaica gerando energia limpa para suprir parte da demanda operacional.

Além de contribuir com o meio ambiente, a sustentabilidade é uma solução para a melhoria de processos e redução de custos operacionais.

Seus conceitos estão presentes nos galpões GLP desde a concepção dos projetos, a construção dos empreendimentos até as operações diárias dos clientes, garantindo consumo de energia eficiente, conservação de recursos, diminuição da poluição e promoção de sistemas construtivos que reduzem os impactos ambientais. Assim como os demais empreendimentos da GLP, o parque logístico GLP Guarulhos I foi desenvolvido com ampla e moderna infraestrutura. Os galpões contam com piso de concreto nivelado a laser com resistência de 6 t/m²; cobertura em estrutura metálica, telhas termoacústicas, pé-direito livre de 12 metros, sprinklers, niveladoras de docas eletro-hidráulicas, vãos entre pilares de aproximadamente 22,5 m x 22,5 m, porta de docas seccionadas com acionamento manual e mezaninos construídos sob demanda.

Espaço sustentável: A adoção de materiais de cores claras na pavimentação externa e cobertura com material de alto índice de refletância solar visam à redução do efeito de ilha de calor e minimizam o aumento da temperatura dentro do galpão pela irradiação solar. Um viaduto privado garante fácil acesso dos caminhões ao parque e aos dois sentidos da rodovia.

Eficiência no uso de água: Seguindo padrões da GLP, foram usados metais sanitários economizadores, como torneiras com vazão máxima 1,8 l/min, além de bacias dual flush e mictórios de 0,8 litros por acionamento, diminuindo em mais de 30% o consumo de água não potável nos sanitários, o que significa redução de mais de 75% do consumo de água potável. Medidores propiciam melhor gestão do consumo de água e a estação de tratamento de esgoto (ETE) atende à demanda de água não potável.

Energia e atmosfera: Domus para iluminação zenital e dispositivos que controlam os circuitos de iluminação em

acordo com a oferta de luz natural reduzem o consumo de energia para iluminação artificial, que é 100% LED. Venezianas fixas nas fachadas e os lanternins na cobertura dispensam sistemas de ventilação mecanizada e arcondicionado. Essas estratégias propiciam redução de consumo de 47% em relação ao baseline.

Materiais e recursos: Durante as obras foi seguido o Plano de Gestão de Resíduos da Construção, o que permitiu desviar de aterros mais de 97% do volume de resíduos gerados e encaminhar o material para reutilização ou reciclagem.

Qualidade ambiental interna: O projeto dos galpões considerou ventilação natural nas áreas de armazenamento dos galpões por meio de venezianas fixas no fechamento lateral e lanternins na cobertura. A instalação de domus garantiu que mais de 50% das áreas regularmente ocupadas dos galpões recebam luz natural. Foram realizadas ações para reduzir a poluição interna.

Projeto:

GLP Guarulhos I – Galpões G3A, G08, G09 e T400

Cliente/proprietário: GLP

Localização:

Guarulhos, SP

Área construída:

Galpão G3A: 25.130 m²

Galpão G08: 5.172 m²

Galpão G09: 4.600 m²

Galpão T400: 19.910 m²

Construtora: Matec

Arquitetura:

Marcos & Farina Arquitetos

Consultoria LEED:

CTE- Centro de Tecnologia de Edificações

Data da certificação: 4 de agosto de 2021

Sistema e nível da certificação: LEED v4 BD+C: CS nível Silver

RIVER ONE CORPORATE

Projeto inovador

Torre de volumetria imponente com 140 metros de altura e projeto do estúdio global de arquitetura e design Perkings+Will, o edifício River One está localizado às margens do Rio Pinheiros, próximo da estação Butantã do metrô, da Cidade Universitária e do Shopping Eldorado, na zona oeste de São Paulo. Ele foi implantado em terreno de 4,8 mil m², onde 80% das árvores de grande porte existentes foram preservadas.

O edifício está configurado como torre multiuso, dividida em lajes corporativas e unidades residenciais com acessos independentes, além de área comercial no embasamento com praça aberta ao público, compondo uma fachada ativa que tira partido dos incentivos oferecidos pelo Plano Diretor Estratégico da cidade. Entre o 6º e o 19º pavimento, são 14 lajes corporativas de alto padrão, objetos da certificação Core and Shell, v4 em nível Gold juntamente das lojas.

Com vista privilegiada de 180 graus para a cidade de São Paulo, o River One é um prédio sem muros, que dialoga com as ruas ao redor. O lobby corporativo tem mais de 10 metros de pé-direito e sua fachada de alta eficiência térmica valoriza a entrada de luz natural. O design é arrojado e conta com elementos de biofilia que estão presentes em toda a torre, inaugurada em 2021.

O empreendimento é da SDI, empresa brasileira de gestão e desenvolvimento imobiliário, que investe na sustentabilidade a fim de gerar impactos positivos, resultados mais conscientes, melhoria na relação com o consumidor e incentivo à inovação e colaboração para redução de impactos e mudanças climáticas, o que está em acordo com as ações globais de governança socioambiental do mercado atual.

Espaço sustentável

O edifício comercial faz parte de um empreendimento multiuso inspirado no movimento global de viver, trabalhar e ter oportunidades de lazer no mesmo lugar. Há vagas com estações de recarga para veículos elétricos, além de vagas e vestiários para ciclistas. As áreas livres no térreo promovem espaços de convívio e reduzem o impacto da construção.

Eficiência no uso da água

Foram usados dispositivos economizadores em todas as áreas de sanitários do empreendimento, possibilitando a redução de 38% no consumo. Nas áreas verdes com espécies nativas ou adaptadas, a irrigação é automatizada e utiliza água de reúso coletada das chuvas. Medição e verificação eletrônica permitem monitorar o consumo de água dos conjuntos comerciais.

Energia e atmosfera

Fachada com vidros de alta performance low-e, sistemas de ar-condicionado VRF e iluminação LED com controle automatizado ajudam a economizar energia. O consumo é monitorado e controlado pelo sistema de automação predial para garantir a otimização operacional e a eficiência energética. As estratégias adotadas permitem redução de 7% no custo anual de energia.

Materiais e recursos

O edifício oferece áreas de fácil acesso dedicadas à coleta e armazenamento de materiais para reciclagem e para armazenamento de resíduos orgânicos e perigosos. O Plano de Gestão de Resíduos da Construção permitiu desviar de aterros de 99% do volume gerado na obra. Conduzida em acordo com as normas ISO 14044 e EN 15978, a Avaliação do Ciclo de Vida do edifício apontou redução de 8% no potencial de aquecimento global.

Qualidade ambiental interna

O River One Corporate foi concebido de forma a maximizar as aberturas e utiliza vidro com características que permitem a entrada de luz solar ao mesmo tempo em que impedem a entrada de parte da radiação solar, reduzindo a carga térmica do interior dos conjuntos. A planta típica possibilita que a área regularmente ocupada tenha acesso a vistas de qualidade.

Projeto:

River One Corporate

Cliente/proprietário:

SDI

Localização:

São Paulo, SP

Área construída:

22.138 m²

Construtora:

MPD

Arquitetura:

Perkings+Will

Consultoria LEED:

CTE- Centro de Tecnologia de Edificações

Data da certificação:

8 de novembro de 2021

Sistema e nível da certificação:

LEED v4 BD+C: CS nível Gold

HOSPITAL ONCOPEDIÁTRICO ERASTINHO

Primeiro hospital certificado LEED for Healthcare do Brasil

O Erastinho é o novo hospital oncopediátrico do Erasto Gartner, hospital oncológico localizado em Curitiba e referência no Brasil, com 90% dos atendimentos realizados pelo SUS. Inaugurado em 2020, ele é o primeiro hospital do país certificado LEED for Healthcare e será também o primeiro hospital brasileiro a obter a certificação WELL. Por meio de investimentos captados pelo Programa de Eficiência Energética (PEE), será instalada uma usina fotovoltaica com 1MWp de potência, capacidade necessária para atender toda sua demanda de energia elétrica, o que tornará o Erastinho o primeiro hospital autossuficiente em energia do país e pioneiro nas certificações LEED Zero Energia e GBC Brasil Zero Energia.

Além da sustentabilidade e redução de custos operacionais, o Erastinho também se destaca

pelo projeto humanizado, visando oferecer conforto e bem-estar aos pacientes, familiares e colaboradores. Sua volumetria dinâmica e o paisagismo orgânico tornam a experiências das pessoas mais leve e confortável.

A construção foi viabilizada com investimentos de R$30 milhões. A Petinelli, empresa de engenharia líder no Brasil em desempenho e bem-estar em edificações, atuou no projeto como consultora em engenharia, conforto e bemestar e sustentabilidade. “Um edifício realmente sustentável é aquele que promove não apenas redução de impactos ambientais, mas também conforto e bem-estar aos ocupantes. Ao abordar esses conceitos, o Erastinho sinaliza ao mercado que é possível construir melhor sem pagar mais por isso”, afirma Guido Petinelli, CEO da Petinelli.

Espaço sustentável

Foram adotadas estratégias para minimizar os impactos no entorno e estimular o uso de meios de locomoção ambientalmente responsáveis, como disponibilização de bicicletário e redução das vagas de garagem. A edificação emprega materiais com alta refletância a fim de reduzir os efeitos das ilhas de calor. A redução da poluição luminosa mitiga os impactos sobre a fauna e as pessoas.

Eficiência no uso de água

As medidas de eficiência para gerar economia operacional foram implementadas ainda na fase de projeto, o que implicou custo zero para sua implantação. Com a adoção de louças e metais eficientes, o hospital apresenta redução de 35,9% no consumo de água.

Energia e atmosfera

O correto dimensionamento dos sistemas de iluminação e do ar-condicionado VRF atendem às necessidades e evitam desperdícios com o superdimensionamento. O edifício contará com painéis solares para se tornar autossuficiente em

energia e receberá uma usina fotovoltaica para gerar 100% da eletricidade que consome. As medidas de eficiência energética trazem redução de cerca 25% no consumo.

Qualidade ambiental interna

Foram especificados materiais de baixa agressão ao meio ambiente. As taxas de renovação de ar seguem os padrões internacionais da ASHRAE. Para garantir conforto térmico aos ocupantes do edifício, foram disponibilizados controles do sistema de ar-condicionado e, em casos específicos, foram previstos sistemas de controle individualizado. Durante as obras foi adotado um plano de gerenciamento da qualidade do ar interno.

Inovação e processos

O hospital não utiliza lâmpadas que contenham mercúrio e dispõe de material educacional sobre a sustentabilidade do prédio. Visando melhorar a ergonomia, o Erastinho buscou o crédito Ergonomics Approach for Computer Users da certificação WELL.

Projeto: Hospital Erastinho

Cliente/proprietário: Liga Paranaense de Combate ao Câncer

Localização: Curitiba, PR

Área construída: 4.800 m²

Construtora: RAC Engenharia

Arquitetura: Sarnelli Arquiteura & Consultoria e Redora Novas Percepções Arquitetura

Consultoria: Petinelli

Data da certificação: 30 de agosto de 2021

Sistema e nível da certificação: LEED v4 BD+C: Healthcare nível Gold

CONDOMÍNIO SÃO LUIZ

LEED O+M cria diferencial para empreendimento de quase 40 anos

O Condomínio São Luiz situa-se na Avenida Juscelino Kubitscheck, entre as Avenidas Engenheiro Luís Carlos Berrini e Brigadeiro Faria Lima, região que é um dos centros financeiros de São Paulo, e conta com fácil acesso à Marginal Pinheiros. Ele é formado por quatro torres interligadas de 14 pavimentos com lajes de 800 m2 São mais de 44 mil m2 de área útil em um terreno de 15 mil m2

Projetado pelo arquiteto Marcello Accioly Fragelli, do grupo Promon, o empreendimento de concreto armado e brises nas janelas foi construído entre 1976 e 1984. Em 2020, com o projeto da Perkins & Will em parceria com o escritório Burle Marx, houve a revitalização do piso térreo, a eliminação dos muros de divisa e a atualização do grandioso jardim criado pelo paisagista Roberto Burle Marx (1909-1994), que agora pode ser acessado pelo público externo.

Em 2021 o condomínio buscou a certificação LEED O+M como diferencial para atrair potenciais inquilinos, tipicamente multinacionais e grandes corporações, e contribuir para evitar a vacância dos conjuntos.

O empreendimento se diferencia por oferecer diversas conveniências aos ocupantes, além de recursos como bicicletário com vestiário, estacionamento exclusivo para motos, sistema de abastecimento de água por poço artesiano, sistema composto de grupo gerador que atende 100% das áreas privativas e comuns da edificação, vagas com carregador elétrico para veículos e programa de gerenciamento de resíduos sólidos. No caso de falta de energia elétrica, o condomínio é abastecido por uma usina geradora de energia capaz de suprir as demandas de áreas privativas, comuns, elevadores e arcondicionado.

Energia e atmosfera

Os sistemas de climatização e ventilação dos conjuntos são controlados pelo sistema de gestão predial com programação de horário de funcionamento e temperatura. Os ventiladores de exaustão são interligados ao sistema de iluminação para que sejam ligados ou desligados automaticamente. Sensores de luminosidade acionam a iluminação externa quando escurece.

Eficiência no uso de água

Para aumentar a eficiência no uso da água, o condomínio adotou o uso de metais sanitários economizadores. Ele conta com sistemas de abastecimento de água por poço artesiano e de captação da água da chuva, que é utilizada no sistema automatizado de irrigação.

Gestão de resíduos

O condomínio São Luiz mantém Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e conta com uma gestão adequada que permite desviar de aterros e encaminhar para reciclagem cerca de 40% dos resíduos gerados.

Redução de emissões com transporte

Além de bicicletário e vestiário para ciclistas, o empreendimento oferece diversas conveniências a seus ocupantes, entre elas, agência bancária, barbeiro, manicure, engraxate, empório hortifrúti e chaveiro, evitando deslocamentos com esses objetivos. O condomínio está localizado em área servida por transporte coletivo, ciclovia e ampla oferta de comércio e serviços.

Conforto e saúde dos ocupantes

Foi realizada a pesquisa de satisfação anual dos ocupantes e foram feitas medições de contaminantes como TVOC e CO2 para garantir que sua concentração está dentro dos limites permitidos. O amplo jardim externo, originalmente projetado por Roberto Burle Marx e recentemente modernizado, oferece um espaço de contemplação e mais qualidade de vida aos usuários.

Projeto:

Condomínio São Luiz

Cliente/proprietário: Condomínio São Luiz

Localização: São Paulo, SP

Área construída: 44 mil m²

Arquitetura: Marcello Accioly Fragelli do Grupo Promon

Consultoria LEED: Sustentech

Data da Certificação: 27 de dezembro de 2021

Sistema e nível da certificação: LEED v4.1 O+M nível Certified

FARIA LIMA FINANCIAL CENTER

Recertificação assegura menores custos operacionais de edifício com 20 anos de uso

Implantado em um lote de esquina com quase 7 mil m2 e 100 metros de frente para a Avenida Brigadeiro Faria Lima e para a Rua Lopes Neto, o condomínio tem taxa de ocupação do terreno de 32%, ficando abaixo dos 50% permitidos pelo zoneamento. Essas condições asseguram a versatilidade oferecida pela fachada aberta para duas vias, o que resultou em ampla área de circulação aberta a pedestres e permitiu compor um harmonioso espaço verde no recuo frontal, com praças e fontes que valorizam ainda mais o empreendimento. A torre está situada no ItaimBibi, bairro nobre de São Paulo que concentra empresas do setor financeiro, valoriza a imagem corporativa e oferece extensa rede de comércio, serviços e lazer.

O empreendimento de padrão Triple A foi inaugurado em 2003 e tem mais de 26 mil m2 de área locável distribuídos por 17 pavimentos

de 1.570 m2 de área de laje, além de 818 vagas de estacionamento. Diariamente ele recebe 2.986 pessoas, sendo 2.716 ocupantes regulares e 270 visitantes. Entre os serviços disponibilizados a seus usuários estão concierge, bicicletário, vestiário, food car, refeitório, lavanderia online, serviço valet, lava rápido, locação de carros e auditório. Certificado originalmente com a LEED O+M v3 nível Silver em 2015, o edifício obteve a recertificação em fevereiro de 2021 usando o referencial LEED O+M v4 e alcançou a categoria Gold. Para o condomínio, a certificação LEED O+M é um diferencial efetivo nos imóveis de alto padrão que atendem a clientes corporativos. A busca por espaços mais sustentáveis e o menor custo operacional, pela redução do consumo de água e energia são fatores que têm grande impacto na tomada de decisão dos clientes na hora de escolher um imóvel para locação.

Energia e atmosfera

O edifício utiliza lâmpadas LED e apresenta sistemas de ventilação e refrigeração (HAVC) de alta eficiência, combinação que contribui para a redução do consumo de energia. A pontuação média global de consumo dos edifícios registrados é 65 e o empreendimento obteve 84 pontos. O Faria Lima Financial Center tem consumo anual de energia 29,23% menor que o baseline LEED.

Eficiência no uso da água

O condomínio conta com rede de captação de água de chuva e adota boas práticas para a redução do gasto anual de água potável. O consumo é de 12.416,15 m³ ao ano, 14,75% abaixo do baseline LEED

Gestão de resíduos Com programa de coleta seletiva implantado, o edifício desvia de aterros e encaminha para reciclagem 61,99 toneladas ao ano de materiais, resultado 15,49% abaixo do baseline LEED.

Redução de emissões com transporte

Ampla oferta de transporte coletivo e ciclovias na região, bicicletário e vestiários para ciclistas no empreendimento contribuem para a redução das emissões com transporte motorizado individual.

Projeto: Faria Lima Financial Center

Localização: São Paulo, SP

Área construída: 37 mil m²

Construtora: Cyrela

Incorporadora: Brazil Realty

Arquitetura:

Hellmuth, Obata + Kassabaum (HOK) - Ricardo Mascia; Fernando Iglesias Arquitetos Associados e Collaço e Monteiro Arquitetos Associados

Consultoria LEED:

Sustentech

Data da Certificação: Fevereiro de 2021

Sistema e nível da certificação: LEED v4 O+M: EB nível Gold

JK FINANCIAL CENTER

Condomínio busca recertificação e atesta eficiência de sua operação

Projetado para abrigar escritórios de empresas nacionais e internacionais, o Edifício JK Financial Center atende à exigente demanda de corporações que buscam instalações dotadas de recursos tecnológicos de ponta e serviços especiais. O edifício tem projeto arquitetônico do escritório americano SOM - Skidmore, Owings & Merril em parceria com o escritório brasileiro Collaço e Monteiro e foi implantado na Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, importante centro financeiro e de negócios da capital paulista.

Com sua imensa fachada de vidro e faixas verticais de granito, a torre de padrão Triple A e 13 pavimentos foi pensada para se tornar um marco referencial da cidade. Suas lajes em dois tamanhos

(861 m2 e 1011 m2) proporcionam uma volumetria própria, salientando o equilíbrio e a visibilidade

e manutenção

da sua imagem. O core lateral e a ausência de colunas internas proporcionam aos locatários um grande aproveitamento da área de escritório. O condomínio oferece facilidades como concierge, bicicletário, vestiário, food car, lavanderia online, serviço valet, lava rápido e auditório. Entre seus diferenciais sustentáveis está a localização privilegiada integrada ao sistema de transporte público da cidade e com ampla oferta de comércio e serviços em seu entorno, o que reduz a dependência de meios de transporte individuais. Em 2013 o condomínio recebeu sua primeira certificação LEED EB:OM categoria Silver e em 2021 foi recertificado com a LEED O+M v4.1 em nível Gold, o que atesta sua operação e manutenção visando os menores custos operacionais.

Energia e atmosfera

As estratégias para a redução do consumo de energia elétrica abrangem o uso de Iluminação LED, medições dos sistemas e controles automatizados.

Eficiência no uso da água

O condomínio adota metais economizadores.

Gestão de resíduos

O condomínio conta com gestão adequada de seus resíduos sólidos e uma parte do material descartado é desviada de aterro sanitário por meio de coleta seletiva e reciclagem.

Redução de emissões com transporte

Localização privilegiada integrada ao sistema de transporte público da cidade e a ampla oferta de comércio e serviços em seu entorno,

garante ao condomínio características favoráveis à adoção de transporte alternativo por seus usuários, reduzindo a dependência de meios de transporte individuais.

Conforto e saúde dos ocupantes

São realizadas pesquisa anual de satisfação dos usuários e medições de contaminantes como TVOC e CO2 para garantir que a sua concentração esteja dentro dos limites permitidos. O arcondicionado utiliza fluidos de refrigeração que não danificam a camada de ozônio.

Projeto:

JK Financial Center

Cliente/proprietário:

JK Financial Center

Localização:

São Paulo, SP

Área construída:

18.127 m²

Construtora:

Cyrela

Incorporadora: Brazil Realty

Arquitetura:

Collaço e Monteiro Arquitetos Assoc. SOM - Skidmore, Owings & Merrill

Consultoria LEED:

Sustentech

Data da Certificação: Abril de 2021

Sistema e nível da certificação: LEED v4 O+M: EB nível Gold

EDIFÍCIO SUESTE PLAZA

A certificação como vantagem competitiva

De propriedade da Unicorp, o edifício Sueste Plaza está localizado no Itaim-Bibi, bairro de São Paulo servido por transporte coletivo e grande rede de comércio e serviços. Com cerca de 15 anos de idade, o prédio tem 16 lajes com dois conjuntos comerciais com áreas de aproximadamente 350 m2 cada. Ele apresenta uma arquitetura atual e marcante, com esquadrias de alumínio com silicone estructural glazing, vidros laminados de segurança refletivos e com características termoacústicas e imponente hall com pé-direito de 5,80 m. Entre seus diferenciais estão facilidades como salas de convenções, sala de reuniões coletiva, bicicletário e banheiro com chuveiros na garagem.

Em abril de 2021, o Sueste Plaza obteve o selo

LEED v4.1 O+M EB nível Ouro, certificação de operação e manutenção para edifícios

existentes. Esse é o primeiro empreendimento certificado da Unicorp. O primeiro passo foi realizar uma auditoria Ashrae que permitiu levantar e classificar as principais interferências do ponto de vista energético, necessárias para melhoria de seu desempenho, inclusive com custos de implementação e retorno a curto, médio e longo prazo. O empreendimento conta com metais sanitários economizadores e está implantando um sistema de medição de consumo individualizado.

Para a empresa, as diversas melhorias trazidas pela certificação agregaram novos valores construtivos ao edifício e o colocaram em patamar diferenciado em comparação com prédios similares da região, o que se refletiu no aumento do valor da locação por metro quadrado e em mais facilidade para o reajuste do aluguel.

Espaço sustentável

O Sueste Plaza está situado próximo a importantes avenidas paulistanas em um bairro que oferece completa e variada infraestrutura de serviços, com restaurantes, comércio, lazer e privilegiada rede de transporte público, o que contribui para a mobilidade urbana. Os diferenciais do edifício ainda incluem bicicletário e banheiro com chuveiros na garagem.

Eficiência no uso de água

Metais economizadores nas áreas comuns e privativas foram fundamentais para elevar a pontuação do empreendimento neste quesito e contribuíram para a certificação em nível ouro. Atualmente está em processo de instalação um sistema de medição individualizado que visa o melhor desempenho no futuro processo de recertificação.

Energia e atmosfera

Para assegurar elevado desempenho energético no processo de certificação, foi realizada uma auditoria para levantar e classificar as melhorias

necessárias e apontar os custos de implementação e retorno a curto, médio e longo prazo. As lâmpadas foram substituídas por LEDs, o que permitiu ao empreendimento alcançar escore de energia significativo.

Materiais e recursos

O condomínio realizou uma auditoria com objetivo de identificar todos os principais resíduos gerados, classificados por tipo e quantidade. Com isso conseguiu implementar metas de redução e uma gestão adequada, com engajamento de todos os ocupantes, alcançando uma pontuação acima da média local e global.

Qualidade ambiental interna

As soluções da gestão de limpeza e manutenção, controle de ruído e condições de qualidade do ar interno garantiram um índice de satisfação de 72% em experiência humana, percentual acima da média local e global. A envoltória com características termoacústicas contribui para o conforto dos ocupantes.

Projeto:

Sueste Plaza

Cliente/proprietário: Unicorp

Localização: São Paulo, SP

Área construída: 11 mil m²

Arquitetura: Botti Rubin

Consultoria LEED: StraubJunqueira

Data da Certificação: 16 de abril de 2021

Sistema e nível da certificação: LEED v4.1 O+M: EB nível Gold

AEROPORTO PRESIDENTE ITAMAR FRANCO

Aeroporto em MG é o primeiro do país a obter o selo LEED O+M Gold

O Aeroporto Presidente Itamar Franco, também conhecido como Aeroporto Regional da Zona da Mata, está localizado no município de Goianá, MG. Inaugurado oficialmente em 2011 pelo Governo de Minas Gerais, ele passou a ser administrado em 2014 pela Concessionária do Aeroporto da Zona da Mata (CAZM), formada pelas empesas Socicam e CBCE, em regime de Parceria Público-Privada.

A Socicam sempre busca incentivar a sustentabilidade na gestão de seus empreendimentos e a melhoria contínua faz parte da sua gestão. Apesar de a localização não ser privilegiada, a equipe de operações se preocupou ao máximo para conquistar o LEED O+M no nível Gold, sendo o primeiro aeroporto no Brasil com esta certificação. “A concessionária se antecipou e atingiu a pontuação do nível Gold em 2021, o que estava planejado somente para 2030”, afirma Flávio Santos, Superintendente

do Aeroporto. Segundo Marcelo Bisordi, Diretor da Divisão Aeroportos da Socicam, “alcançar padrões estruturais e operacionais elevados e apropriados para a obtenção da certificação LEED Gold, endossa o alto nível de desempenho obtido e afiança o compromisso da Socicam com a sustentabilidade na administração de seus aeroportos”.

O principal desafio enfrentado foi a necessidade de criação de um benchmark para estabelecer um critério de comparação energética. Esse trabalho levou em conta três outros aeroportos e, com base em seus desempenhos energéticos, foi possível estabelecer um baseline e uma meta de eficiência a ser atingida.

Como a implementação de diversas estratégias visando à diminuição do consumo energético, o aeroporto apresenta redução de consumo 43% acima da média. A economia de água e energia é refletida diretamente nos custos operacionais.

Energia e atmosfera

A adoção de ventilação natural eficiente em mais de 50% dos espaços internos reduziu significativamente o consumo energético do aeroporto. O aumento do fornecimento da iluminação natural e o uso de sistema de iluminação LED de alta eficiência também contribuíram para sua média de consumo 43% melhor do que o baseline. Estão previstos investimentos em painéis fotovoltaicos para geração de energia on-site.

Eficiência no uso de água Devido à dificuldade de adequar a infraestrutura existente, o empreendimento não realiza tratamento para reúso de água. No entanto, a adoção desse sistema faz parte dos planos de investimento da concessionária para os próximos anos. Após a substituição de todas as torneiras dos banheiros públicos e alguns dispositivos de uso privativo, o empreendimento alcançou economia de 43% de água.

Gestão de resíduos

A partir dos dados de uma auditoria de resíduos, foi

elaborada a logística de segregação e implementada política de doação dos recicláveis para catadores locais e funcionários interessados na reciclagem dos rejeitos. Uma composteira eletrônica transforma em adubo todo resíduo orgânico gerado pelo empreendimento. São desviados de aterros 96% dos resíduos recicláveis.

Redução de emissões com transporte

Pesquisa interna revela que 62% dos funcionários utilizam bicicletas, transporte público e carona solidária para chegar ao aeroporto.

Conforto e saúde dos ocupantes

O projeto foi pensado para reduzir a necessidade de ventilação mecânica por meio de janelas operáveis, pé-direito alto e utilização do efeito chaminé. Os ambientes mecanicamente ventilados contêm equipamentos de HVAC com controles independentes. Os usuários percebem os diferenciais de um empreendimento que utiliza critérios e estratégias sustentáveis.

Projeto:

Aeroporto Presidente Itamar Franco

Cliente/proprietário: SOCICAM

Localização:

Rodovia MG 353, km 38, Goianá, MG Área construída: 5315 m²

Consultoria LEED: Novva Solutions

Data da Certificação: 21 de julho de 2021

Sistema e nível da certificação: LEED v3 O+M: EB nível Gold

EDIFÍCIO BIRMANN 21

Recertificação foca eficiência operacional e design sustentável

O Birmann 21 é um edifício corporativo de padrão Triplo A, com 26 pavimentos e prédiogaragem, localizado no bairro de Pinheiros, em São Paulo. A torre foi inaugurada em 1996 e desde 2012 tem o selo LEED O+M nível Certified, atendendo padrões mundiais de gestão de sustentabilidade com eficiência energética, otimização no consumo de água e reciclagem de lixo.

Dando continuidade às ações de melhoria, a partir de 2018 foram executados diversos projetos visando aumentar a eficiência no consumo de recursos naturais a fim de minimizar custos e o impacto sobre o meio ambiente, o que resultou na recertificação

LEED O+Mv4 Recertification – em nível Gold, obtida em abril de 2021.

Entre as ações realizadas constam a renovação do sistema de irrigação, intensificação da coleta de água da chuva, que agora também é utilizada nas torres de resfriamento, e a substituição dos chillers convencionais por equipamentos mais eficientes e de excelente performance energética, que utilizam gás refrigerante de menor potencial de aquecimento global.

A operação dos sistemas prediais é 100% automatizada e a iluminação artificial emprega LEDs em todas as áreas do empreendimento. Os elevadores do complexo estão em processo de modernização tecnológica e terão velocidade de 7 m/s. O uso de drives regenerativos, combinados com iluminação LED, deve reduzir o consumo de energia em até 75% sob operação normal em comparação com sistemas convencionais.

Espaço sustentável

O empreendimento está localizado na Marginal Pinheiros e é interligado ao Terminal Intermodal de Pinheiros (trem, ônibus e metrô). Pesquisa realizada pelo Birmann 21 apontou que 67% dos respondentes utilizam meios de transportes alternativos para chegar ao local, o que garantiu 78,6% dos pontos na categoria de transporte da certificação.

Eficiência no uso de água

Durante o monitoramento, o Birmann 21 apresentou desempenho superior às médias nacionais e internacionais dos empreendimentos registrados na plataforma Arc Skoru. O edifício conta com poço artesiano e reservatório de 186 m³ para água da chuva. A renovação do sistema de irrigação incluiu a instalação de sensores.

Energia e atmosfera

O Birmann 21 cumpre os preceitos do PMOC (Lei nº 13.598/2018) e executa trabalho preventivo e preditivo em todo sistema de ar-condicionado. No sistema de climatização, os chillers convencionais foram substituídos por equipamentos mais eficientes e que utilizam gás de menor potencial de aquecimento global.

Materiais e recursos

Ações de conscientização e comunicação visual mantêm o engajamento dos locatários no processo de gerenciamento de resíduos. O monitoramento passou a considerar o peso e o tipo de resíduo, o que permite melhor análise da geração mensal, identificação de oportunidades de melhoria e o acompanhamento de indicadores. A central de resíduos perigosos e de resíduos sólidos urbanos foi reformada.

Qualidade ambiental interna O condomínio prioriza o uso de produtos certificados para o processo de limpeza e utiliza materiais à base de água e baixa concentração de compostos orgânicos voláteis. As análises para medição da qualidade do ar são realizadas semestralmente. Pesquisa entre os usuários apontou índice de satisfação de 94%, com destaque para a qualidade da limpeza, conforto térmico e iluminação natural.

Projeto:

Edifício Birmann 21

Cliente/proprietário:

PREVI – Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil e GTIS Partners

Localização:

São Paulo, SP

Área construída:

52.477 m²

Construtora:

Birmann

Arquitetura:

Skidmore, Owings and Merrill LLP e Kogan, Villar e Associados

Consultoria LEED:

CTE- Centro de Tecnologia de Edificações

Data da Certificação: 22 de abril de 2021

Sistema e nível da certificação: LEED v4 O+M Recertification nível Gold

EDIFÍCIO PÁTIO VICTOR MALZONI

Empreendimento é referência em práticas verdes, de convívio e acolhimento

Com a finalização das obras, em 2011, o Edifício Pátio Victor Malzoni logo se tornou um referencial arquitetônico não só na região da Nova Faria Lima, conhecida pela presença de modernos edifícios corporativos, como também na cidade de São Paulo. O prédio oferece áreas de convivência para o público externo e interno e tem uma das maiores lajes da América Latina, com até 5 mil m².

Projetado por Botti Rubin Arquitetos, o empreendimento associa em um mesmo terreno de 20 mil m2 uma arquitetura única com vidros semirrefletivos e as paredes de taipa de pilão restauradas da Casa Bandeirista do Itaim, datada do século 18 e tombada na década de 1980. No nível térreo, um grande vão livre de 30 m de altura e mais de 40 m de largura emoldura e destaca a construção histórica, mais uma característica singular do empreendimento.

Concebido visando às melhores práticas de eficiência energética e design sustentável em projeto, ele recebeu sua primeira certificação em 2013, na categoria LEED BD+C nível Silver. Após o início de sua operação, as práticas operacionais foram avaliadas a fim de atender às expectativas do mercado. A busca por melhorias constantes e a possibilidade de implementação das mais diversas tecnologias possibilitaram o uso eficiente dos recursos naturais, a minimização de impactos ambientais e otimização do conforto dos ocupantes.

A partir de 2015, os gestores passaram a investir em ações de gentileza urbana, mobilidade, consumo consciente, práticas de integração dos ocupantes e humanização dos espaços. O resultado desse trabalho de anos é traduzido pelas certificações LEED O+M Platinum, obtidas em 2019 e 2021.

Espaço sustentável

O edifício promove o urbanismo sustentável, permitindo a fluidez dos pedestres pela quadra, conectando as ruas do entorno e criando áreas públicas de qualidade. Também oferece vagas exclusivas para carros elétricos e híbridos, além de estrutura completa para funcionários e visitantes que usam bicicleta. Em 2021, mais de 54% dos ocupantes e visitantes chegaram ao edifício por meio de transportes alternativos.

Eficiência no uso de água

A Gestão da Água inclui sistema inodoro de tratamento das águas pluvial, condensada, cinza e negra, o que garantiu economia de cerca de 50% no consumo de água potável em 2021. Além disso, a ETE alivia a sobrecarga encaminhada para as usinas públicas de tratamento de esgoto. O edifício alcançou 11 de 15 pontos possíveis nesse quesito, superando as médias nacional e global dos empreendimentos monitorados pela plataforma Arc Skoru.

Energia e atmosfera

Elevadores com frenagem regenerativa, vidros de controle solar e persianas automatizadas nas fachadas, aproveitamento de luz natural e uso de lâmpadas LED reduzem o consumo de energia elétrica. Uma usina termoelétrica, com dois geradores a gás e dois a diesel, garante, praticamente, autossuficiência energética para o empreendimento.

Materiais e recursos Ações periódicas são realizadas visando não geração e tratamento de resíduos, redução de desperdício, logística reversa e redução de emissões. A correta segregação de resíduos garante maior aproveitamento do material pelas cooperativas, permite o monitoramento das quantidades e a rastreabilidade detalhada, compartilhando a responsabilidade e reduzindo o volume que chega aos aterros.

Qualidade ambiental interna O condomínio realiza periodicamente testes de qualidade do ar e a verificação da presença de dióxido de carbono e COVs.

Termostatos controlados pelos usuários permitem a regulagem da temperatura nas áreas privativas. Pesquisa de conforto apontou índice de satisfação de 93%, sendo os pontos mais elogiados a limpeza, a vista dos postos de trabalho para o exterior e a iluminação natural.

Projeto:

Condomínio Pátio Victor Malzoni

Cliente/proprietário:

Condomínio Pátio Victor Malzoni

Localização:

São Paulo, SP

Área construída:

167.694 m²

Construtora:

Brookfield Incorporações

Incorporadora:

Brookfield Incorporações

Arquitetura:

Botti Rubin Arquitetos

Consultoria LEED:

CTE- Centro de Tecnologia de Edificações

Data da Certificação:

18 de novembro de 2021

Sistema e nível da certificação:

LEED v4.1 O+M: EB nível Platinum

CONDOMÍNIO THE ONE

Recertificação atesta alto desempenho e reduz custos operacionais

The One é um edifício corporativo de padrão Triple A com projeto arquitetônico contemporâneo assinado por Itamar Berezin e construído entre 2011 e 2012. Composto por torre única, ele está localizado na Vila Olímpia, próximo das avenidas Brigadeiro Faria Lima e Juscelino Kubitschek, e oferece seis níveis de garagem e 10 lajes corporativas que podem ser divididas em até quatro escritórios por andar. Todos os pavimentos possibilitam a junção vertical e horizontal dos conjuntos, que têm áreas privativas variando de 213 m² a 1.100 m².

O empreendimento foi projetado em acordo com os conceitos mais atuais de sustentabilidade e apresenta performance de alto desempenho, o que garante menores custos operacionais e constitui uma exigência do mercado para edifícios comerciais

de alto padrão. Em 2013, logo após a construção, o edifício obteve sua primeira certificação, a LEED Core and Shell – Silver. Ele também conquistou em 2016 a LEED-EB:OM v2009 – Silver e, em 2021, a recertificação LEED O+M v4.1 Platinum, ambas com a consultoria da Sustentech.

Entre os diferenciais do edifício estão fachada em pele de vidro de alto desempenho termoacústico, gerador capaz de atender a 100% da demanda do empreendimento, sobrecarga da laje de 500 kg/m², bicicletário com vestiários exclusivos para ciclistas, infraestrutura para a instalação de sanitários privativos em todas as unidades e sistema de captação e armazenamento de água de chuva para uso na irrigação e como backup para os longos períodos de seca, quando é usada água potável nos jardins.

Energia e atmosfera

O edifício já continha sistemas elétricos, de iluminação e arcondicionado eficientes, bem como adotava processos de manutenção robustos desde sua primeira certificação EB:OM, em 2016. Ele também conta com gerador capaz de atender a 100% da demanda das áreas comuns e privativas e fachada em pele de vidro de alto desempenho termoacústico.

Eficiência no uso de água

Para atender aos quesitos da recertificação, o condomínio promoveu a substituição dos antigos metais sanitários por modelos economizadores, reduzindo o consumo de água potável. O empreendimento atende aos quesitos do LEED v4.1 e conta com sistema de captação e armazenamento de água de chuva para uso na irrigação e como backup para os longos períodos de seca.

Gestão de resíduos

Os resíduos são tratados por uma empresa especializada. Os materiais recicláveis são desviados de aterro sanitário.

Redução de emissões com transporte

Localização privilegiada integrada ao sistema de transporte público e oferta de comércio e serviços no entorno, asseguram ao condomínio características favoráveis à adoção de práticas de transporte alternativo por seus usuários, reduzindo a dependência de veículos individuais. O edifício oferece bicicletário e vestiário para ciclistas.

Conforto e saúde dos ocupantes

Foi realizada pesquisa de satisfação com os usuários e foram medidos os níveis de contaminantes TVOC e CO2 para garantir que suas concentrações ficassem abaixo do máximo permitido. O arcondicionado emprega fluidos de refrigeração que não danificam a camada de ozônio.

Projeto:

Condomínio The One

Cliente/proprietário:

Condomínio The One

Localização: São Paulo, SP

Área construída: 14 mil m²

Construtora: Odebrecht

Incorporadora:

Odebrecht Realizações

Arquitetura:

Itamar Berezin

Consultoria LEED:

Sustentech

Data da Certificação:

Dezembro de 2021

Sistema e nível da certificação: LEED v4.1 O+M nível Platinum

CONDOMÍNIO EDIFÍCIO TORRE SUL

LEED O+M para atender aos rigorosos padrões do mercado

O Condomínio Edifício Torre Sul é um empreendimento corporativo de alto padrão localizado na região da Avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini, na zona sul de São Paulo. Sempre atento às demandas do mercado imobiliário, o condomínio buscou a certificação LEED O+M em 2021 para melhorar sua operação e se alinhar com os mais atuais e rigorosos padrões exigidos pelos clientes interessados em edifícios de escritórios na região da Berrini.

Projetado por Botti & Rubin Arquitetos no início dos anos 2000, o edifício tem quase 19 mil m2 de área construída, dispõe de cobertura com mezanino e 15 pavimentos-tipo. As lajes têm área de 865 m2 e são divididas em dois conjuntos simétricos. A altura entre lajes é de 3,69 m e o pé-direito livre é de 2,80 m. A partir de 2017, o Torre Sul passou a comprar sua energia de fontes alternativas, resultando

em uma economia que se reflete diretamente na taxa condominial. A tarifação do consumo do ar condicionado é individualizada por conjunto e cada espaço locável tem sua própria casa de máquinas com fan-coils de 15 TR cada um, acusticamente isolados em sala revestida por resina especial e porta reforçada. Também foi implantada a medição individualizada do consumo de água, o que permite maior controle sobre desperdícios e vazamentos e ainda resulta em tarifas menores para os consumidores individuais. O uso de metais economizadores completa as medidas que visam à redução do consumo.

Com localização privilegiada em área servida por transporte público, ciclovia e ampla rede de comércio e serviços, o condomínio apresenta características favoráveis à redução da dependência do transporte individual.

GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 102

Energia e atmosfera

Os equipamentos de área comum e o ar-condicionado dos espaços locáveis ativos são monitorados remotamente 24 horas por dia. O sistema permite realizar ajuste de parâmetros, acionamento remoto, coleta de dados e tratativas de alarmes. Os principais sistemas são automatizados e tarifação do consumo de energia e arcondicionado é individualizada.

Eficiência no uso da água

As intervenções realizadas no empreendimento para obtenção da certificação LEED O+M incluíram a substituição de torneiras e válvulas sanitárias por metais economizadores a fim de reduzir o consumo de água potável. A tarifação do consumo de água é individualizada para cada locatário.

Redução de emissões com transporte

O empreendimento apresenta condições favoráveis à adoção de transporte alternativo por seus usuários, reduzindo a dependência de meios de

transporte individuais. Entre elas estão sua localização integrada ao sistema de transporte público e a ampla oferta de comércio e serviços em seu entorno.

Gestão de resíduos

O condomínio conta com gestão adequada de seus detritos sólidos e cerca de 40% dos resíduos gerados são desviados do aterro sanitário por meio de coleta seletiva e encaminhamento para reciclagem.

Conforto e saúde dos ocupantes

O condomínio realiza medições de contaminantes como TVOC e CO2 para garantir que sua concentração dentro dos limites permitidos. Termostatos espalhados pelos escritórios permitem medição e controle de temperatura interna, que é controlada pelo sistema de arcondicionado, com operação automatizada e controle pelo sistema supervisório. Também é realizada a pesquisa anual de satisfação dos usuários.

Projeto:

Condomínio Edifício Torre Sul

Cliente/proprietário:

Condomínio Edifício Torre Sul

Localização: São Paulo, SP

Área construída: 18.878 m²

Construtora: Engeform

Incorporadora: Engeform

Arquitetura: Botti Rubin Arquitetos

Consultoria LEED: Sustentech

Data da Certificação: 4 de dezembro de 2021

Sistema e nível da certificação: LEED v4.1 O+M nível Platinum

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ESCRITÓRIO SEDE CTE

Projeto traduz expertise e imagem de empresa

Situado no RM Square, edifício com certificação LEED na zona sul de São Paulo, o novo escritório sede do Centro de Tecnologia de Edificações (CTE) foi planejado para comportar todas suas unidades de negócio em cerca de 1.100 m² de área de carpete. A escolha de um empreendimento já com certificação LEED para o sediar o novo escritório garantiu que questões como qualidade do entorno já tivessem sido previamente analisadas e seus benefícios garantidos.

O design de interiores traduz sustentabilidade, inovação e tecnologia, baseado na expertise de três décadas de história do CTE, empresa com mais de 30 anos de atuação em consultoria e gerenciamento em qualidade, tecnologia, gestão, sustentabilidade e inovação para o

setor da construção. Pioneira em consultoria de sustentabilidade para a construção civil, a empresa atua em projetos LEED desde 2006.

O projeto obteve o LEED ID+C v4 – Gold, certificação que pode ser atribuída à gestão integrada de todas as disciplinas para implementar recursos que garantissem performance ambiental, econômica e operacional, além de saúde e bem-estar.

O escritório é repleto de exemplos da utilização dos materiais de maneira criativa e pouco óbvia, algo que tem estreita conexão com a visão e o jeito de atuar do CTE. Atrelada à sustentabilidade, a biofilia foi outra diretriz que acompanhou todo o desenvolvimento do projeto. Trata-se de um conjunto de estratégias de design para criar ambientes que favoreçam a conexão dos usuários com a natureza.

GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 104

Espaço sustentável

Situado em região servida por linhas de ônibus e metrô, além de ampla rede de comércio e serviços, o edifício oferece bicicletário e vestiários, vagas para veículos de baixa emissão e consumo e pontos de recarga para veículos elétricos. Vários dos colaboradores do CTE moram nas proximidades, o que reduz a pegada de carbono pelo uso do transporte individual.

Eficiência no uso de água

Foram instalados dispositivos de alto desempenho, incluindo bacias de duplo fluxo com vazão reduzida de 4,8 L e 3,2 L por acionamento, mictórios secos, torneiras de cozinha com vazão de 4,5 L/min e de sanitário com vazão de 1,8 L/min. A lavalouças tem eficiência equivalente aos equipamentos certificados Energy Star.

Energia e atmosfera

A redução de 29,5% no custo anual de energia decorre da adoção de recursos como condensadoras do tipo VRF a ar High-COP, iluminação 100% LED dimerizada e com sistema de gerenciamento e luminárias com drivers equipados com

pulsadores e sensores. O sistema de ar-condicionado tem controle individual ou via internet. A medição setorizada permite o monitoramento do consumo de energia por uso final.

Materiais e recursos

Os carpetes são certificados pela Carpet Rug Institute e parte deles é produzida com náilon obtido de linhas e redes de pesca retiradas dos oceanos. A escolha dos materiais considerou a seleção de empresas com engajamento socioambiental e compromissos claros com a sustentabilidade. A gestão de resíduos garantiu boa segregação e taxa de reciclagem de 98%.

Qualidade ambiental interna

A renovação de ar supera em 30% o requerido pela ASHRAE 62.1-2010. Há evaporadoras do tipo cassete em todas as áreas de escritório, com filtros de classificação G4. Nos dutos de ar externo, lâmpadas UGVI produzem peróxido de hidrogênio, que é um agente eficaz na eliminação de odor, fungos, bactérias e vírus. Sensores de CO2 foram instalados em todos os ambientais.

Projeto:

Escritório Sede CTE

Cliente/proprietário:

CTE- Centro de Tecnologia de Edificações

Localização:

São Paulo, SP

Área construída:

1.100 m²

Construtora: Lock

Arquitetura: Super Limão

Consultoria LEED:

CTE- Centro de Tecnologia de Edificações

Data da certificação: 28 de setembro de 2021

Sistema e nível da certificação: LEED v4 ID+C: CI nível Gold

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CIDADE DOS LAGOS

Primeiro bairro do Brasil com certificação LEED for Communities

Localizado em Guarapuava, PR, o Cidade dos Lagos é um loteamento que vem contribuindo para o desenvolvimento da cidade que tem aproximadamente 200 mil habitantes. São cerca de 3 milhões de m2, ocupados por edifícios residenciais e comerciais, o único shopping center do centrosul do estado, instituições de ensino, hospitais e estabelecimentos de saúde, centro de tecnologia e inovação, mercados e corpo de bombeiros. O bairro tem mais de 43 hectares de área verde preservada. Com capacidade para 30 mil moradores e um fluxo diário de mais de 15 mil pessoas, o Cidade dos Lagos foi projetado para oferecer qualidade de vida e explora conceitos de conectividade e acessibilidade, com calçadas largas, ruas com ciclovias ou ciclofaixas e um transporte púbico que integra o bairro ao município.

Entre as características mais marcantes do empreendimento estão o sistema de drenagem e

o conjunto de lagos para acumulação de águas pluviais, combinação que reduz os riscos de enchentes e de escassez hídrica.

Em outubro de 2021, o Cidade dos Lagos foi o primeiro bairro do Brasil a conquistar a certificação LEED for Communities – Gold, resultado de um processo iniciado em 2019 visando chancelar os conceitos de sustentabilidade e resiliência, que são dois dos pilares de seu desenvolvimento urbano. Para a incorporadora Cidade dos Lagos, responsável pelo empreendimento, implantar projetos em acordo com as normas de sustentabilidade representa a valorização dos imóveis, disseminação do conceito de desenvolvimento sustentável, redução dos consumos a fim de preservar recursos naturais e econômicos e o pioneirismo de ser a primeira a concretizar um bairro certificado no Brasil.

GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 106

Qualidade de vida

O Cidade dos Lagos tem altos índices de conectividade, garantindo o acesso a diversos recursos e serviços comunitários, ao mesmo tempo em que promove as atividades físicas em sua estrutura urbana. Essas características geraram um movimento de lansdcaping, em que o bairro é claramente um atrativo ao desenvolvimento local.

Sistemas naturais e ecologia

O bairro atende os índices mínimos de áreas verdes, estabelecido pela OMS em 12 m²/habitante, a fim de promover maior interação entre homem e natureza e favorecer a qualidade de vida. As obras realizadas na área do Cidade dos Lagos devem atender à cartilha de Controle de Erosão e Sedimentação para mitigar efeitos da poluição no entorno dos canteiros.

Transportes, uso de terra e facilidades para pedestres

O loteamento oferece facilidade de acesso aos recursos comunitários e incentiva a caminhada e o uso de meios de transporte não poluentes por meio de calçadas largas e acessíveis, ciclovias ou ciclofaixas

na totalidade das ruas, pontos de ônibus com bicicletários e carregadores de carros elétricos em vagas públicas.

Eficiência hídrica e energética

A disponibilidade de água é planejada por meio de um balanço hídrico considerando a vazão dos rios locais, a fim de reduzir os riscos de escassez no futuro e aliviar a possibilidade de enchentes ou alagamentos. A qualidade da água é acompanhada por meio de relatórios periódicos da concessionária local. A iluminação pública emprega LEDs e apresenta direcionamento dos feixes de luz para não atrapalhar a fauna noturna nem ultrapassar os limites do bairro.

Recursos naturais

Um destaque no projeto é o baixo índice de emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE) relacionados à operação. Estima-se a geração de 2,84 tCO2e/hab.ano, o que está abaixo de boa parte dos municípios do país. Existe no bairro um plano de conservação e restauração, recuperando áreas de preservação permanente a partir do plantio e recomposição da vegetação.

Projeto:

Cidade dos Lagos

Cliente/proprietário:

Cidade dos Lagos

Localização:

Guarapuava, PR

Área construída: 3 km²

Construtora: Diversas

Incorporadora:

Cidade dos Lagos

Consultoria LEED:

Forte Desenvolvimento Sustentável

Data da certificação: 1 de outubro de 2021

Sistema e nível da certificação: LEED v4.1 Communities nível Gold

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VIVAPARK PORTO BELO

Bairro é o primeiro no mundo a obter o selo LEED Platinum

Vivapark Porto Belo é um convite para sentir a vida com toda sua intensidade. Um conceito inovador de um bairro criado junto à natureza. Localizado em ponto estratégico da Costa Esmeralda, em Santa Catarina, une espaços de moradia, trabalho, educação, lazer e cultura, tudo isso com base em uma infraestrutura de alta tecnologia e sustentabilidade. O primeiro bairro parque do Brasil contará com mais de 138 mil m² de área verde, grandes lagos, praças e conceitos fundamentados no Novo Urbanismo. Com projeto urbanístico assinado pelo urbanista Jaime Lerner, o empreendimento já está com as obras de urbanização entrando em sua etapa final.

Recentemente, o Vivapark Porto Belo foi reconhecido internacionalmente pelo seu compromisso com práticas sustentáveis em urbanismo. O bairro é o primeiro no mundo a obter o selo LEED for Communities: Plan and Design nível Platinum, o mais elevado do sistema de certificação que é referência

mundial em sustentabilidade e meio ambiente. O empreendimento é da Vokkan, empresa que já nasceu alinhada às boas práticas no que diz respeito a questões ambientais, sociais e de governança (ESG). “Escolher um empreendimento com uma certificação desse porte é ter a garantia de um projeto que coloca a sustentabilidade como prioridade desde o estágio inicial de planejamento e construção. Além disso, é ter a certeza de morar com qualidade de vida sob diversos aspectos porque todos os itens avaliados pelo LEED podem ser sentidos na prática por cada morador do bairro a longo prazo”, comenta Roderjan Volaco, Presidente da Vokkan.

Além de buscar o selo LEED Communities para o empreendimento, a empresa também vem incentivando certificações de sustentabilidade para todas as edificações a serem construídas no Vivapark Porto Belo, reforçando o conceito sustentável do novo bairro.

GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 108

Espaço sustentável

As obras no bairro devem atender à cartilha de Controle de Erosão e Sedimentação para mitigar os efeitos de poluição no entorno dos canteiros. A área do parque dispõe de ampla conectividade, com ciclovias em toda a sua extensão, além de trilhas para caminhadas, calçadas com sombreamento e estações de carregamento de carros elétricos em vagas públicas.

Eficiência no uso de água

Existe a possibilidade de utilização de águas pluviais e reservas dos lagos para fins não nobres, como irrigação, limpeza e reservas de emergência. O bairro dispõe de estação própria para tratamento de esgoto a fim de evitar a contaminação do lençol freático e a sobrecarga do sistema público de coleta.

Energia e atmosfera

O empreendimento conta com sistemas e equipamentos eficientes de iluminação e bombas em toda a infraestrutura

pública. Existe a previsão de implantação de sistemas de geração de energia fotovoltaica nas coberturas de edifícios e algumas residências. As emissões atmosféricas são estimadas em 0,73 tCO2e/ habitante, bem abaixo da média nacional.

Materiais e recursos

Mais de 90% dos resíduos gerados na obra para implantação do bairro estão sendo reciclados ou reutilizados.

Inovação e processos

O empreendimento conta com grandes diferenciais de gestão e segurança, de forma a promover a qualidade de vida de seus moradores e a excelência na administração do bairro.

Projeto: Vivapark Porto Belo

Cliente/proprietário: Vokkan Urbanismo

Localização: Porto Belo, SC

Área de implantação: 450.818 km²

Construtora e Incorporadora: Vokkan Urbanismo

Arquitetura: Jaime Lerner Arquitetos Associados

Consultoria LEED: Forte Desenvolvimento Sustentável

Data da certificação: 18 de fevereiro de 2022

Sistema e nível da certificação: LEED v4.1 Communities nível Platinum

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LAGUNA, HÁ 25 ANOS

DESENVOLVENDO IMÓVEIS-ARTE COM FOCO NAS PESSOAS E NO MEIO AMBIENTE.

GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 110

Criar

Ao longo destes 25 anos, a nossa história pode confirmar: quanto mais o tempo passa, maior a nossa paixão por fazer diferente. Com arquitetura de vanguarda e DNA inovador, nossos imóveis-arte valorizam não apenas a vida de quem os habita, mas se preocupam com o meio ambiente e com a comunidade. Construímos o hoje sem deixar de pensar no amanhã, e é assim que cada empreendimento que criamos torna-se um legado inconfundível para a nossa cidade.

construtoralaguna.com.br

com alma, inovação e sustentabilidade é construir no presente sem deixar de pensar no amanhã.
GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 116

GBC BRASIL Certificações CASA & CONDOMÍNIO

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CASA JG

Residência urbana busca sustentabilidade e integração com o verde

O projeto da Casa JG, também chamada de Casa Treliça, buscou resolver com poucos elementos uma construção rápida e seca com estrutura metálica, laje steel deck e fechamentos em steel frame. Duas treliças metálicas posicionadas nas extremidades longitudinais do volume principal permitem um vão de 15 metros contínuos livre de apoios na área social. Uma terceira treliça, no sentido transversal da largura total do terreno, configura o volume suspenso da edícula de 14 metros de vão livre. Painéis de correr de vidro podem ser totalmente abertos para integrar os interiores com varanda, piscina e jardim. Menos de 20% da área do térreo tem vedações opacas, o que promove o aproveitamento visual ininterrupto do terreno e a sensação de amplitude potencializada pelo pédireito de 3 metros do pavimento térreo.

A residência incorpora estratégias de arquitetura bioclimática, como sombreamento por

dispositivos móveis, vegetação ou ângulos da volumetria, elementos translúcidos e de envoltória de baixa transmitância térmica, iluminação e ventilação natural e ventilação cruzada, aberturas zenitais e materiais com isolamento termoacústico. Seu projeto paisagístico visa a restauração da biodiversidade nativa. Também foram previstos plano de biofilia, plano de integração de obras de arte ao empreendimento, controle de ventilação, ambiente para atividades físicas e gerenciamento do espaço.

O sistema de placas fotovoltaicas gera 85% da energia consumida e o de aquecimento solar atende a 40% da demanda por água quente. A caixa d’água exclusiva para os vasos sanitários é abastecida pela cisterna de 20 mil litros que armazena água da chuva. A casa recebeu a certificação GBC Brasil Casa V2 no nível Prata.

GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 118

Espaço sustentável

A residência está localizada no Alto de Pinheiros, idealizado pela empresa de desenvolvimento urbano Cia. City como um bairrojardim. Predominantemente residencial, a região desfruta de espaços públicos arborizados, calçadas largas, facilidade de acesso e boa rede de comércio e serviços, condições que contribuem para a qualidade de vida de seus moradores.

Eficiência no uso de água

O projeto adotou fontes alternativas não potáveis para a alimentação das bacias sanitárias, sistema de irrigação e manutenção em geral. A cisterna enterrada sob a garagem da residência tem capacidade para 20 mil litros de água da chuva. Foi elaborado um plano de segurança da água.

Energia e atmosfera

Estratégias de arquitetura bioclimática promovem conforto térmico. Placas fotovoltaicas

geram 85% da energia elétrica consumida e 80% dos equipamentos instalados atendem ao nível A da etiqueta Procel. A iluminação externa automatizada reduz o dispêndio

energético. A casa conta ainda com tomada para carro elétrico e dois sistemas de aquecimento solar – um que garante 40% da demanda por água quente e outro exclusivo para a piscina.

Materiais e recursos

Foram especificados materiais ambientalmente preferíveis (Rotulagem Ambiental tipo II), incluindo 2,5% de materiais de reúso, 20% de materiais regionais e 20% de materiais recicláveis; 100% da madeira utilizada é legalizada. Dos resíduos da obra, 65% foram desviados de aterros e destinados à reciclagem ou reaproveitamento.

Qualidade ambiental interna

Sombreamento por dispositivos móveis, vegetação ou ângulos da volumetria, elementos translúcidos e de envoltória com baixa transmitância térmica, iluminação e ventilação naturais e ventilação cruzada, aberturas zenitais e materiais com isolamento termoacústico são estratégias de arquitetura bioclimática adotadas para garantir conforto e bem-estar nas áreas internas.

Projeto:

Casa Treliça (Casa JG)

Localização: São Paulo, SP

Área construída: 464 m²

Construtora: Schwartz Engenharia

Arquitetura: Terra Capobianco + Galeria Arquitetos

Consultoria: Flor Arquitetura e Sustentabilidade (Giuliana Renzetti)

Data da certificação: 27 de maio de 2021

Sistema e nível da certificação: GBC CASA nível Prata

119

CASA 3 M

Arquitetura baseada no tripé ambiental, social e econômico

Fundado por Marcio Kogan, o Studio MK27 foi um dos primeiros escritórios de arquitetura do Brasil a adotar o movimento green buildings e hoje conta com equipe, fornecedores e parceiros treinados para o desenvolvimento de projetos norteados por parâmetros ambientais, sociais e econômicos da sustentabilidade e pelo alto desempenho técnico das edificações. A Casa 3M é um exemplo desse trabalho.

Ela está localizada em área bastante desenvolvida, nas proximidades de um dos principais centros financeiros de São Paulo, e foi implantada em lote de aproximadamente 1.200 m2, com grande parte da área destinada a jardins. O fechamento envidraçado delimita o térreo, levando luz natural e o verde para o interior. Com fachada de concreto vazado em padrões geométricos, o volume superior parece suspenso no ar.

As decisões de projeto garantiram à residência a certificação GBC Brasil Casa V2 em nível Prata. A construção cumpre os requisitos do PBE EDIFICA para Transmitância Térmica, Ventilação Natural e Iluminação Natural. Paredes duplas e cegas de concreto com isolamento termoacústico, muxarabis de madeira e aba de concreto promovem conforto nas áreas internas. Materiais da cobertura com altos índices de refletância solar (SRI) contribuem para a redução do fenômeno ilha de calor. A geração de energia elétrica por fontes renováveis atende 13,61% da demanda; 70% do aquecimento de água utiliza fonte térmica solar. Foram adotados louças e metais sanitários de vazão restrita, sistema de irrigação eficiente, fontes hídricas alternativas para limpeza e manutenção dos jardins e plano de segurança da água.

GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 120

Espaço sustentável

Localizada em área desenvolvida, a residência é atendida por ampla rede de comércios, serviços e transporte. Foram elaborados plano de biofilia e de integração de obras de arte à casa, além da adoção do guia Saúde e Bem-Estar do GBC Brasil, controle de ventilação e espaço para atividades físicas. O solo foi descupinizado. O projeto é 100% adaptável para acessibilidade universal.

Eficiência no uso de água

Bacias sanitárias com acionamento duplo, torneiras e misturadores para lavatórios e cozinha com vazão de 3,5 L/ min e 7,65 L/min e chuveiros com vazão de 8 L/min reduzem o consumo de água potável.

Também foram adotados sistema de irrigação eficiente, fontes hídricas alternativas para limpeza e manutenção dos jardins e plano de segurança da água.

Energia e atmosfera

A geração de energia elétrica por fontes renováveis atende 13,61% da demanda e a

energia solar é responsável por 70% do aquecimento de água. A casa conta com sistema de iluminação eficiente e tomada para carro elétrico. O consumo de energia é 20% inferior ao do baseline.

Materiais e recursos

Foram adotados materiais locais, o que reduz a distância e a poluição do transporte. Toda a madeira aplicada é legalizada. Mais de 90,5% dos resíduos da obra foram desviados de aterros e destinados à reciclagem ou reaproveitamento.

Qualidade ambiental interna

O projeto cumpriu os requisitos do PBE Edifica para Transmitância Térmica, Ventilação Natural e Iluminação Natural, o que garante o bom desempenho da edificação e mais conforto e bem-estar nas áreas internas. A vista para os jardins torna os interiores mais agradáveis.

Projeto:

Residência 3M

Localização: São Paulo, SP

Área construída: 1.690 m²

Construtora: Alle Engenharia

Arquitetura:

Studio MK27

Consultoria:

CTE- Centro de Tecnologia de Edificações

Data da certificação: 29 de setembro de 2021

Sistema e nível da certificação: GBC CASA nível Prata

121

ECOHAUS MARISCAL

Residência sustentável ganha mais valor de mercado

Implantada em Sinop, MT, a residência Ecohaus Mariscal foi projetada pelo arquiteto Marlon Leão, do escritório Ecohaus Construção Sustentável, com o objetivo de criar uma vitrine de sustentabilidade na região. O imóvel foi comercializado em apenas 15 dias por um preço acima do valor de mercado e o escritório acusou o crescimento das consultas sobre projetos de residências sustentáveis. A engenheira civil Úrsula Rigon, também da Ecohaus, assina o projeto de engenharia e a consultoria de sustentabilidade, realizada em conjunto com uma equipe multidisciplinar.

A Ecohaus Mariscal foi certificada em nível Platina e atingiu a maior pontuação já registrada no GBC Casa – 91 pontos dentre 110 possíveis. Ela incorpora estratégias passivas e ativas da eficiência energética, como arquitetura bioclimática e ar-condicionado de alta eficiência,

e possui sistema fotovoltaico que atende 100% da demanda por energia. A casa cumpre todos os requisitos do PBE Edifica para transmitância térmica, ventilação natural e iluminação natural em nível A. Ela também alcançou o grau mais alto de desempenho da NBR 15575 e o nível A da etiqueta Procel. O sistema de aquecimento solar garante água quente a todos os pontos de consumo, incluindo a piscina. O coeficiente de permeabilidade de águas pluviais é de 69%, contra os 21% exigidos.

A eficiência hídrica é dada por dispositivos com restritores de vazão e sistema de reúso de águas cinzas claras, que é tratada e direcionada para bacias sanitárias e para o sistema de irrigação eficiente com componentes modernos, como mangueira microporada aquadrop e sensores de umidade. A casa é 100% acessível para cadeirantes.

GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 122

Espaço sustentável

A residência foi implantada no Condomínio Carpe Diem Resort, que oferece diferentes recursos para promover a qualidade de vida de seus moradores. Entre eles estão amplas áreas verdes, parque aquático com mais de 1 mil m2 de piscinas, quadras esportivas, spa, academia, estúdio de pilates e espaço gourmet.

Eficiência no uso de água

O projeto aplicou diversas estratégias que garantiram redução do consumo de água em torno de 40%. Foram utilizados metais e bacias de vazão restrita e 5 hidrômetros para medição de consumo. Uma estação de tratamento permite o aproveitamento das águas cinzas nos vasos sanitários e no sistema de irrigação eficiente, que funciona por sensores de umidade.

Energia e atmosfera

O sistema fotovoltaico com 24 painéis (48 m2) atende 100% da demanda de energia e tomada para carro elétrico. Estratégias de arquitetura bioclimática asseguram as melhores condições de ventilação cruzada e de iluminação e ventilação

naturais, reduzindo ao mínimo a necessidade de uso do sistema de ar-condicionado com VRF dutado, que é de alta eficiência.

Materiais e recursos

A metodologia dos três R’s da sustentabilidade (reduzir, reusar, reciclar) permitiu que 96% dos resíduos fossem desviados de aterros sanitários. Foram utilizados materiais de com Rotulagem Ambiental do tipo I, II e III e tintas com baixos teores de compostos orgânicos voláteis. As madeiras temporárias apresentaram Guia Florestal e as permanentes têm o selo FSC.

Qualidade ambiental interna

Para garantir mais saúde, conforto e bem-estar aos moradores foram incorporados plano de biofilia, sistemas de exaustão para cozinha, banheiros e garagem e de renovação do ar nos dormitórios. Também foram adotados lâmpadas de emergência, sistemas de cromoterapia e UV para ar e todos os pontos de consumo de água e esquadrias de alto desempenho termoacústico, importadas da Alemanha.

Projeto: Ecohaus Mariscal

Localização: Sinop, MT

Área construída:

360 m²

Construtora: Proeng

Arquitetura: Ecohaus Construção Sustentável –Arquiteto Marlon Leão

Consultoria: Ecohaus Construção Sustentável –Engenheira civil Úrsula Rigon

Data da certificação: 4 de março de 2022

Sistema e nível da certificação: GBC CASA nível Platina

123

RESIDÊNCIA FM 136

Projeto pensado para atender premissas de sustentabilidade

Assinado por JAA Arquitetura e Miguel Aflalo, o projeto da Residência FM 136 foi pensado com o propósito de atender premissas de sustentabilidade e conquistou a certificação GBC Casa em nível Platinum, atingindo a marca de 90 pontos.

A fachada reflexiva e ventilada proporciona conforto térmico às áreas internas. Placas fotovoltaicas e solares na cobertura respondem pela geração de energia e pelo aquecimento solar da água, trazendo economia anual de 75,4% no consumo de energia elétrica fornecida pela concessionária. Todos os hidrossanitários e metais são de baixa vazão, contribuindo para a redução da demanda por água potável. Além disso, a casa conta com sistema de captação e aproveitamento da água da chuva, que é destinada à irrigação por gotejamento e às bacias sanitárias. Essa água é captada na cobertura e

fica armazenada em uma cisterna de 10 mil litros de capacidade. O gerenciamento é feito pelo sistema de telemetria e conta com submedidores que garantem maior controle. Com esse conjunto de estratégias, a demanda por água potável para irrigação foi zerada e a economia interna ficou em aproximadamente 30%.

O sistema estrutural combina madeira e concreto e 95% da infraestrutura da edificação é acessível. A base da residência recebeu tratamento preventivo conta cupins. Realizada com responsabilidade socioambiental, a obra empregou materiais com Declaração Ambiental de Produto (DAP) e madeiras de origem certificada pelo selo FSC. A Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) aponta que a residência tem uma economia anual de 40,5% na emissão de carbono por usuário e de 35,2% em 60 anos. O projeto foi desenvolvido com a metodologia BIM.

GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 124

Espaço sustentável

A construção da Residência FM 136 replicou ações de boa vizinhança, impedindo ruídos constantes, mantendo as calçadas limpas e evitando que resíduos da obra vazassem para fora do perímetro estipulado. A casa está localizada em São Paulo, em bairro com boa infraestrutura, transporte público e variados comércios e serviços que podem ser acessados a pé pelos moradores.

Eficiência no uso de água

Foram especificados hidrossanitários e metais de baixa vazão. O sistema de aproveitamento de água da chuva atende às bacias sanitárias e à irrigação por gotejamento dos jardins. Com a aderência a esses métodos, o consumo interno de água potável foi reduzido em cerca de 30% e essa demanda para irrigação foi zerada.

Energia e atmosfera

Painéis fotovoltaicos para geração de energia e placas solares para aquecimento de água trouxeram economia anual de 75,4% no consumo de energia elétrica fornecida pela concessionária. Todos os tipos

de consumo são gerenciados por um sistema de telemetria que garante maior controle contra perdas e desperdícios. A casa tem infraestrutura para ar condicionado mas não tem o sistema instalado.

Materiais e recursos

O projeto deu preferência a materiais com Declaração Ambiental de Produto (DAP) e madeiras com certificação FSC. Também foram empregados materiais locais, o que contribui para o comércio local e evita a poluição gerada pelo transporte ao longo de grandes distâncias. A totalidade dos resíduos da obra foi desviada de aterros e encaminhada para reaproveitamento ou reciclagem.

Qualidade ambiental interna Durante as obras foram adotadas medidas como proteção dos dutos de ar condicionado e de materiais que podem soltar particulados, armazenamento de produtos tóxicos em local adequado ou a proibição do fumo no canteiro. A casa dispõe de medidores da qualidade do ar e de medidores de temperatura em tempo real ligados ao sistema de telemetria.

Projeto:

Residência FM 136

Cliente/proprietário:

Miguel Aflalo

Localização:

São Paulo, SP

Área construída:

459,87 m²

Construtora:

CPA

Arquitetura:

JAA Arquitetura + Miguel Aflalo

Consultoria:

StraubJunqueira

Data da certificação: 6 de julho de 2022

Sistema e nível da certificação: GBC CASA nível Platina

125

ARBO CABRAL

Arquitetura focada em conceitos sustentáveis

O edifício residencial de alto padrão Arbo Cabral é uma realização da MGDP Incorporações, que desde 2018 busca o selo LEED para seus projetos como forma de chancelar os conceitos de sustentabilidade que aplica em seus empreendimentos. Certificada com o selo GBC Condomínio nível Ouro, a torre de 24 pavimentos com unidades de 240 m2 e 379 m2 está situada no Cabral, bairro de Curitiba com localização estratégica, servido por grandes centros comerciais, linhas de transporte coletivo e equipamentos urbanos de referência na cidade.

O edifício de linhas contemporâneas reúne diversos recursos que contribuem para a sustentabilidade do empreendimento, como estudo termoacústico para assegurar as melhores condições ao projeto, vidros Low-e que garantem maior desempenho térmico nas áreas internas ou ainda área verde no espaço de lazer da cobertura, configurando um telhado verde.

Além disso, a edificação conta também com atributos que propiciam mais conforto aos moradores e colaboram para redução do consumo de energia. Entre eles estão a fachada principal voltada para o norte, caixilhos piso-teto que privilegiam a iluminação natural e esquadrias do tipo structural glazing para oferecer melhor vedação e isolamento acústico. Outro item de destaque é o piso aquecido nos banheiros para aumentar o conforto térmico, uma vez que Curitiba é a capital mais fria do país. No quesito Eficiência no Uso da Água o empreendimento alcançou 27,4% de redução no consumo. As soluções adotadas incluem medição setorizada e captação e filtragem da água da chuva para uso na limpeza do condomínio e em sistemas de irrigação eficiente que atende às áreas comuns e às varandas dos apartamentos.

GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 126

Espaço sustentável

Durante a obra foram implementadas no canteiro medidas de controle de erosão e sedimentação a fim de minimizar os impactos sobre o entorno. O empreendimento está em uma região atendida por centros comerciais, escolas, bancos, mercados e linhas de transporte coletivo, condição que favorece a mobilidade urbana.

Eficiência no uso de água

O Arbo Cabral obteve créditos relativos a Uso Eficiente de Água – Otimizado, Medição Setorizada do Consumo de Água, Uso de Fontes Alternativas Não Potáveis e Plano de Segurança da Água, combinação que assegurou economia de 27,4% no consumo. Um hidrômetro controla a utilização da água de reúso e o paisagismo com espécies nativas requer menos irrigação.

Energia e atmosfera

O projeto arquitetônico empregou recursos que asseguram o melhor desempenho da envoltória e reduzem o consumo de energia com sistemas de iluminação e ar-condicionado.

O empreendimento obteve os créditos Iluminação Artificial – Otimizada, Equipamentos Eletrodoméstico Eficientes e Medição Básica de Energia. Somadas, essas medidas trouxeram economia de energia de 30,3%.

Materiais e recursos

Foram utilizadas madeiras permanentes com selo FSC, materiais com selo ambiental ISO 14024 ou Declaração Ambiental de Produto, além de itens recicláveis. O custo de produtos regionais correspondeu a 27% do total. Mais de 99% dos resíduos da obra foram reaproveitados ou reciclados e o restante foi encaminhado para descarte em locais licenciados.

Qualidade ambiental interna

A fim de preservar a saúde dos ocupantes e dos colaboradores da obra, foram especificados tintas, selantes e colas com baixa emissão de compostos orgânicos voláteis. O controle da temperatura ambiental emprega sistema de aquecimento, ventilação e ar condicionado de fluxo variável. O sistema de ar-condicionado não utiliza gás refrigerante com CFC.

Projeto:

Arbo Cabral

Cliente/proprietário:

MDGP Incorporadora

Localização:

Curitiba, PR

Área construída:

8.398,70 m²

Construtora:

Huma Engenharia

Incorporadora:

MDGP Incorporadora

Arquitetura:

Smolka Arquitetura

Consultoria:

Forte Desenvolvimento Sustentável

Data da certificação: 25 de março de 2021

Sistema e nível da certificação: GBC CONDOMÍNIO nível Ouro

127

ROC BATEL

Certificação no segmento de altíssimo padrão

O ROC Batel é um condomínio residencial de altíssimo padrão implantado no Batel, bairro nobre de Curitiba. O edifício é uma realização da Laguna, construtora com mais projetos sustentáveis no sul do país.

Livre de muros ou grades, o empreendimento integra o espaço público ao privado, evitando a indesejável imagem de fortaleza mas sem prejuízo da segurança. São 32 unidades entre 105 m2 e 312 m2 nos conceitos penthouses e open concept, sem planta padrão, o que permite o livre uso do espaço conforme as necessidades e o estilo de vida dos moradores. A maioria dos apartamentos possui pé-direito mínimo de três metros e alguns deles têm ambientes com altura dupla.

Entre os diferenciais do ROC Batel está o projeto termoacústico personalizado para cada uma das residências, desenvolvido com base em simulação energética. Esse estudo assegurou o melhor

dimensionamento de vidros e esquadrias para cada unidade a fim de reduzir ruídos, garantir temperaturas agradáveis ao longo do ano e oferecer máxima eficiência energética. A caixilharia piso-teto é combinada a vidros laminados ou insulados, variando conforme a orientação solar. Esses grandes planos de vidro promovem farta iluminação natural nos espaços internos e distinguem as fachadas no entorno, constituindo mais um ponto de destaque para o edifício. Os benefícios previstos incluem redução de 27% no uso do sistema de ar-condicionado.

A preocupação com o conforto termoacústico também se traduziu em paredes duplas e lajes com manta acústica entre as unidades, portas de entrada maciças e com lâmina retrátil inferior para vedação acústica e piso aquecido com termostato digital e controle individual nos banheiros de todas as suítes.

GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 128

Espaço sustentável

O Batel é um bairro nobre na região central de Curitiba com calçadas amplas e arborizadas e diversas opções de comércio, serviços e entretenimento. O empreendimento incentiva o uso de meios de transporte alternativos por meio de carregadores para carros elétricos na garagem e disponibiliza uma bicicleta para uso compartilhado entre os moradores.

Qualidade de vida

A biofilia está presente nas áreas comuns do edifício, especialmente em sua praça central com muito verde, madeira e espelhos d’água, projetada em volta de uma araucária centenária. Espaços de lazer e horta contribuem para a qualidade de vida. Sensores de monóxido de carbono na cozinha e churrasqueira das unidades e do salão de festas garantem boas condições ambientais. O previsto é reduzir em 40% os casos de alergias e outras doenças associadas à qualidade do ar.

Eficiência no uso de água

Foram especificados metais e bacias sanitárias de baixo consumo e sistema de

irrigação eficiente. As unidades contam com sistema de aquecimento central de água com recirculação. O consumo de água potável no condomínio é 11,2% menor que o do baseline.

Energia e atmosfera

Desenvolvido com base em simulação energética, o projeto termoacústico assegura o melhor dimensionamento de vidros e esquadrias para diminuir ruídos e garantir temperaturas agradáveis ao longo do ano. O previsto é reduzir o uso do arcondicionado em 27%. Brises móveis e farta iluminação natural contribuem para o consumo de energia 20,3% inferior ao do baseline.

Materiais e recursos

A especificação de materiais deu preferências a produtos regionais a fim de reduzir a distância e a poluição do transporte. Toda madeira utilizada na obra é legalizada. Mais de 97% dos resíduos da construção foram desviados de aterros e destinados à reciclagem ou reaproveitamento.

Projeto:

ROC Batel

Cliente/proprietário:

Construtora Laguna

Localização:

Curitiba, PR

Área construída:

8.164 m²

Construtora:

Laguna

Incorporadora:

Laguna

Arquitetura:

Baggio & Schiavo

Consultoria:

Petinelli

Data da certificação: 17 de setembro de 2021

Sistema e nível da certificação: GBC CONDOMÍNIO nível Ouro

129

MYRÁ ALPHAVILLE

Arquitetura focada em conceitos sustentáveis

Empreendimento da MPD Engenharia com incorporação da Helbor, o Myrá Alphaville recebeu no início de 2022 a certificação GBC Condomínio em nível Verde. A conquista se deve ao cumprimento de uma série de pré-requisitos que visam garantir eficiência e sustentabilidade à construção e conforto e bem-estar aos moradores.

As medidas adotadas para a economia de energia incluem o uso nas áreas comuns de equipamentos de ar condicionado mais eficientes, com selo Procel A, e iluminação LED. O resultado é uma redução de consumo de 20,67% em comparação com um edifício que segue a norma de eficiência energética do PBE Edifica. O empreendimento também incorpora recursos para reduzir o consumo de água potável, entre eles, louças e metais sanitários de vazão restrita, sistema de aproveitamento da água da chuva para irrigação

dos jardins e paisagismo com espécies nativas, o que reduz a necessidade de regas. Com uma arquitetura que prioriza o bem-estar e a qualidade de vida dos moradores, o Myrá Alphaville assegura ventilação e iluminação naturais e bons níveis de conforto termoacústico a todas as unidades. Entre os diferenciais do edifício estão as amplas vistas panorâmicas da região. As unidades de 313 m² trazem o conceito de varanda double view, caracterizado por dois terraços com vistas opostas que garantem ângulo de visão de 360 graus. Nas unidades de 410 m², os terraços têm 16 metros de extensão.

A exaustão mecânica das garagens é controlada por sensor de monóxido de carbono, evitando danos à saúde das pessoas. Durante as obras, a correta separação de materiais desviou de aterros sanitários 91,12% dos resíduos gerados. Metade da madeira utilizada tem o selo FSC.

GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 130

Qualidade de vida

Áreas comuns com bosque, espaço fitness, quadras esportivas, piscinas, sauna, sala de massagem e estúdio de pilates ajudam os moradores do Myrá Alphaville a cuidar da saúde e a ter qualidade de vida. As características da envoltória garantem às unidades bons níveis de conforto térmico, acústico e lumínico.

Transportes, uso de terra e facilidades para pedestres

O edifício está localizado no centro de Alphaville, em Barueri, SP. Com amplas áreas verdes, o condomínio disponibiliza centro comercial com várias opções de lojas e serviços.

Eficiência hídrica e energética Áreas comuns com equipamentos de ar condicionado mais eficientes e iluminação LED permitiram redução de 20,67% do consumo de energia em comparação com um edifício que segue a norma de eficiência energética do PBE Edifica. Louças e metais economizadores, sistema de aproveitamento da água da chuva e paisagismo com espécies nativas mitigam o consumo de água potável.

Projeto: Edifício Myrá Alphaville

Cliente/proprietário: MPD Engenharia

Localização: Barueri, SP

Área construída: 31,2 mil m²

Construtora: MPD Engenharia

Incorporadora: MPD Engenharia

Arquitetura: LE Arquitetos

Consultoria:

CTE- Centro de Tecnologia de Edificações

Data da certificação: 1 de janeiro de 2022

Sistema e nível da certificação: GBC CONDOMÍNIO nível Verde

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VILLA DI TONDO

Mais qualidade de vida e menos custos operacionais

Geração de energia renovável, praça verde na cobertura e aproveitamento da água da chuva são algumas das características que asseguraram a certificação GBC Condomínio em nível Verde ao residencial Villa Di Tondo, primeiro edifício do Rio Grande do Sul a conquistar o selo. Localizado em Bento Gonçalves, o empreendimento é da MPA Incorporadora e oferece 50 unidades de dois dormitórios com áreas entre 66 m2 e 86 m2 distribuídas por 13 pavimentos.

Seu projeto focado na sustentabilidade trouxe resultados que favorecem a qualidade de vida dos moradores e se refletem diretamente na redução de custos operacionais.

O sistema fotovoltaico instalado gera 113% da energia elétrica consumida nas áreas comuns, que contam com medição setorizada para bombas de recalque e elevadores. Todas as lâmpadas ou luminárias utilizadas possuem selo Procel ou Inmetro e eficiência superior a 75 lm/W. Materiais de pavimentação e de cobertura apresentam

altos índices de refletância solar (SRI). Aliados à praça verde na cobertura, eles contribuem para reduzir o efeito ilha de calor.

As estratégias para diminuição da demanda por água potável abrangem medidores individualizados, sistema de captação de água da chuva e especificação de bacias sanitárias com acionamento duplo, além de torneiras e misturadores para lavatórios com vazão restrita. Também foi realizado um plano de segurança da água.

As boas práticas sociais para projeto e obra adotadas incluíram ações visando a Capacitação Profissional dos Empregados e a Educação para a Gestão de Resíduos de Construção e Demolição (RCD), o que se refletiu no índice de 97,2% dos resíduos da obra desviados de aterros e destinados à reciclagem ou reaproveitamento. A equipe de projeto contou com um Profissional Acreditado GBC Brasil Casa & Condomínio auxiliando todo o processo da certificação.

GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 132

Espaço sustentável

Localizado na região central de Bento Gonçalves, o empreendimento conta com boa infraestrutura de comércio, serviços e transportes e tem fácil acesso a bases comunitárias ao ar livre e abertas ao público. O edifício oferece praça verde na cobertura com opções de lazer aos moradores, tomada para carros elétricos na garagem, horta e área verde com árvores frutíferas.

Eficiência no uso de água

Para reduzir a demanda por água potável foram adotados recursos como medidores individualizados, sistema para captação e aproveitamento de água da chuva para uso em limpeza e irrigação, paisagismo com espécies nativas, especificação de bacias sanitárias com acionamento duplo e metais sanitários de vazão restrita. Também foi elaborado um plano de segurança da água.

Energia e atmosfera

O sistema fotovoltaico instalado gera 113% da energia elétrica consumida nas áreas comuns. A iluminação adota lâmpadas

LED com selo Procel ou Inmetro e eficiência superior a 75 lm/W. A envoltória de alto desempenho garante boas condições térmicas às unidades, garantindo conforto e reduzindo a necessidade de uso do sistema de ar-condicionado.

Materiais e recursos

A especificação de materiais deu preferências a produtos regionais a fim de reduzir a distância e a poluição do transporte. Toda madeira utilizada na obra é legalizada. Mais de 97% dos resíduos da construção foram desviados de aterros e destinados à reciclagem ou reaproveitamento.

Qualidade ambiental interna

Caixilhos de PVC com textura madeirada e vidros duplos garantem conforto termoacústico para as unidades. A garagem é equipada com sensores permanentes para detecção de monóxido de carbono.

Projeto:

Condomínio Residencial Villa Di Tondo

Cliente/proprietário:

MPA Incorporadora

Localização:

Bento Gonçalves, RS

Área construída:

7.905 m²

Construtora: MPA Incorporadora

Incorporadora: MPA Incorporadora

Arquitetura:

Renata Salvadori Possebon

Consultoria:

Conceito P Estúdio (Paula da Silva Pereira - ME)

Data da certificação: 11 de abril de 2022

Sistema e nível da certificação: GBC CONDOMÍNIO nível Verde

133

ALAMEDA JARDINS

Residencial de alto padrão combina conforto e sustentabilidade

O Alameda Jardins é o primeiro edifício residencial da cidade de São Paulo a conquistar a certificação GBC Condomínio em nível Ouro. Localizado a cerca de 50 metros da estação Oscar Freire do metrô, o empreendimento de alto padrão é da Tishman Speyer e tem projeto arquitetônico de aflalo/gasperini, design de interiores de Carlos Rossi e paisagismo de Pamela Burton em parceria com Sergio Santana.

O projeto foi desenvolvido para oferecer o melhor nível de desempenho térmico, acústico e lumínico em cada unidade, resultando em ambientes com níveis de qualidade e conforto que contribuem para a saúde e o bem-estar de seus moradores, aspecto considerado fundamental para a certificação.

Entre seus diferenciais estão as varandas com vegetação, o que proporciona o sombreamento da fachada e a redução da carga térmica dos ambientes, além de auxiliar na restauração do microclima, reduzindo o efeito ilha de calor. Seu

sistema de aquecimento solar é capaz de suprir 82,3% da demanda de energia necessária para aquecer a água das unidades e das áreas comuns. Além de reduzir o consumo, a limitação das vazões de água permitiu a adoção de um sistema predial hidrossanitário com tubulações de menor diâmetro, impactando diretamente nos custos de implementação do sistema. Cada unidade residencial tem medidor individual de água potável e todos os hidrômetros permitem a medição remota em acordo com os padrões do sistema ProAcqua, da Sabesp. O empreendimento conta ainda com sistema pressurizado de aproveitamento de água da chuva, que é destinada à irrigação e à limpeza geral.

Doze unidades do edifício estão registradas para fazer o processo de certificação GBC Life, novo referencial técnico sobre como as reformas podem tornar uma casa ou apartamento mais sustentável e confortável.

GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 134

Espaço sustentável

O Alameda Jardins está localizado em área com ampla rede de infraestrutura e serviços. Para reduzir o efeito ilha de calor foram utilizados materiais de pavimentação e de cobertura com altos índices de refletância solar e telhado verde. Durante as obras, a Tishman Speyer protegeu o entorno com medidas para o controle de erosão, sedimentação e geração de poeira.

Eficiência no uso de água

Entre as estratégias para redução do consumo de água em 13,4% em relação ao baseline estão bacias sanitárias com acionamento duplo e torneiras, misturadores e chuveiros de vazão controlada. Medidores individuais permitem gerenciar o consumo de água potável em cada unidade. O paisagismo com espécies nativas diminui a demanda de água para irrigação. Foi implementado Plano de Segurança da Água.

Energia e atmosfera

Vidros e caixilhos de alto desempenho garantem uma envoltória eficiente e capaz de promover iluminação e ventilação naturais. As floreiras nos terraços ajudam a reduzir a carga térmica no interior das

unidades. Nas áreas comuns, as lâmpadas LED são ativadas por sensores e 100% dos pontos de luz têm selo PROCEL. O consumo energético do edifício é 21,56% inferior ao do baseline.

Materiais e recursos

A equipe de projeto especificou o uso de materiais com Declaração Ambiental de Produto (DAP) e de baixa emissão de COV. A correta segregação de resíduos permitiu que 81,64% dos descartes da obra fossem desviados de aterros e destinados a reaproveitamento ou reciclagem.

Qualidade ambiental interna

O desempenho térmico, acústico e lumínico em cada unidade resulta em ambientes com níveis de qualidade e conforto que contribuem para a saúde e o bem-estar de seus moradores. Os índices de luminância natural nas unidades asseguram conforto lumínico que atende ao nível superior da norma de Desempenho ABNT NBR 15575. Os níveis de conforto térmico e acústico correspondem ao padrão intermediário da mesma norma.

Projeto: Edifício Alameda Jardins

Cliente/proprietário:

Tishman Speyer

Localização: São Paulo, SP Área construída: 31.670,37 m²

Construtora: Tishman Speyer

Incorporadora: Tishman Speyer

Arquitetura: aflalo/gasperini

Consultoria:

Forte Desenvolvimento Sustentável

Data da certificação: 9 de julho de 2022

Sistema e nível da certificação: GBC CONDOMÍNIO nível Ouro

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- ANUÁRIO 2022
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GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 140

GBC BRASIL Certificações ZERO ENERGY

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COLÉGIO ADVENTISTA SÃO JOSÉ DOS PINHAIS

Rede de escolas é pioneira na certificação Zero Energy

O Colégio Adventista São José dos Pinhais faz parte da União Sul-Brasileira da Educação Adventista (USB-IASD), instituição signatária do WorldGBC’s Net Zero Carbon Commitment e que desde 2017 vem executando a modernização de suas unidades com o objetivo de zerar suas emissões de carbono, atingir o patamar Zero Energia, reduzir custos operacionais e direcionar os recursos disponíveis para a educação.

Com um investimento de R$ 12 milhões, obtidos por meio do Programa de Eficiência Energética da Copel, a USB vem implantando sistemas de geração de energia renovável e substituindo os sistema de iluminação e ar-condicionado de suas escolas por equipamentos mais eficientes.

Localizado em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, o Colégio Adventista São José dos Pinhais é uma das três unidades que já conquistaram a certificação GBC Brasil Zero Energy. Para alcançar esse objetivo, a escola

agora conta com um sistema de geração de energia de 116,83 kWp de potência instalada (354 módulos de 330 Wp) que gera anualmente 150.315 kWh, contra um consumo de 123.380 kWh por ano.

O processo ainda incluiu a substituição de 1114 fluorescentes tubulares por LEDs. Assim, a escola passou a consumir 53% menos de energia com a iluminação dos espaços, o que reduziu o consumo total em 17%.

Projeto: Colégio Adventista Bom Retiro

Cliente/proprietário: Instituição Adventista Sul Brasileira de Educação

Localização: São José dos Pinhais, PR

Geração/consumo anual: 150.315 kWh / 123.380 kWh

Tecnologia do sistema: Geração fotovoltaica on site, on-grid

Instalação: RB Engenharia

Consultoria: Petinelli

Data da pré-certificação: 22 de Julho de 2021

Sistema da certificação: GBC Zero Energy

GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 142

COLÉGIO ADVENTISTA BOM RETIRO

Escola que atende 1,4 mil alunos alcança o patamar Zero Energia

O Colégio Adventista Bom Retiro faz parte da União Sul-Brasileira da Educação Adventista (USB-IASD), instituição signatária do WorldGBC’s Net Zero Carbon Commitment e que desde 2017 vem executando a modernização de suas unidades com o objetivo de zerar suas emissões de carbono, atingir o patamar Zero Energia, reduzir custos operacionais e direcionar os recursos disponíveis para a educação.

A USB captou mais de R$ 12 milhões junto ao Programa de Eficiência Energética da Copel a fim de substituir os sistema de iluminação e arcondicionado de suas escolas por equipamentos mais eficientes e implantar sistemas de geração de energia fotovoltaica.

Localizado em Curitiba, o Colégio Adventista Bom Retiro é uma das três unidades da USB que já conquistaram a certificação GBC Brasil Zero Energy. Os equipamentos de ar-condicionado foram substituídos por um modelo split hiwall

inverter de eficiência superior, o que reduziu em 44% a demanda de energia desse sistema. As 442 lâmpadas tubulares existentes foram trocadas por LEDs, garantindo economia de 54% com a iluminação. A redução total de consumo ficou em 25,4%.

Também foi implantado um sistema de geração local de energia renovável de 380 módulos de 330 Wp, com potência instalada de 125,4 kWp. A capacidade de geração anual de energia é 161.355 kWh, total que supera o consumo de 116.660 kWh no mesmo período.

Projeto: Colégio Adventista Bom Retiro

Cliente/proprietário: Instituição Adventista Sul Brasileira de Educação

Localização: Curitiba, PR

Geração/consumo anual: 161.355 kWh / 116.660 kWh

Tecnologia do sistema: Geração fotovoltaica on site, on-grid

Instalação: RB Engenharia

Consultoria: Petinelli

Data da pré-certificação: 22 de Julho de 2021

Sistema da certificação: GBC Zero Energy

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COLÉGIO ADVENTISTA CENTENÁRIO

Menos custos operacionais, mais recursos para a educação

O Colégio Adventista Centenário faz parte da União Sul-Brasileira da Educação Adventista (USB-IASD), instituição signatária do WorldGBC’s Net Zero Carbon Commitment e que desde 2017 vem executando a modernização de suas unidades com o objetivo de zerar suas emissões de carbono, atingir o patamar Zero Energia, reduzir custos operacionais e direcionar os recursos disponíveis para a educação.

A USB captou mais R$12 milhões junto ao Programa de Eficiência Energética da Copel para viabilizar a atualização dos sistemas de iluminação e ar condicionado de suas escolas. Três já concluíram as ações de modernização e receberam a Certificação GBC Brasil Zero Energy. Entre elas está o Colégio Adventista Centenário, localizado na capital paranaense. As intervenções nessa unidade envolveram a substituição de 242 lâmpadas fluorescentes

tubulares por tecnologia LED, aumentando a eficiência do sistema em 53% e reduzindo em 10% o consumo de energia elétrica do edifício.

Também foi instalado um sistema de geração de energia fotovoltaica visando à autossuficiência da escola. O novo sistema é composto por 250 módulos de 330 Wp e tem potência instalada de 82,50 kWp. Ele gera anualmente 106.155 kWh, superando o consumo anual 90.250 kWh.

Projeto: Colégio Adventista Centenário

Cliente/proprietário: Instituição Adventista Sul Brasileira de Educação

Localização: Curitiba, PR

Geração/consumo anual: 106.155 kWh / 90.250 kWh

Tecnologia do sistema fotovoltaico: Geração fotovoltaica on site, on-grid

Instalação: RB Engenharia

Consultoria: Petinelli

Data da certificação: 22 de julho de 2021

Sistema da certificação: GBC Zero Energy

GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 144

UNIVALI – CAMPUS DE TIJUCAS

Instituição de ensino realiza visão Campi Zero Energia

A Universidade do Vale do Itajaí (Univali) também abrange unidades educacionais para crianças e adolescentes. A instituição obteve investimentos do Programa de Eficiência Energética da Celesc para realizar sua visão Campi Zero Energia. As modernizações realizadas garantiram ao campus de Tijucas, onde funciona o Colégio de Aplicação Univali (CAU), a certificação GBC Brasil Zero Energy. O CAU atende mais de 500 alunos do Ensino Fundamental ao Ensino Médio e está localizado no município de Tijucas, na Grande Florianópolis. A primeira etapa da modernização envolveu a substituição dos 34 refletores vapor de sódio antes usados na área externa da escola, que passou a empregar tecnologia 100% LED. A redução do consumo de energia para iluminação externa ficou em 56%, gerando economia de 10% no consumo total de energia.

A seguir foi instalado um sistema de geração de energia fotovoltaica on-site com 774 módulos

e 255,42 kWp de potência instalada. Sua capacidade de geração é de 317.699 kWh, superior ao consumo anual de 208 mil kWh.

Desde 2014, a Univali vem investindo na melhoria da operação de seus edifícios como forma de torná-los mais sustentáveis e eficientes. O processo vem contribuindo para a redução de seus custos operacionais e para o redirecionamento de recursos para a educação.

Projeto: Univali Campus Tijucas

Cliente/proprietário: Fundação Universidade do Vale do Itajaí

Localização: Tijucas, SC

Geração/consumo anual: 317.699 kWh / 208.000 kWh

Tecnologia do sistema fotovoltaico: Geração fotovoltaica on site, on-grid

Instalação: RB Engenharia

Consultoria: Petinelli

Data da certificação: 29 de julho de 2021

Sistema da certificação: GBC Zero Energy

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UNIVALI – CAMPUS BALNEÁRIO PIÇARRAS

Campus universitário aufere certificação Zero Energy

Maior rede de ensino universitário de Santa Catarina, a Univali há mais de 40 anos proporciona a formação integral de crianças e adolescentes. Por meio do Programa de Eficiência Energética da Celesc, a Univali obteve investimentos para a modernização de suas instalações. As intervenções tornaram o campus de Balneário Piçarras autossuficiente em energia, o que garantiu a certificação GBC Brasil Zero Energy e o posicionamento entre as universidades mais inovadoras do país.

Localizado no município de Balneário Piçarras, no litoral norte de Santa Catarina, o campus tem como objetivo desenvolver coleções de referência que representem o conjunto da biodiversidade da costa brasileira, possibilitando pesquisas taxonômicas e biogeográficas. É nesse campus que está localizado o Museu Oceanográfico Univali (Movi), o maior da América Latina.

Com a substituição de 436 lâmpadas fluorescentes por lâmpadas LED e de oito refletores de tecnologia vapor de sódio do sistema de iluminação externa por refletores LED, o campus Balneário Piçarras alcançou redução de 55% no consumo de energia para iluminação.

Seu novo sistema de geração fotovoltaica de 399 módulos tem 131,67 kWp de potência instalada. Ele é capaz de gerar anualmente 172.918 kWh e atender o consumo anual 136.100 kWh.

Projeto: Univali Campus Balneário Piçarras

Cliente/proprietário: Fundação Universidade do Vale do Itajaí

Localização: Balneário Piçarras, SC

Geração/consumo anual: 172.918 kWh / 136.100 kWh

Tecnologia do sistema fotovoltaico: Geração fotovoltaica on site, on-grid

Instalação: RB Engenharia

Consultoria: Petinelli

Data da certificação: 29 de julho de 2021

Sistema da certificação: GBC Zero Energy

GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 146

Parabenizamos o GBC Brasil e nos orgulhamos por fomentar e acompanhar há mais de 15 anos, todas as mudanças e avanços contínuos da construção sustentável.

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Engepoli Skylux Building

Showroom explora produtos que melhoram o desempenho das edificações

Localizado em Colombo, PR, o Engepoli Skylux Building é o showroom da Engepoli Sistemas Sustentáveis, empresa que desenvolve e fabrica sistemas voltados à economia de energia e conforto. Seus produtos já foram especificados para diversas obras com Certificação LEED, entre elas edificações da Coca-Cola, Electrolux e P&G. O empreendimento está em processo de certificação e deve obter o LEED BD+C New Construction.

Segundo o engenheiro Cassio Pisseti, diretor técnico comercial da Engepoli, o showroom emprega diversos produtos da empresa a fim de melhorar o desempenho da edificação.

Entre os produtos da Engepoli aplicados no showroom está o Skylux 555 Diffuser NanoPrismático. Instalado na cobertura, ele proporciona excelente difusão da luz natural. Também foi utilizado o SkyActive, sistema de luminárias LED dimerizáveis dotadas de sensores que medem a quantidade de LUX e calculam a real incidência de luz no ambiente. Outro item aplicado foi o Skylux Energy, um sistema híbrido de iluminação natural e geração de energia solar. Ele é dotado de duas lentes – uma superior translúcida, que favorece a entrada de luz natural, e a interna, que tem uma placa fotovoltaica.

Para melhorar a qualidade do ar interno foi empregado o Exhaust Compact, sistema instalado na cobertura que retira o ar quente, poeira e poluentes em suspensão no ambiente que podem causar desconforto térmico, irritação e doenças ao trabalhador. Com exaustão efetiva e permanente, ele equaliza as temperaturas interna e externa, não consome energia elétrica e tem funcionamento silencioso. Já o sistema Luxvent é composto por quadros metálicos com aletas que permitem a ventilação natural e filtram 99% dos raios UV. Também foi adotada a Luxwall, fachada em policarbonato de 18 mm e retroiluminada que possibilita a entrada de iluminação natural no interior.

GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 150

Espaço sustentável

Durante a obra foram implementadas medidas de controle de erosão e sedimentação. O empreendimento está localizado próximo a utilidades como restaurante, lojas, igreja, escola, mercearia entre outros estabelecimentos comerciais e de serviços. O edifício conta com duas estações de carregadores para veículos elétricos.

Eficiência no uso de água

Em três dos cinco sanitários do edifício foram instalados louças e metais sanitários de vazão restrita. A água da chuva é captada para uso nas bacias sanitárias. As árvores do terreno dispensam irrigação.

Energia e atmosfera

Foram especificados produtos e materiais que ajudam a reduzir o consumo de energia por meio do melhor aproveitamento da iluminação e da ventilação naturais, explorando sistemas passivos para a climatização, o que dispensou a instalação de sistema de ar-condicionado. O empreendimento conta ainda com sistema de iluminação natural integrado com células fotovoltaicas. Quando a intensidade de luz natural é reduzida, a iluminação artificial é acionada automaticamente para atingir o número de LUX pré-programado, integrando luz natural e artificial em LED.

Materiais e recursos

A construção empregou pré-moldados e materiais reutilizados proveniente de outra obra com o objetivo de reduzir a quantidade de resíduos gerados. Foram especificados materiais regionais que diminuem a emissão de gases de efeito estufa causados pelo deslocamento. Os resíduos da obra foram encaminhados para reciclagem ou corretamente destinados a locais licenciados.

Qualidade ambiental interna

Na cobertura foi aplicado material de alta refletividade, alta emissividade e baixa absortância solar para facilitar a dissipação do calor e evitar o efeito ilhas urbanas de calor. Também foi utilizado o sistema de exaustão Exhaust Compact, que retira o ar quente, equaliza as temperaturas interna e externa e promove a exaustão permanente dos gases e do pó em suspensão nos ambientes.

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Vidros Insulados

GlassecViracon – inovação, qualidade e desempenho

Grandes empreendimentos e projetos arquitetônicos merecem cada vez mais atenção na escolha dos materiais que farão parte da sua composição. Por isso, profissionais da área da construção civil e escritórios de arquitetura do mundo todo têm suas escolhas semelhantes quando o assunto é eficiência, desempenho e alta qualidade em vidros.

Ao se tratar dos requisitos acima, os Vidros Insulados da GlassecViracon ganham destaque por sua capacidade e entrega.

Também conhecidos como “vidros duplos”, os insulados são o resultado da junção de duas ou mais lâminas de vidros separadas por espaçadores, responsáveis por formar uma câmara de ar desidratada e completamente vedada. Esse tipo de vidro pode ser fabricado a partir de Vidros Temperados ou

GBC BRASIL - ANUÁRIO 2022 152
Birmann 32 e o Monumento da Baleia - São Paulo / Brasil

Termoendurecidos, Laminados de Segurança e até da combinação deles. Apresenta diferentes configurações, cores e espessuras capazes de se adequar às necessidades do empreendimento.

Por sua natureza, o vidro insulado é um produto isolante e que melhor potencializa o desempenho dos vidros, proporcionando benefícios como economia de energia, desempenho térmico, conforto acústico, resistência e segurança, tornando o Vidro Insulado uma excelente opção de investimento para qualquer projeto.

Os Vidros Insulados proporcionam maior entrada de luz natural, são capazes de reduzir em até 75% a transferência de calor para dentro do ambiente e ainda funcionam como uma excelente barreira para atenuar sons e ruídos externos.

Além disso, é possível agregar a tecnologia Bird-Friendly Glass, uma alternativa para equilibrar o crescimento dos espaços urbanos com a redução dos impactos ambientais, ideal para minimizar as colisões das aves em fachadas de vidro, com eficiência de até 94%.

A GlassecViracon é a maior fabricante de vidros insulados no Brasil e está presente nas fachadas de grandes obras no mundo todo.

Acesse o QR Code:

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C o m c o n s c i e n t i z a ç ã o e m e t a s e s t a b e l e c i d a s , a R i b e i r t e m o b t i d o e l e v a d a s p e r f o r m a n c e s d e g e r e n c i a m e r e s í d u o s c o m m e t a d e 9 5 % d e d e s v i o d e a t e r r o , a r e p e n s a r e s t r a t é g i a s e m e t o d o l o g i a s c o n r e a p r o v e i t a n d o n o p r ó p r i o p r o j e t o , c o m o

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A R i b e i r o C a r a m e n t e n d e q u e o s i s t e m a d e g e s t ã o a m b i e n t a l d e v e s e r p a d r o n i z a d o p a r a t o d o s o s p r o j e t o s D e s t a f r m a , a e m p r e s a v e m s e d e s t a c a n d o c o m c l i e n t e s g l o b a i s q u e e x i g e m r e s p o n s a b i l i d a d e a m b i e n t a l e m s e u s p r o j e t o s

A R i b e i r o C a r a m e n t e n d e q u e o s i s t e m a d e g e s t ã o a m b i e n t a l d e v e s e r p a d r o n i z a d o p a r a t o d o s o s p r o j e t o s D e s t a f o r m a , a e m p r e s a v e m s e d e s t a c a n d o c o m c l i e n t e s g l o b a i s q u e e x i g e m r e s p o n s a b i l i d a d e a m b i e n t a l e m s e u s p r o j e t o s

A t u a l m e n t e , p o s s u i c o r d o s c o m c l i e n t e s p a r a g a r a n t i r o c u m p r i m e n t o d a s m e t a s d a a g e n d a 2 0 3 0 O s r e s u l t a d o s a p r e s e n t a m g r a n d e e v o l u ç ã o d o s c o n t r o l e s e ê n f a s e n o m e r c a d o d a o n s t r u ç ã o c i v i l , c o m d e s t a q u e o s â m b i t o s s o c i a i s , a m b i e n t a i s e g o v e r n a n ç a

A t u a l m e n t e , p o s s u i a c o r d o s c o m c l i e n t e s p a r a g a r a n t i r o c u m p r i m e n t o d a s m e t a s d a a g e n d a 2 0 3 0 O s r e s u l t a d o s a p r e s e n t a m g r a n d e e v o l u ç ã o d o s c o n t r o l e s e ê n f a s e n o m e r c a d o d a c o n s t r u ç ã o c i v i l , c o m d e s t a q u e n o s â m b i t o s s o c i a i s , a m b i e n t a i s e g o v e r n a n ç a .

P o r t n t o , e n t e n d e q u e e s s a s p r á t i c a s f a z e m p a r t e d a e s t r a t é g i a d e n e g ó c i o v i s a n d o e s t a b i l i d a d e e r n t a b i l i d a d e a o l o n g o d o t e m p o

P o r t a n t o , e n t e n d e q u e e s s a s p r á t i c a s f a z e m p a r t e d a e s t r a t é g i a d e n e g ó c i o v i s a n d o e s t a b i l i d a d e e r e n t a b i l i d a d e a o l o n g o d o t e m p o

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